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Marcos Burghi
Turbulência econômica aumentou o volume de retirada de dinheiro desses planos
A crise econômica também bateu à porta dos planos de previdência privada. Entre o período de maior turbulência, iniciado em setembro do ano passado, e junho deste ano, os investidores aumentaram o ritmo dos resgates em relação às retiradas verificadas entre setembro de 2007 e junho de 2008.
Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o volume de retiradas parciais nos planos do tipo Gerador de Benefício Livre (PGBL) cresceu de R$ 904,7 milhões para R$ 1,1 bilhão, elevação de 21,5%. No caso das retiradas totais no PGBL o valor saltou de R$ 1,3 bilhão para
R$ 1,5 bilhão ou 15,4%.
Ainda pelos dados da Susep, as alternativas na modalidade Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) também registraram aumento no total dos resgates no período. As retiradas parciais somaram R$ 4,3 bilhões, crescimento de 22,8% ante o período compreendido entre setembro de 2007 e junho de 2008, quando os resgates parciais chegaram perto dos R$ 3,5 bilhões. O resgate total no VGBL também subiu no período, de R$ 4,9 bilhões para R$ 6,3 bilhões ou 28,6% (veja quadro).
Renato Russo, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada (Fenaprevi), avalia que os últimos meses de 2008 e o início de 2009 foram de muita insegurança para toda a economia. Ele acredita que demissões e incertezas quanto ao futuro levaram parte dos consumidores a sacar suas reservas parcial ou integralmente, mas mesmo assim as retiradas foram inferiores aos depósitos. “Ficamos preocupados, mas o temor não se transformou em realidade”, diz.
A afirmação de Russo pode ser verificada a partir dos números da Susep. Entre setembro de 2008 e junho de 2009, as contribuições no PGBL chegaram a R$ 4,3 bilhões ante R$ 4,1 bilhões no período anterior, aumento de 4,9%. Já na modalidade VGBL, a captação saltou de R$ 19,5 bilhões para R$ 21,2 bilhões, ou 8,7% a mais. De acordo com o vice-presidente da Fenaprevi, no segundo trimestre deste ano ficou mais claro que o mercado começou a melhorar.
O administrador Carlos Barreto, 55 anos, iniciou seu plano de previdência privada há quatro, para resgate aos 65 anos. “Fiz porque sei que é impossível sobreviver com a previdência do governo”, conta.
Barreto afirma que desde que começou a contribuir nunca fez saques. Ele acrescenta que, às vezes, faz retiradas de outros investimentos para fazer aportes maiores no plano de previdência.
O administrador diz que já convenceu as filhas a ter seus próprios planos. “Uma já começou e a outra fará em breve”, diz.