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Carolina Dallolio
Em dois anos, número de usuários do 3G deve passar dos atuais 5,7 milhões para 18 milhões
Em 2011, o número de clientes de internet banda larga móvel (em que a conexão é feita por uma linha de telefone celular) já será maior que o de banda larga fixa (que usa uma linha comum). Serão 18 milhões ante 17 milhões, estima a consultoria Pyramid Research - o que ajudará a baratear o preço do serviço, mas também poderá provocar congestionamento na rede caso a expansão da estrutura não acompanhe a evolução da base de usuários.
Hoje, a banda larga móvel possui 5,7 milhões de clientes enquanto a fixa têm mais de 12 milhões. Mas as vendas de notebooks já superam a de PCs, há mais celulares do que telefones fixos e os preços dos serviços móveis estão cada vez mais baixos. A busca por mobilidade é uma tendência irreversível.
Para o bolso do consumidor, a expansão da banda larga móvel pode significar economia. Disponível no mercado há pouco mais de um ano, o serviço já registrou queda de preços em quase todas as operadoras (veja ao lado). “Com o passar do tempo toda tecnologia se torna mais barata”, afirma Eduardo Tude, da consultoria Teleco. “Além disso, quando as operadoras ampliam sua base de clientes elas ganham escala e diminuem os custos operacionais, o que se reflete no valor final.”
Esse é o lado bom da expansão. A consequência negativa, entretanto, pode aparecer caso as medidas que sustentem o crescimento não sejam tomadas a tempo. Atualmente, a velocidade da conexão da banda larga móvel já é questionada por muitos consumidores. De janeiro a maio de 2009, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou, só no Estado de São Paulo, 6.405 reclamações sobre o baixo desempenho da banda larga móvel (também chamada de tecnologia 3G).
A lentidão na conexão pode ser ocasionada por três fatores, explica o consultor Ethevaldo Siqueira, especializado em tecnologia. “Falta de frequência - o que seria uma responsabilidade da Anatel -, falta de infraestrutura da rede - o que cabe às operadoras garantir - ou mesmo falhas dos provedores de sites”, resume Siqueira. “Como é praticamente impossível saber o que exatamente provocou problemas na conexão, o consumidor não tem a quem reclamar e se vê obrigado a esperar pela evolução da tecnologia.”
A Anatel estuda criar parâmetros para que haja uma proporção entre a velocidade prometida e a velocidade entregue. Mas hoje ainda não há regras sobre o tema. A agência também apresentou uma proposta que destina parte da frequência de 2,5 giga-hertz (GHz) para as empresas de telefonia celular, hoje preenchida por empresas de TV por assinatura. O aumento do espaço para a exploração de banda larga é um pleito das operadoras para que se evite um “apagão” no serviço. A proposta ainda está em consulta pública.
Já as operadoras afirmam que os investimentos para ampliar a cobertura e a qualidade do serviço são cada vez maiores. A TIM reconhece que há uma diferença entre a demanda atual do mercado e a capacidade das operadoras móveis em montar a estrutura necessária para oferecer o serviço em todas as localidades onde há oportunidade. Ainda assim, no segundo trimestre, os investimentos da empresa totalizaram R$ 422 milhões - 80% foram alocados em rede e TI.
Fábio Freitas, gerente da Vivo, também argumenta que a banda larga móvel é uma tecnologia muito nova no Brasil, que apresenta limitações momentâneas que serão aprimoradas com o tempo. Os investimentos da empresa devem somar R$ 2,6 bilhões em 2009. “Por isso, a Vivo optou por cobrar o serviço pelo tráfego de dados, e não pela velocidade prometida. Assim o cliente não se frustra e paga apenas o que usar”, diz.
‘DESCONECTADOS’ E ‘NÔMADES’: VALE A PENA SÓ USAR 3G?
Para quem não tem qualquer opção de serviços de banda larga na rua, no bairro ou na cidade onde mora, a internet 3G é a alternativa para ter um acesso rápido a preços acessíveis. Caso a região em que o usuário mora não tenha cobertura 3G, também é possível optar pelo modem. A velocidade será menor (2G), mas é melhor do que a internet discada.
É indicado para quem precisa de mobilidade total, que não para em casa durante o dia, mora sozinho e utiliza o notebook para se conectar na web em qualquer lugar. A banda larga móvel servirá para se conectar durante o dia no trabalho, por exemplo, e à noite, em casa. O único problema é que a qualidade do sinal não é a mesma em todas as regiões da cidade
FAMÍLIA: VEJA PRÓS E CONTRAS, MAS CONSIDERE A MUDANÇA
Na maioria das casas, a escolha entre a banda larga fixa e a móvel é mais complexa. As pessoas, sejam familiares ou amigos que moram juntos, precisam de uma banda larga fixa porque cada um tem sua rotina na web.
Se algum dos membros precisa da internet banda larga móvel para se conectar em qualquer lugar, o ideal é não cancelar a banda larga fixa. Seria preciso acumular os dois serviços.
O problema desse tipo de situação é o gasto extra - são duas mensalidades para a conexão à internet. Estude os prós e contras e analise se, financeiramente, o orçamento da casa comporta as duas parcelas.
PARA QUEM É MANÍACO OU ‘2 EM 1’: NÃO DEIXE A FIXA
A pessoa tem um plano casado que inclui, por uma mensalidade única, internet rápida e algum outro serviço, como TV por assinatura. Aqui, deve ser considerada a questão financeira. Não faz sentido o usuário pagar mais para ter uma internet mais lenta e ainda por cima ter de recorrer a uma assinatura separada dos canais de televisão
O usuário que já assina um serviço de banda larga com mais de 3 megabytes por segundo (Mbps) de velocidade e precisa de uma conexão bastante veloz e estável para, por exemplo, fazer download e uploads de arquivos pesados, como filmes, em pouco tempo. Nesse caso, a banda larga móvel trará frustração. A conexão raramente passa dos 1 Mbps
PREÇOS
CLARO
O modem sai por R$ 229, para o plano de 250 kbps ( que custa R$ 59,90 mensais) ; R$ 49, para o plano de 500 kbps (R$ 84,90 mensais) e não custa nada para o plano 1 Mbps (R$ 119,90 mensais)
Em dezembro, os modems custavam de R$ 199 a R$ 399
TIM
No pacote de 600 Kbps (que custa R$ 89,90), o modem sair por R$ 29; já nos pacotes de 1 Mbps (R$ 119,90 mensais) e de até 7 Mbps (R$ 189,90 mensais), o modem é gratuito
Os modems na TIM já chegaram a custar R$ 499
VIVO
O plano com tráfego de dados ilimitado sai por R$ 119,90 (já custou R$ 400). O pacote mais barato (de 250 MB) custa R$ 49,90
O preço do modem varia de acordo com o perfil do cliente