Últimos artigos
Megadesconto pode ocultar golpe; veja dicas de compra online19/07/2011
Abastecer o carro nas estradas pode sair mais barato22/12/2010
Serasa: emissão de cheques sem fundos volta a crescer 22/12/2010
Saiba se vale a pena a suspensão de um serviço durante as férias 22/12/2010
Cartão de crédito é a principal pendência para 71% dos endividados 22/12/2010
CNC: total de endividados cai para 58,3% em dezembro 22/12/2010
Aneel criará tarifas diferenciadas para cobrança de luz 22/12/2010
Prévia da inflação oficial avança em 2010 com preços dos alimentos 22/12/2010
Carne sobe mais e alimenta inflação 22/12/2010
Aeroviários e aeronautas mantêm greve para o dia 23, antevéspera de Natal 22/12/2010
Foram 943 reclamações no primeiro semestre contra 661 em 2008.
Novos caixas eletrônicos têm leitor de cartões que 'sente' cliente.
Associação Nacional dos Usuários de Cartões de Crédito (Anucc) recebeu neste ano 943 reclamações de usuários que tiveram o cartão de crédito clonado ou receberam cobranças indevidas na fatura. O número é 43% superior ao registrado no primeiro semestre de 2008, quando a entidade recebeu 661 reclamações.
A polícia e as administradoras de cartões não divulgam estatísticas oficiais sobre a clonagem. Levantamento informal da Anucc aponta 51 casos relacionados à clonagem de cartões registrados neste ano na cidade de São Paulo contra 24 no mesmo período do ano passado.
"Neste ano, particularmente houve um volume maior de apreensões de cartões fraudados comparativamente ao segundo semestre do ano passado. Nós fazemos o acompanhamento do que é noticiado pela mídia e pela própria polícia", disse a presidente da Anucc, Kássia Correa.
Vice-presidente de tecnologia de uma multinacional fabricante de caixas eletrônicos, o engenheiro elétrico Carlos Alberto de Pádua afirma que para cada novo mecanismo de segurança os criminosos inventam uma nova fraude.
"É uma corrida: os criminosos fazem ataques mais avançados tecnologicamente e nós usamos tecnologia para subir ainda mais a barreira. A clonagem de cartão da forma como estava se popularizando no Brasil está ficando cada vez mais dificil por conta dessas soluções de tecnologia", afirmou.
Pádua afirma que o risco para o cliente é maior nos bancos e administradoras de cartão que demoram mais a atualizar seus equipamentos. De acordo com ele, é praticamente impossível clonar o cartão com chip, enquanto o cartão equipado apenas com a tarja magnética facilita a vida dos criminosos.
Caixas eletrônicos que não receberam atualização tecnológica são facilmente penetráveis pelos hackers que dominam novas tecnologias. Já os mais novos são praticamente invulneráveis. "Na máquina que tem todos esses tipos de solução, fica praticamente impossível fazer a fraude."
O engenheiro afirma que as empresas aumentam em até 15% o valor de seus investimentos em segurança a cada ano para evitar as fraudes. "O principal motivo de compra de máquinas novas é aumentar a segurança contra esses ataques", afirmou. Cada máquina custa entre R$ 20 e R$ 40 mil.
Kássia, da Anucc, afirma que falta investir mais. Para ela, as empresas de cartão de crédito se procupam mais com o lucro do que em oferecer a segurança real para o usuário de cartão. "Há nove anos, desde a existência da associação,que o discurso das administradoras sempre é o mesmo. Eles não investem em tecnologia, em segurança, para não onerar o próprio negócio."