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Para cada tipo de via, há uma velocidade máxima permitida, definida pelo Código de Trânsito Brasileiro. Dependendo do fluxo e do tipo de veículos que circulam no local, das características e das funções da pista e do movimento de pedestres, é possível andar de 30 km/h – em condomínios – a 110 km/h, para carros e motos em rodovias.
Nas cidades, os limites variam de 30 a 80 km/h. O motorista pode acelerar nas vias rápidas (onde a velocidade máxima é de 80 km/h) porque elas permitem o fluxo livre dos carros, sem passagem de pedestres ou semáforos. Ainda assim, andar no limite é correr riscos. Um carro a 80 km/h precisa de pelo menos 52 metros – o equivalente a meio campo de futebol – para parar diante de obstáculo.
Nas vias arteriais, que servem de passagem para as vias rápidas e têm semáforos ou são cortadas por linhas de trem, o motorista não pode passar de 60 km/h. Nos bairros, a velocidade máxima é de 40 km/h. “Há ainda as áreas de risco dentro das vias arteriais, como as escolas, por exemplo, que precisam de uma velocidade mais baixa”, afirma o diretor da Autarquia Municipal de Trânsito de Ponta Grossa, Edimir de Paula.
O perigo de acidentes, porém, está em todo tipo de rua. Respeitar o limite de velocidade é o primeiro passo para evitá-los. A coordenadora do Núcleo de Psicologia de Trânsito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Iara Thielen, explica que o melhor é obedecer às placas. O motorista precisa de 1 segundo para enviar a informação do obstáculo ao cérebro e perceber a necessidade de frear. Neste período, ele vai andar 22 metros até tirar o pé do acelerador e pisar no freio, se estiver a 80 km/h. “Depois, o carro vai percorrer mais 30 metros, que corresponde à distância de frenagem”, explica a professora. Se o asfalto estiver molhado ou o motorista estiver embriagado, a distância de frenagem aumenta. E o risco de acidentes cresce na mesma proporção.
Avanço
No final da década de 90, quando o novo Código foi redigido, o limite era de 80 km/h nas rodovias. Hoje em dia, carros e motos podem chegar a 110 km/h. A evolução da indústria automobilística flexibilizou o limite. “Há duas décadas, os carros tinham potência mais baixa. Hoje o consumidor está mais exigente”, afirma o professor do departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Paraná, Fernando Tadeu Boçon.
Motoristas procuram carros mais rápidos, mas usam, em média, metade da potência do motor para o trânsito do dia a dia.
“É preciso um carro mais potente numa subida de uma serra ou numa ultrapassagem”, diz. O professor acha ainda que a indústria automobilística está próxima ao limite de evolução, e que novos modelos não deverão ser tão mais velozes do que os atuais. “Os carros mais rápidos são menos econômicos porque o motor consome mais.”
Rua não é lugar de competição
O esporte pode ser a válvula de escape para quem faz questão de roncar motores. O Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, é sede de competições de arrancada. Quem não é profissional, mas gosta de correr, pode disputar o Desafio 201 metros, que é aberto para todos os motoristas maiores de 18 anos e com habilitação.
No Desafio 201 metros, o motorista pode levar seu próprio carro para a pista. O diretor da Força Livre Motorsport, Eduardo Pereira, garante que a competição é segura. “Quem gosta de velocidade tem o espaço garantido no autódromo. Assim ele não coloca a vida dele em perigo nem as de outras pessoas.”
Contador e piloto aos finais de semana, William Diego Costa disputa arrancada há mais de dois anos e diz que correr é uma paixão, mas que precisa de limites. “Quando você acelera a adrenalina é muito forte, o coração dispara. Mas, tem de ser feito com segurança, num local apropriado”, comenta. Numa competição de arrancada, que simula um racha, os carros atingem entre 197 e 400 km/h, dependendo da categoria que disputam.