Cada vez mais pessoas moram sozinhas e querem uma vida prática. Para esse público, os produtos têm embalagens menores.
Na hora da refeição, o gerente de projetos Jayme Queiroz gosta mesmo é de praticidade. Para ele, que mora sozinho, comida boa tem que ser rápida, fácil de fazer e o mais importante: tem que vir na medida certa. “Comprar poucas porções e comprar realmente aquilo que você sabe que vai consumir. Ou é prejuízo na certa”, comenta o gerente de projetos.
O número de pessoas que vivem sozinhas está crescendo em todo o país. O último levantamento do IBGE é de 2007, mas já revela um crescimento de mais de 11% nesse público. A indústria e o comércio perceberam que tinham de mudar e já estão se adequando para atender a esse mercado.
É possível comprar frutas fatiadas e embaladas em poções mínimas, café e leite em embalagens pequenas, biscoitos em quantidade para consumo individual, sem falar nas comidas congeladas e as já prontas para o almoço ou o lanchinho. Só em uma sessão, as vendas da loja cresceram em média 15% no último ano.
“Hoje, temos três públicos muito interessantes: as pessoas que moram sozinhas, os casais que ainda não têm filhos e o público da terceira idade. São pessoas que querem praticidade e produtos saudáveis”, aponta o gestor comercial de supermercado Charles Rozenbaun.
Uma fábrica de farinha de trigo fez uma pesquisa com os consumidores e decidiu criar uma embalagem menor, de 500 gramas.
“É a medida certa para fazer um bolo. Então não tem desperdício, que a dona de casa encontra ao deixar o resto da farinha na geladeira”, diz o gerente comercial de indústria Marco Aurélio Furtado.
Até a padaria está no esquema de redução. Há bolinhos individuais, pães em menor quantidade e minitortas. A porção diminuiu, mas as vendas aumentaram.