JurisWay - Sistema Educacional Online
 
 
Cursos
Certificados
Concursos
OAB
ENEM
Vídeos
Modelos
Perguntas
Notícias
Fale Conosco
 
Email
Senha
powered by
Google  
 
 Defesa do Consumidor
 

Calote aumenta em maio e bancos aliviam nos juros

Fonte: Jornal da Tarde 26/6/2009

Texto enviado ao JurisWay em 16/09/2009.

indique está página a um amigo Indique aos amigos


Marcos Burghi

A inadimplência - atraso superior a 90 dias no pagamento - das pessoas físicas ficou em 8,6% em maio ante 8,4% de abril. Já os bancos reduziram o spread, a diferença entre os juros que pagam no mercado e os cobrados dos clientes

A inadimplência dos consumidores pessoas físicas aumentou em maio. A elevação do índice foi verificada em três das quatro linhas de crédito medidas pelo Banco Central (BC). Já o spread bancário, diferença entre o que os bancos pagam para obter recursos no mercado e o que cobram ao emprestá-los a seus clientes, teve nova queda, a quinta consecutiva.

De acordo com os dados da nota de política monetária divulgada ontem pelo BC, a inadimplência geral das pessoas físicas atingiu 8,6% em maio, com destaque para o financiamento de veículos, que bateu nos 5,4%, a maior para esta modalidade de crédito desde 2000, quando o levantamento teve início.

No crédito para compra de bens, como linha branca e computadores, a falta de pagamento após 90 dias de atraso também aumentou, de 14,6%, em abril, para 15,8% em maio (veja quadro). A exceção foi o empréstimo pessoal, em que o nível de inadimplência ficou estável, com ligeira queda de 5,7% para 5,6%, na comparação entre abril e maio.

Rubens Sardemberg, economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), afirma que o aumento já era esperado, em função da piora do quadro econômico no final de 2008, cujos reflexos ainda podem ser sentidos na economia. “O BC considera inadimplência os atrasos superiores a 90 dias, ou seja, está computando compromissos feitos antes da crise ou em meio a ela”, diz. O economista da Febraban acredita que em avaliações atuais já se prevê uma estabilização ou mesmo uma queda do índice para os próximos meses.

'Acidentes de percurso'

Tharcisio Santos, diretor do MBA da Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), não vê como preocupante o aumento do índice de inadimplência em maio. “São acidentes de percurso de uma economia que enfrentou dificuldades, mas o quadro não deve continuar se deteriorando.”

Na avaliação do educador financeiro Reynaldo Domingos, a trajetória ascendente da inadimplência guarda relação direta com a falta de educação financeira dos brasileiros. Domingos acredita que a facilidade para obter crédito, por meio da redução das taxas de juros, aliada ao marketing que incentiva a aquisição de produtos de todos os tipos, faz com que as pessoas contraiam novas dívidas e mais cedo ou mais tarde enfrentem dificuldades para pagá-las. “As prestações podem levar os consumidores do sonho ao pesadelo”, afirma. Ele recomenda que os consumidores gastem no máximo 80% do orçamento mensal líquido e reservem 20% para poupança ou emergências.

Os dados do BC mostraram que, apesar da alta da inadimplência, maio marcou a quinta queda consecutiva no spread bancário, que fechou o mês em 37,4 pontos porcentuais. Em dezembro, essa taxa estava em 45 pontos porcentuais.

Embora os bancos afirmem que a inadimplência seja o principal motivo de alta do spread, a queda prossegue mesmo com a elevação da falta de pagamento dos compromissos por parte do consumidor. Para Sardemberg, da Febraban, a inadimplência atual já estava computada nos spreads de meses anteriores





Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

 
Copyright (c) 2006-2025. JurisWay - Todos os direitos reservados