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Em 22 de setembro, 1.500 cidades em todo o mundo vão se unir no esforço de reduzir as emissões de gás carbônico no trânsito. Vale tudo: metrô, ônibus, bicicleta e até andar a pé
Rio - No dia 22 deste mês, mais de 1.500 cidades vão aderir ao Dia Mundial Sem Carro 2009, em plena Semana Nacional do Trânsito (de 18 a 25 de setembro). O País tem mais de 50 milhões de automóveis circulando e é difícil imaginar que todos fiquem na garagem. Mas a data é oportunidade de repensar o uso do carro de passeio como meio de deslocamento, dentro de esforço global. O evento começou em 1997, na França, e ganhou o mundo nos últimos 12 anos, com o objetivo de servir de alerta para reduzir as emissões de gás carbônico, um dos seis gases mais poderosos do efeito estufa.
O Dia Mundial Sem Carro ajuda o cidadão a refletir sobre alternativas aos meios de transporte individuais. Afinal, um carro movido a gasolina, com motor 1.0, consome 71,43 litros em mil quilômetros. Isso gera emissão de 170 Kg de CO2. A expectativa é que, com as adesões oficiais de governos, a população ajude a pressionar e também seja incentivada a adotar os transportes públicos e veículos não poluentes, de preferência, coletivos. Para a jornalista Carolina Tavares, 22 anos, que não dirige, o Rio tem meios de transporte que permitem viver sem carro, mas precisa melhorar. “Temos ônibus, metrô e trens. Mas há alguns impedimentos para usar todos, que ainda são muito escassos para uma cidade desse porte. A segurança é um exemplo. À noite, uso táxi”, diz.
Lourdes Zunino Rosa, arquiteta doutora em Mobilidade Sustentável, uma das responsáveis pelo site www.nucleoiveurb.net, afirma que o Dia Mundial Sem Carro é uma excelente oportunidade de pressionar os governantes a tomar providências para ampliar o uso de transportes coletivos. “É preciso ter vontade para mudar. Tem que ter tempo e disposição para baldear. A bicicleta é opção. Os patins são outra. O trânsito é agressivo? É. Mas, se aumentar o número de não motorizados, pode melhorar muito”, defende a arquiteta, que ganhou prêmio por criar um projeto de mobilidade urbana totalmente diferenciado do que privilegia o automóvel.
Ela cita o exemplo de cidadezinha na Bélgica, que passou por revolução: tinha problemas de trânsito muito sérios, engarrafava. Pensaram em um novo anel rodoviário. “O prefeito transformou o lugar para pedestres e ciclistas, arborizou. Municipalizou e tornou o transporte público gratuito, como deve ser. As pessoas, que estavam deixando a cidade, voltaram, a economia melhorou”, descreve.
“As coisas não podem ser como estão, todos os grandes prédios com tantas vagas na garagem. Aqui, vão aumentar os estacionamentos dos estádios, enquanto na Itália estão construindo sem vagas”, compara. Segundo Lourdes, a expectativa é de virada na mentalidade e na estrutura.