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Índice dobrou se comparado aos sete primeiros meses de 2008.
Antes de assumir dívida, é preciso ter reserva equivalente a três parcelas.
Consumidores que se animaram, no ano passado, com as facilidades e ofertas de parcelamento de veículos novos, agora não estão conseguindo pagar em dia a prestação do carro.
A professora Silvana Nogueira fez um financiamento de 36 prestações, mas não consegue mais pagar as parcelas em dia. Inclusive a última, de R$ 900, já venceu. “Estamos com algumas contas atrasadas para poder até no mês que vem colocar essa prestação em dia, para poder voltar a vida normal”, afirma Silvana.
De janeiro a julho desse ano, o número de brasileiros inadimplentes por causa do financiamento do carro novo aumentou 50%, se comparado aos sete primeiros meses de 2008.
“Eu acho que tem que tomar muito cuidado. Se antecipar, procurar a financeira, negociar, barganhar, alongar prazo”, disse o professor da Fundação Dom Cabral, Haroldo Mota, especialista em finanças.
Por lei, com uma parcela atrasada, a financeira já pode entrar com o pedido de busca e apreensão do veículo. No entanto, geralmente, as empresas esperam até três meses para pegar o carro de volta.
Os cuidados para se evitar a inadimplência começam antes da compra, alerta Mota. O consumidor deve ficar atento ao prazo: quanto mais longo, mais tentador e mais arriscado. Não assuma um financiamento se não tiver reserva equivalente a pelo menos três parcelas.
“Na eventualidade das pessoas enfrentarem alguma dificuldade futura, o que é muito possível em financiamentos tão longos, elas possam lançar mão dessa reserva e não ficarem inadimplentes, não perder o bem”, disse o professor.
Foram essas as contas que o bancário Roberto Campos fez para parcelar o carro em 36 vezes. Ele assina o contrato com dinheiro na poupança para ser usado numa emergência.
“Fazer a coisa bem consolidada para não ter nenhum problema futuro. Que é o que muita gente passa infelizmente, mas, é uma preocupação que a gente tem que ter sempre”, afirma Campos. “Eu não embarco nessa, não”, disse.