por Vanessa Teodoro
Pessoas que fazem tratamento com fórmulas para emagrecer devem ter cautela, pois elas podem ser constituídas de alguns fármacos nocivos para a saúde. A junção de várias substâncias fazem este tipo de medicação funcionar como uma "bomba" para o organismo.
Sandra Mara Ferreira Villares, coordenadora do Ambulatório de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas de São Paulo e endocrinologista do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, diz que podem fazer parte deste "coquetel" hormônios para pacientes com hipotireoidismo e remédios que aumentam o ritmo intestinal para provocar diarreia.
De acordo com a médica, os calmantes são outras substâncias habitualmente acrescentadas às fórmulas de emagrecer para contrabalancear o uso de anfetaminas em doses excessivas, que deixam os pacientes mais agitados.
Os diuréticos, por exemplo, são usados para que o paciente tenha mais vontade de urinar. Villares diz que o uso contínuo e sem prescrição deste componente, contudo, pode levar a consequências graves, como espoliação de potássio e hipovolemia --redução do volume sanguíneo.
"Os internautas devem ter cuidado quando procurar um médico e esse prescrever um medicamento com todos esses fármacos", explica.
Marcio Mancini, endocrionologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirma que o ideal é fazer um tratamento com um único medicamento para obesidade ou associar no máximo dois remédios, se for necessário.
"É uma falta ética um médico prescrever moderadores de apetites associados a calmantes, laxantes, diuréticos e hormônios. Ainda há quem faça sim, mas esse indivíduo está cometendo uma infração passível de punição pelo Conselho Federal de Medicina", declara.