Bolsa quer popularizar títulos públicos: conheça regras e limites para compra

SÃO PAULO - Os títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional com a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública. Antes do Tesouro Direto, programa de venda dos títulos a pessoas físicas, o pequeno investidor só podia comprá-los por meio da aquisição de cotas de fundos de investimento.

Em razão do baixo risco, da facilidade operacional e da possibilidade de formação de uma poupança de longo prazo, os títulos públicos já são bastante populares entre os investidores de varejo. E a BM&F Bovespa quer popularizá-los ainda mais. De acordo com os últimos dados do Tesouro Direto, os pequenos investidores, representados pelas aplicações de até R$ 5 mil, responderam por 64% do volume aplicado em abril.

Como participar
O site do Tesouro Direto está disponível para consultas 24 horas por dia, sete dias por semana. Para a compra de títulos públicos, os investidores têm disponível o período entre 9h e 5h, de segunda a sexta-feira, e durante todo o dia nos fins de semana e feriados.

Vale destacar, no entanto, que caso o Tesouro Nacional julgue necessário, por conta das condições de mercado - como uma grande volatilidade, por exemplo -, a venda de títulos poderá ser suspensa ao longo do dia, por tempo indeterminado.

Limite de compra
Cada investidor pode comprar, no mínimo, a fração de 0,2 título, 20% do preço unitário do título a ser comprado, com limite máximo de R$ 400.000,00 por mês.

De acordo com a BM&F Bovespa, os limites de compra são aplicados por CPF (Cadastro de Pessoa Física).

Liquidez
Com o objetivo de prover liquidez dos títulos vendidos antecipadamente pelos investidores, o Tesouro Nacional realiza, semanalmente, a recompra de títulos.

A venda antecipada de títulos, caso os investidor não queira permanecer com eles até o vencimento, é permitida, mas sem a garantia da rentabilidade informada no momento da compra. Caso seja necessário vender o título antes do vencimento, o Tesouro Nacional pagará o valor de mercado do título.

Dessa forma, a rentabilidade poderá ser maior ou menor do que a contratada na data da compra, dependendo do preço do título no momento da venda.