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Carolina Dallolio
Cada vez menos usado, o aval como garantia de pagamento representava 45,8% dos contratos em março. Já as opções financeiras eram 54%. Para o inquilino, o inconveniente é o custo, ainda elevado, mas dá para negociar
Usar um fiador como garantia de um contrato de aluguel já não é mais tão comum como era no passado. As pesquisas mensais realizadas pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP) mostram que, na capital, o cheque-caução e, principalmente, o seguro fiança vêm conquistando a preferência de proprietários e inquilinos (veja quadro).
“O mercado de locação está cada vez mais profissional”, avalia Fábio Rossi Filho, diretor do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). “Assim, é natural que, em vez de contarem com o aval de um amigo ou um parente, os locatários e os donos dos imóveis procurem produtos financeiros, como o seguro, como forma de garantia de pagamento do aluguel.”
José Roberto Graiche, presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Bens Imóveis (AABIC), explica que, por parte dos proprietários, o tipo de garantia preferido é o seguro fiança. “Ele não traz dor de cabeça”, resume. Neste caso, o dono do imóvel não precisa avaliar a situação financeira do inquilino e nem checar os dados do fiador. A operadora que fará o seguro será a responsável por custear o aluguel caso o morador fique inadimplente. É a opção mais segura.
Já do ponto de vista do inquilino, não é tão simples escolher qual é a garantia que melhor lhe convém. Em primeiro lugar, há casos em que ele sequer tem opção: o dono do imóvel pode impor a contratação de um seguro fiança.
Mas se houver alternativas e ele quiser economizar, o fiador continua sendo a opção mais barata. Nesse caso, não há custo algum. Porém, como em São Paulo boa parte dos locatários vêm de outras cidades, para estudar ou trabalhar, e não conhece ninguém na capital, o fiador também pode não ser uma alternativa viável.
Nesse caso, o cheque-caução também não tem custo para o locatário - afinal, ele só seria descontado em caso de inadimplência. Entretanto, os proprietários tendem a não gostar dessa opção. “Quando o cidadão está inadimplente com o aluguel , é sinal que ele enfrenta problemas financeiros. Por isso, é possível que o seu cheque também não tenha fundos”, observa Graiche.
Já se a alternativa for o seguro fiança, o único inconveniente será mesmo o custo. O preço pago anualmente costuma variar entre 80% e 130% do valor de uma mensalidade do aluguel, dependendo dos itens que forem segurados.
Em uma locação de R$ 1 mil por mês, por exemplo, em que a seguradora cobre apenas a inadimplência no aluguel do imóvel, o inquilino pagaria em média R$ 67 além da prestação para custear o seguro. Já se optar pela apólice completa, que pode incluir seguro contra danos ao imóvel e em alguns casos até cobrir a inadimplência no Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), o mesmo locatário pagaria cerca de R$108 além do aluguel.
Mas há como fazer esse gasto valer a pena. “Quem faz um seguro completo, por exemplo, tem a preferência dos proprietários e pode tentar conseguir algum desconto no aluguel”, afirma José Viana Neto, presidente do Creci-SP. Afinal, o dono do imóvel tem a garantia de receber o pagamento em dia e que o imóvel está conservado.
Viana Neto afirma que, com o crescimento do uso do seguro fiança, os preços também devem cair. “Hoje, os valores já são mais baixos do que eram e devem ficar ainda menores.”