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Por Felipe Serrano e Rodrigo Martins
São Paulo, (AE) - A diferença de perfis de consumo de aparelhos eletrônicos hoje é consequência de uma evolução da indústria e dos consumidores. Até o fim da década de 1990 apenas uma pequena parte da população podia comprar esses produtos. Computadores comuns chegavam a custar mais de R$ 4 mil. Quem tinha dinheiro estava sempre atualizado com o último lançamento.
Porém, a partir de 2003, houve uma queda brusca no preço e um aumento do interesse das pessoas em PCs, celulares, MP3 players e outros eletrônicos. "O número de consumidores aumentou muito, principalmente na classe C. São pessoas que financiam a compra em vários meses e por isso demoram para trocar por outro", explica Reinaldo Sakis, gerente de pesquisas da América Latina do IDC Brasil.
Mesmo dentro das mesmas classes o padrão de consumo se segmentou. Há aqueles que querem comprar sempre o produto mais novo e outros que preferem ficar com o antigo que dá conta das necessidades.
"Hoje as pessoas estão mais interessadas em comprar o produto que traz benefícios para elas. Vai de acordo com as funcionalidades", diz Ivair Rodrigues, diretor de pesquisas da IT Data. A indústria sabe disso e hoje oferece, por exemplo, vários modelos de PCs. Os mais avançados (e caros) são para games e os mais básicos, como os netbooks, servem para acessar a internet. "Criou-se tanta diversidade de consumo que o fabricante não pode mais adivinhar as características específicas do consumidor", continua Rodrigues.
Isso não impede que os fabricantes continuem com a conhecida "obsolescência programada". Para fisgar quem compra o mais moderno, muitas vezes, não lançam de cara o que têm de mais avançado. Antes de colocar no mercado um produto, eles já têm outro mais sofisticado para lançar em seis meses. " Para manter os consumidores, lançam, por exemplo, o iPhone sem 3G e logo depois o com 3G para as pessoas trocarem", diz o pesquisador do IPT Paulo Brito.
Uma pesquisa do instituto Gartner realizada em 2008 com mais de 5 mil consumidores aponta 9 diferentes níveis de consumo tecnológico. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, predominam perfis de pessoas que só se preocupam com o básico ou compram de acordo com a funcionalidade.