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Marcos Burghi,
Lançado em fevereiro, permite resgate de carta de crédito para pagar viagens, festas e até cirurgia plástica
Viagens, cirurgias plásticas, cursos de idiomas e festas de casamento, entre outros serviços, podem ser pagos por meio de consórcio. A lei que permite a venda desta modalidade de consórcio entrou em vigor em fevereiro.
Paulo Rossi, presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac), observa que o serviço é recente, mas estima que 14 empresas em todo o País já ofereçam. O modelo do consórcio de serviços segue a linha tradicional - o consumidor realiza pagamentos mensais e resgata o bem por meio de sorteio, lance ou ao final do prazo contratado. A diferença é que, no caso, do consórcio de serviços, ele obtém uma carta de crédito no valor estipulado em contrato em vez de um produto como imóvel ou automóvel. “O dinheiro será destinado ao pagamento do serviço que o cliente desejar”, diz Rossi.
De acordo com o diretor executivo da Abac, como o produto é recente, o mercado não dispõe de números exatos sobre a quantidade de grupos, participantes, valores mínimos ou máximos de cada plano e e tampouco as taxas de administração médias.
O Jornal da Tarde consultou duas administradoras de consórcios que têm planos para carta de crédito de serviços. A Embracon conta com planos entre 12 e 36 meses, que ao final do prazo dão direito a cartas de crédito entre R$ 5 mil e 20 mil. As mensalidades, a partir de R$ 183,71, incluem taxa de administração, que variam de 12% a 26% ao longo de todo o plano, e o seguro prestamista, que cobre morte do consorciado ou desemprego eventual.
De acordo com Mizael Catharino, diretor da Embracon, até o momento há três grupos formados, com cerca de 144 integrantes cada, número máximo permitido para cada grupo.
A Rodobens Consórcio também comercializa o produto em São Paulo. As cartas de crédito variam de R$ 4 mil a R$ 38 mil, com mensalidades a partir de R$ 109,49. De acordo com Sebastião Cirelli, diretor executivo da companhia, é o próprio contemplado quem define a empresa que prestará o serviço.
A vendedora Rutilene de Souza, 24 anos, tinha o sonho de fazer uma cirurgia plástica. Quando soube da opção do consórcio não teve dúvida.
Ela conta que comprou logo no início da oferta, em fevereiro, uma carta de crédito de R$ 7 mil para pagar em 48 meses. Em abril, porém, deu um lance de R$ 1.910, o equivalente a dez parcelas. Em julho fez a cirurgia, pagou e logo em seguida foi reembolsada com o valor da carta de crédito.