Últimos artigos
Alta do preço do aço para as montadoras elevaria valor de carro em médio prazo 29/03/2011
Camas de bronzeamento artificial são cancerígenas, diz pesquisa 22/09/2009
Financiamento habitacional cresce mais que o saldo de todas as operação de crédito 22/09/2009
Bernardo diz que Brasil já saiu da crise financeira 22/09/2009
Liquidações nem sempre dão direito a trocas 21/09/2009
Selo vai identificar produtos da agricultura familiar 21/09/2009
Sopas prontas: cuidado com o sódio 21/09/2009
Speedy: Relatório considera "insuficientes" medidas da Telefônica 21/09/2009
Abusos das operadoras de telefonia lideram reclamações no Procon 21/09/2009
Defesa do Consumidor analisou 14 propostas no 1º semestre 21/09/2009
Foz do Iguaçu - Fazer compras no Paraguai exige cada vez mais atenção dos consumidores. Desde o fim do ano passado, a Polícia de Turismo registrou 105 denúncias contra comerciantes de Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu. Em vez da mercadoria, eles entregaram aos clientes tijolos, pedras, garrafas de água mineral e até mesmo cachaça barata.
A boa notícia é que agora as vítimas têm a quem recorrer. Desde dezembro de 2008 funciona na aduana de Ciudad del Este a Divisão de Segurança Turística, onde está a Polícia de Turismo, criada pelo atual governo.
O chefe da repartição, Victor Acosta, diz que o papel da Polícia de Turismo é receber as denúncias e encaminhá-las ao Ministério Público. “Antes também ocorriam muitos casos, mas só que não se denunciava”, diz. Os policiais também acompanham as vítimas até as casas comerciais onde a compra foi feita e geralmente conseguem recuperar a mercadoria ou o dinheiro. A maioria dos denunciantes é de turistas e sacoleiros brasileiros.
Na Divisão de Segurança Turística, Acosta exibe uma coleção de maus exemplos. Um cliente comprou um celular, mas ao abrir a caixa do aparelho havia uma garrafa pequena de cachaça para simular o peso do produto. Outro comprou uma máquina fotográfica, mas quando foi ver a mercadoria encontrou uma corrente com cadeado. No lugar de um som para carros, um turista recebeu quatro garrafas cheias de água mineral. Geralmente os casos ocorrem em lojas pequenas e pouco conhecidas.
Uma das fraudes mais recentes foi registrada no início deste mês. Um sacoleiro de Mato Grosso do Sul deu R$ 5 mil na mão de um vendedor, mas quando foi verificar as bolsas de viagem percebeu que as caixas dos produtos eram verdadeiras, porém no lugar das mercadorias havia pedras e tijolos.
A polícia diz que também há vendedores que, em vez de embalar o produto escolhido pelo consumidor, entregam um de qualidade inferior.
As denúncias que chegam à Polícia de Turismo são remetidas ao Ministério Público do Paraguai que fica encarregado de prosseguir com a investigação e punir os responsáveis. Um dos resultados práticos até agora foi o fechamento de uma loja e a emissão para ordem de captura de um comerciante, que está foragido.
O presidente do Centro de Importadores de Alto Paraná (Cicap), Charif Hammoud, diz que a organização está acompanhando de perto a situação. Segundo ele, a prefeitura já designou um fiscal para atender às denúncias e algumas lojas estão sendo processadas. “São poucas lojas que fazem isso e elas acabam com a imagem do comércio. É algo que nos preocupa muito”, diz. Hammoud recomenda aos consumidores que façam denúncias e peçam notas fiscais no ato da compra – as grandes lojas de Ciudad del Este já emitem nota. Ele ainda adianta que os comerciantes já trabalham com o Ministério do Turismo para providenciar um selo de qualidade para as lojas sérias com o objetivo de oferecer mais tranquilidade ao consumidor.
Propina
Veja quais são as dicas da Divisão de Turismo para evitar problemas durante as compras no Paraguai:
Teste – ao sair da loja, verifique o produto embalado e teste-o novamente.
Ajuda – se for vítima de fraude, procure a Polícia de Turismo.
Denúncia – relate casos de pedidos de propina feitos por funcionários públicos da polícia ou setores de migração.
Transporte – contrate o transporte em locais seguros, como hotéis e aeroportos.