JurisWay - Sistema Educacional Online
 
 
Cursos
Certificados
Concursos
OAB
ENEM
Vídeos
Modelos
Perguntas
Notícias
Fale Conosco
 
Email
Senha
powered by
Google  
 
 Defesa do Consumidor
 

Inspeções em clínicas de estética acham remédios vencidos e falta de higiene

Fonte: G1 21/8/2009

Texto enviado ao JurisWay em 26/08/2009.

indique está página a um amigo Indique aos amigos


Vigilância Sanitária reforçou fiscalização nesse tipo de estabelecimento.
De 21 locais visitados desde janeiro, oito sofreram algum tipo de interdição
 
Marília Juste
 
Vistorias em clínicas de medicina estética de São Paulo no primeiro semestre deste ano encontraram irregularidades que vão desde falta de esterilização de equipamentos até medicamentos vencidos e seringas reutilizadas, segundo a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), órgão da Prefeitura.

De acordo com Ricardo Antônio Lobo, gerente da Covisa, a vigilância detectou até remédios vencidos há mais de dois anos. “Estamos em 2009 e encontramos medicação que tinha vencido em 2007”, afirmou.

A Covisa reforçou em 2009 as inspeções em clínicas de estética onde são realizados procedimentos “invasivos” – o que vai desde aplicação de botox até cirurgias de lipoaspiração e aplicação de próteses de silicone.

A decisão, segundo Lobo, foi tomada após casos de contaminação por micobactéria serem detectados em clínicas do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, em 2008

Não tivemos contaminação em São Paulo, mas achamos prudente reforçar as inspeções nesses locais para evitar que um problema do tipo aconteça na cidade”, explica o gerente.

O médico Valcenir Bedin, presidente da regional de São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética (SBME), afirma que a entidade apoia a fiscalização. “Para nós é muito importante que as clínicas de estética estejam operando com higiene e segurança”, afirma. “Queremos que o joio seja separado do trigo”, afirmou Bedin.

Desde janeiro, a Covisa inspecionou 21 estabelecimentos de “alto risco de contaminação” – ou seja, aqueles onde ocorrem procedimentos invasivos.

Desses, quatro foram interditados temporariamente e quatro interditados totalmente. “Uma vez que um estabelecimento é fechado totalmente, é muito difícil que ele volte a funcionar”, afirma Lobo.

Entre as causas de interdição estão falta de higiene e remédios vencidos. “Encontramos desde descarte inadequado de material hospitalar até falta de, por exemplo, sabonete líquido e toalhas de papel”, afirma o gerente da Covisa.

Entre os medicamentos impróprios para uso estavam remédios com data de validade ultrapassada e também medicações armazenadas de forma inadequada. “Alguns medicamentos precisam ser guardados em um ambiente refrigerado e ao abrigo de luz. Se eles estão armazenados de outra forma, não funcionam”, explica Lobo.

A principal causa de interdição, no entanto, foi a falta de esterilização adequada dos equipamentos médicos, o que é muito perigoso para a saúde.

O médico Luís Fernando Aranha Camargo, professor de doenças infecciosas e parasitárias da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que a esterilização evita infecções.

“Quando um instrumento fica em contato com um fluído orgânico, como sangue ou urina, ele precisa ser esterilizado antes de ser utilizado no próximo paciente para a eliminação de todos os agentes infecciosos”, explica Camargo. Um material mal-esterilizado pode transmitir desde micoses e outras doenças de pele até enfermidades graves como Aids e hepatite.

Cuidados

Lobo recomenda que a população fique alerta quando for se tratar em uma clínica estética. “Peça todas as informações sobre o procedimento que for realizar e pergunte sobre como o estabelecimento lida com a higiene. Em caso de dúvida ou denúncia, procure a Covisa”, afirma o gerente. O telefone é o 156.

“Também é necessário pedir o número do cadastro municipal da clínica na vigilância sanitária. Com ele, você deve entrar em contato para saber se o local está autorizado a funcionar, se há algum problema registrado e quando foi a última inspeção”, explica.

A SBME informa que oferece cursos gratuitos para que profissionais de clínicas estéticas se atualizem sobre as exigências de saúde e segurança.

“Muitas vezes o médico não erra por má-fé, mas por desconhecimento”, afirma Valcenir Bedin. A entidade se coloca à disposição para que médicos, filiados ou não, tirem dúvidas por meio do telefone (11) 3673-4553.




Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

 
Copyright (c) 2006-2025. JurisWay - Todos os direitos reservados