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A falta de planejamento pode trazer muitos danos ao profissional. “A pessoa precisa fazer uma avaliação sobre si mesma para verificar quais são as oportunidades que ela terá no mercado e não se tornar uma ameaça. Se ela não souber o que quer, vai deixar a empresa guiar a sua formação”, diz Andréa Barcellos, gerente da área de assessoria em gestão de RH da KPMG Brasil.
Essa autoavaliação inclui mensurar a compatibilidade entre os valores inegociáveis para o indivíduo e os exigidos pela empresa. “A pessoa também escolhe a empresa em que quer trabalhar”, reforça Andréa. Independentemente da relação de trabalho, o que garante a empregabilidade é estar ativo e atendo ao mercado de trabalho.
Leana Braga, consultora de estilo, trabalhou durante sete anos como gerente de loja de uma grande marca de varejo de moda do Brasil. Conquistou várias metas e, seguindo o padrão para a construção de carreira da empresa, optou pela mobilidade e mudou-se do Rio de Janeiro para Curitiba em 2006. Em meio a tantas mudanças, Leana também foi mãe. “Nesse momento, coloquei tudo na balança, deixei o status de lado e fui buscar algo novo, que me desse mais tempo livre para a família”, conta.
A principal transformação foi no olhar de Leana em relação à empresa e o pedido de demissão veio em dezembro de 2008. A partir daí, ela investiu em um coaching e redirecionou a carreira, optando por uma nova área de atuação. “A experiência como autônoma é nova, mas eu me preparei para arriscar”, conta.
Equilíbrio
A pressão faz parte do mercado de trabalho, por isso é fundamental refletir sobre as atitudes tomadas diante da adversidade. Para a coordenadora de desenvolvimento humano e coach da NeoplanRH, Adriana Ferrareto, o controle sobre as próprias emoções é determinante para conseguir lidar com a pressão, que é inerente ao processo. “Há situações sobre as quais não temos controle, mas precisamos saber como trabalhá-las para não sucumbir”, afirma.
“A pressão tem um lado positivo, do ponto de vista que faz as pessoas se movimentarem. O problema é que, em alguns jovens, ela tem efeito paralisador”, diz Luciana Albanese Valore, doutora em psicologia escolar pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do projeto de orientação profissional da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O equilíbrio entre as esferas pessoal e profissional faz a diferença. “O que vale para uma pessoa não vale, necessariamente, para todas. É importante incorporar certas recomendações de especialistas, como a permanente atualização profissional, desde que haja sentido nessa ação”, explica. Para ela, é preciso pensar num plano de carreira.
Entretanto, o planejamento de carreira não é uma camisa de força, que limita as escolhas. “O mundo muda e nós mudamos. Temos todo o direito de procurar outro espaço, outro momento e outro lugar para realizar esses novos anseios, sem desqualificar os passos anteriores”, diz Alba Maria Torres, coach e professora do MBA da Isae/FGV.
O profissional do século 21 tem metas e objetivos de carreira distintos. Se antes a estabilidade no emprego era vista como virtude, hoje pode soar como acomodação. Enquanto antigamente havia um número determinado de profissões e se trabalhava naquilo por muito tempo e da mesma forma, atualmente os novos recursos exigem outras competências do profissional. A velocidade de mudança afetou mais a geração acima dos 45 anos. “Há profissionais que entraram no mercado quando ainda estavam na faculdade e foram embalando, mas o cenário de estabilidade do início de carreira já não existe mais”, diz Andréa Barcellos, gerente da área de assessoria em gestão de RH da KPMG Brasil.
Ambiente saudável
O que dá sustentabilidade para o profissional também mudou – e está longe de ser a ambição por posses e valores materiais, que se torna um problema quando é o objetivo único. A contribuição para a formação de um espaço melhor do que o encontrado e o legado são pontos ainda relevantes no processo de aperfeiçoamento profissional. “O profissional tem que estar atento à sustentabilidade do negócio em que atua, ao ambiente saudável, liderança e contribuir construtivamente para a sociedade”, explica Alba Maria Torres, coach e professora do MBA da ISAE/FGV. Para ela, como o ser humano transita por diversos espaços da vida, um diferencial profissional é fazer algo não só para si, mas para o lugar pelo qual passou. (FT)
Carreira é fruto de escolhas ativas
Evitar a frustração profissional é um processo complexo que começa com a escolha do curso no vestibular. “O jovem deve ter clareza do significado daquela escolha, o que ele espera obter de resultados, como realização profissional e satisfação pessoal”, diz a professora Alba Maria Torres, do Isae/FGV. Ele não pode se deixar levar por mitos, como o que terá um lugar garantido no mercado de trabalho se escolher determinada profissão. O importante é optar por algo que tenha a ver com as características pessoais, como gostos e habilidades que podem ser desenvolvidas.
Para a coach Adriana Ferrareto, a pessoa precisa olhar para a carreira e entender o que pode ser a missão da sua vida. “Ela precisa ter a sensação de que vai fazer algo que é importante, que não vai ser só um emprego.” Essa missão, que é onde o profissional quer chegar, precisa ser completada por planejamento sobre como atingirá essa meta. Além disso, a especialista destaca que o profissional precisa estar atento para buscar uma empresa cujos valores estejam alinhados aos seus próprios, o que inclui entender o estilo de liderança e cultura na companhia.
“Você precisa escolher uma vaga que se adeque ao seu perfil. Pode ser numa empresa com um estilo que impõe metas definidas rígidas e pede que alcance resultados determinados, ou em uma com estilo mais leve, onde há mais negociação na atuação”, explica Adriana. O comportamento também está envolvido. O profissional precisa saber usar seu conhecimento a seu favor e mensurar o impacto que causa nos outros. “Não é mudar quem você é, mas se dimensionar”, finaliza Adriana.