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Pesquisadores da USP garantem ter identificado o novo vírus em Manaus, mas Ministério da Saúde não confirma
Rio - Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) afirmam ter comprovado o aparecimento da dengue tipo 4 no Brasil. Eles analisaram dois pacientes de Manaus, no Amazonas. O resultado está publicado em artigo no periódico ‘PLoS Neglected Tropical Diseases’. Com um vírus novo circulando, aumenta a possibilidade de um paciente que já teve outro tipo se reinfectar, contraindo dengue hemorrágica, a forma letal da doença.
O Ministério da Saúde, porém, nega que haja circulação do tipo 4 no Brasil. Segundo o órgão, exames de diagnóstico rápido de dengue são realizados em 50 ‘unidades sentinelas’ em 16 estados e 25 municípios estratégicos e a identificação do tipo de vírus circulante é realizada rotineiramente nas unidades de referência, como a Fiocruz.
Segundo Paolo Zanotto, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, um dos problemas de o governo dizer que a dengue tipo 4 não existe no País é o fato de não incluir esse tipo de vírus nos sistemas de detecção em uso pela vigilância sanitária.
No ano passado, um estudo publicado por pesquisadores do Estado do Amazonas já havia dito que a dengue tipo 4 havia sido encontrada em três pacientes de Manaus. Mas o Ministério da Saúde também negou. A infectologista Maria Paula Mourão, da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, que integrou a equipe que publicou o estudo em 2008, afirma que o grupo tem plena convicção dos resultados. “Gostaria muito que houvesse uma abertura (do Ministério da Saúde) para as pessoas novamente conversarem entre si”, disse.
Os cientistas da USP acreditam que o vírus tenha vindo diretamente da Ásia, em vez de passar primeiro pela América Central e Caribe, como costuma ser o padrão. “A intensificação da atividade econômica entre o Brasil e países asiáticos (especialmente a China) pode explicar”, escreveram.
Para os pesquisadores, a presença da dengue tipo 4 nas Américas “deve ser recebida com grande atenção e ser assegurada uma intensificação das atividades de vigilância”.