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Queda nos valores dos remédios, que chegará a mais de 40% nas farmácias populares, será repassada aos consumidores. A partir de hoje, receitas ficam retidas nos estabelecimentos e validade do pedido cai para 120 dias
Brasília - Dois dias após o início da portabilidade dos planos de saúde no País, foi a vez de a área de medicamentos sofrer mudanças que favorecem consumidores. De olho na qualificação do programa ‘Aqui Tem Farmácia Popular’, o governo federal anunciou a redução de preços — pagos pelo Ministério da Saúde a donos de farmácias credenciadas, por diversos remédios para hipertensão e diabetes. A queda, segundo o governo, deverá ser repassada aos consumidores.
No caso do Hidroclorotiazida (25 mg/1 cp), para hipertensão, a redução chega a 43,75%. Foram anunciadas também alterações em procedimentos nas unidades privadas. A partir de hoje, o cliente deve levar cópia da receita, que fica retida na farmácia, e o tempo de prescrição do documento cai de 180 para 120 dias. A medida foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Hoje, há 6.097 farmácias credenciadas — 448 no Estado do Rio.
O programa Farmácia Popular oferece medicamentos bem mais baratos. Clientes pagam apenas 10% do valor real do remédio — 90% são custeados pelo governo federal. Ao todo, são comercializados 280 itens para diabetes, hipertensão e contracepção. Para ter acesso, é preciso levar receita (agora com cópia) e identidade.
No site www.portal.saude.gov.br, é possível verificar as drogarias conveniadas e a lista dos medicamentos. Há, ainda, postos fixos da Farmácia Popular. As unidades da Praça XV (saída das barcas, Centro do Rio) e Copacabana (Rua Barata Ribeiro 173) vendem também remédios a baixo custo.
Apesar do reajuste dos medicamentos de 5,91%, em vigor desde o dia 1º, algumas redes se comprometeram a não subir preços. Drogarias do Grupo Pão de Açúcar (Supermercados Extra, Sendas e Pão de Açúcar) mantêm os valores e a rede Venâncio informa que vai segurar ao máximo os preços. Segundo o setor de marketing da cadeia de farmácias, medicamentos em estoques serão vendidos pela tabela de março.
Consumidores pedem mais remédios no programa
Apesar do significativo subsídio aos medicamentos, que chegam às mãos dos consumidores custando menos da metade do preço, a reclamação geral é a reduzida gama de remédios que fazem parte do Programa ‘Farmácia Popular’. Gastando em média R$ 400 por mês, a pedagoga Carla Dantas, 45 anos, elogia o projeto. Com ressalvas: “O programa funciona bem, mas deveria haver um aumento no número e tipo de medicamentos. Há remédios para cardiopatia, osteoporose e até hipertensão que não consigo comprar na ‘Farmácia Popular’, não estão no convênio com as drogarias e nem nos postos fixos. O Sinvastatina é um duro exemplo. Ele custa R$ 50. Com o reajuste nos preços dos remédios, o governo deveria facilitar o acesso à população”.
A secretária Mirian Fonseca dos Santos, 49, faz coro com Carla. “Será que apenas diabéticos e hipertensos têm problemas? A economia com medicamentos da ‘Farmácia Popular’ é boa, mas deveria abarcar outros remédios. Dos 10 que preciso comprar, apenas um é contemplado pelo programa”, protesta Mirian