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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, na noite desta quinta-feira, que o governo vai mexer na rentabilidade da poupança, e deixou claro que será para baixo. Ele defendeu que as mudanças não vão afetar a segurança da aplicação, ou seja, ela continuará sendo totalmente garantida pelo governo, e que o pequeno poupador - que responde por 95% de todos os depósitos da aplicação - continuará tendo uma "boa rentabilidade".
No entanto, ao ser questionado se essa rentabilidade seria a mesma de hoje -da Taxa Referencial (TR), hoje em cerca de 2% ao ano, mais juros de 6% anuais-, Mantega foi claro:
- É claro que não, senão não muda nada - afirmou ele após se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles.
Nesta quinta-feira, o presidente Lula também confirmou mudanças nas regras da poupança para proteger o pequeno poupador , mas não deu detalhes:
- À medida que começa a cair a taxa de juros, é preciso ter um equilíbrio, porque senão não é mais poupança, passa a ser investimento. Daqui a pouco as multinacionais vão querer colocar dinheiro na poupança - disse Lula. - Então precisamos tomar cuidado para não quebrar um sistema que funciona adequadamente.
O ministro defendeu a necessidade de alterar a remuneração da poupança porque a taxa básica de juros do país, hoje em 11,25% ao ano, está em queda. Com isso, os ganhos da caderneta já estão melhores do que os de alguns fundos de investimentos e, por isso, atrai grandes aplicadores. Com a poupança é isenta da Imposto de Renda (IR), o governo quer evitar esse benefício aos grandes investidores.
- Certamente faremos uma mudança que preserva os interesses da grande maioria dos poupadores. Não há nada a temer. O mundo todo está vivendo com juros menores - afirmou o ministro, sem entrar em detalhes do que está sendo avaliado, como colocar um teto para as aplicações ou até mesmo tributar a caderneta para os grandes investidores.
O governo, segundo fontes, deve trocar a rentabilidade da poupança (TR mais 6%) por uma parte da Selic. Assim, garantirá que a aplicação não será maior do que a dos fundos de renda fixa, fortemente atrelada à taxa básica de juros.