JurisWay - Sistema Educacional Online
 
 
Cursos
Certificados
Concursos
OAB
ENEM
Vídeos
Modelos
Perguntas
Notícias
Fale Conosco
 
Email
Senha
powered by
Google  
 
 Defesa do Consumidor
 

Vendas de veículos devem cair no 2º semestre, dizem montadoras

Fonte: G1 16/4/2009

Texto enviado ao JurisWay em 24/08/2009.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

 


As quatro maiores montadoras do país - Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford - acreditam na redução do volume de vendas no segundo semestre, em relação ao que é esperado para os primeiros seis meses deste ano. O cenário “pessimista” ao comparar com o discurso do governo federal é visto pelas empresas como o reflexo do fim da redução do IPI – previsto para 30 de junho - e das barreiras que o consumidor enfrenta para ter acesso a crédito. Representantes das quatro montadoras reuniram-se, nesta quarta-feira (15), na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em São Paulo, para o lançamento da Cartilha do Etanol.

De acordo com o presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, a vendas da GM devem cair entre 10% e 15% neste ano, caso o governo não tome medidas que mantenham o estímulo das vendas no segundo semestre. Em 2008, a GM vendeu 468.476 unidades de automóveis e comerciais leves.

“O governo tem muito espaço para garantir a volta do crédito. É preciso diminuir a taxa de juros e estender prazos para voltarem as facilidades de acesso ao crédito. Para o cliente isso representa um conjunto de fatores”, diz Ardila.

O diretor de comunicação corporativa da Volkswagen do Brasil, Antonio Megale, afirma que a Volkswagen também não conta com o fim da redução de IPI em junho e aguarda queda nas vendas de veículos. “Trabalhamos com um cenário sem prorrogação do desconto.”

Com a mesma posição, o gerente de relações institucionais da Fiat Automóveis, Marcus Vinicius Aguiar, comenta que a Fiat espera a redução de 10% de suas vendas com a possível desaceleração do mercado a partir de julho. Já o gerente de comunicação da Ford do Brasil, Célio Galvão, não divulga as perspectivas da empresa, mas afirma que a empresa também não conta com a prorrogação do benefício.  

Depósito compulsório

Da mesma forma que as montadoras apostam na prorrogação do IPI, as empresas financeiras – de montadoras ou não – esperam que a flexibilização dos depósitos compulsórios seja alongada para além de 30 de junho. Para os bancos, a medida ajudará na normalização da disponibilidade de crédito no país. “O cenário de crédito de prazos curtos e custos altos demorará a mudar, mas esperamos que a medida que abrange os recursos do compulsório e termina no dia 30 de junho seja adiada”, ressaltou o diretor-presidente do Banco Volkswagen, Décio C. de Almeida, em encontro com o ministro Miguel Jorge nesta segunda-feira. 

O compulsório é o dinheiro dos bancos que fica retido no Banco Central, como uma forma de controle do sistema financeiro caso haja um colapso na economia e para controlar o fluxo de crédito. Quando a crise começou a afetar o Brasil, em outubro, o Banco Central decidiu flexibilizar este sistema, permitindo abater até 40% do recolhimento do compulsório. Com a medida, foi possível injetar de imediato R$ 23,5 bilhões no sistema financeiro e, assim, aumentar o fluxo de crédito.

Anfavea acredita em queda de 11,2% da produção de veículos neste ano 

Governo está otimista

As reclamações da indústria contradizem a expectativa do governo. Em reunião com representantes da indústria na Câmara Americana de Comércio (Amcham) , nesta segunda-feira (14), o ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, reiterou que o setor manterá o nível de vendas no mercado interno registrado em 2008, de 2,820 milhões de unidades, e afirmou que três montadoras já preparam novos investimentos no país.

Sobre aumentar o prazo de redução do IPI, o ministro diz ser “muito cedo” para falar no assunto. Miguel Jorge também espera manutenção dos níveis de produção em 3,214 milhões. Já a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) acredita que a produção de veículos no Brasil cairá 11,2%em 2009, para 2,86 milhões de unidades. Sobre as vendas, a associação prevê queda de 3,9%, para 2,71 milhões de unidades.

Exportações

A preocupação com o próximo semestre está fortemente ligada à queda das exportações. “O que falta é cliente”, ressalta o diretor da Volkswagen. O presidente da GM do Brasil reforça ainda que apesar de o real estar cotado em patamar favorável à venda no exterior, a recessão econômica nos principais mercados exportadores tem dificultado muito os negócios da montadora.

“Vamos exportar neste ano entre 30 mil a 40 mil unidades, sem contar o livre comércio com a Argentina. Contando, o volume sobe para 80 mil unidades”, observa Jaime Ardila. No ano passado, a GM exportou 100 mil unidades - sem as vendas para a Argentina, já que ao contar o volume total exportado o número chega a 150 mil unidades. “A queda das exportações forçará redução de 15% da nossa produção neste ano”, destaca Ardila.

Cartilha do Etanol

O presidente da Unica, Marcos Jank, anunciou nesta quarta-feira a parceria com as quatro montadoras para a distribuição da “Cartilha do Etanol” em carros bicombustíveis. Cerca de dois milhões de cartilhas serão colocadas nos veículos novos entre maio deste ano e abril do ano que vem. Segundo Jank, o material é “parte de um esforço de conscientização” dos clientes sobre os benefícios do uso etanol.

“O etanol já substituiu 50% do consumo de gasolina no país, se for contar o álcool hidratado e o anidro, que é colocado na gasolina. A tendência é que isso aumente”, ressalta Jank.




Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

 
Copyright (c) 2006-2025. JurisWay - Todos os direitos reservados