Últimos artigos
Alta do preço do aço para as montadoras elevaria valor de carro em médio prazo 29/03/2011
Camas de bronzeamento artificial são cancerígenas, diz pesquisa 22/09/2009
Financiamento habitacional cresce mais que o saldo de todas as operação de crédito 22/09/2009
Bernardo diz que Brasil já saiu da crise financeira 22/09/2009
Liquidações nem sempre dão direito a trocas 21/09/2009
Selo vai identificar produtos da agricultura familiar 21/09/2009
Sopas prontas: cuidado com o sódio 21/09/2009
Speedy: Relatório considera "insuficientes" medidas da Telefônica 21/09/2009
Abusos das operadoras de telefonia lideram reclamações no Procon 21/09/2009
Defesa do Consumidor analisou 14 propostas no 1º semestre 21/09/2009
Você sabia que é possível fazer transplante de osso? A lista de interessados é grande. O problema é que faltam doadores.
Falta equilíbrio, firmeza para caminhar. A professora de enfermagem Heliane Leopardi enfrenta o medo há cinco anos, desde que descobriu uma inflamação na prótese do fêmur.
“Meu peso do corpo fica praticamente na perna direita, sobrecarrega minha perna. De repente eu posso até desenvolver um problema no joelho. Acho que a minha vida voltaria ao normal, depois de um processo de cirurgia, de enxerto e de colocar a prótese que eu tanto preciso”, diz a professora de enfermagem Heliane Leopardi.
Assim como Heliane, há outros 700 pacientes na fila por um transplante ósseo no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. A espera - que muitas vezes demora anos - tem um motivo. São poucos os doadores. Em 2009, o instituto recebeu apenas três doações.
Os ossos de um único doador podem beneficiar até 35 pacientes, de acordo com os médicos. Mas ainda falta informação e sobra preconceito.
“O receio da família sobre a mutilação daquele ente querido, devido à retirada de um determinado segmento, como fêmur, por exemplo. É importante ressaltar que, por lei, temos a obrigação, e seguimos essa recomendação, de fazer a recomposição de onde foi retirado tecido ósseo e é feita colocando-se material sintético no local”, esclarece o chefe do banco de tecidos Rafael Prinz.
No Brasil, há seis bancos de tecido ósseo, onde, o material - depois de captado - passa por uma limpeza e por um processo de descontaminação. Os ossos ficam armazenados em congeladores super potentes a -80ºC. Guardados, têm a validade de cinco anos.
“Com o transplante ósseo, vamos mudar o panorama de grande parte da população que se encontra debilitada, incapacitada de caminhar, com dores articulares diárias e a gente pode reverter isso positivamente”, diz o chefe do banco de tecidos Rafael Prinz.
A jornalista Larissa Jansen teve essa chance. Vítima de uma doença degenerativa diagnosticada aos 7 anos de idade, ela teve que reaprender a andar quatro vezes ao longo da vida. Passou por dois transplantes ósseos. Longe da cadeira de rodas e, aos 31 anos, faz muitos planos: “Minha carreira está ascendendo de novo, virei escritora e estou me preparando para ser mãe. Optei para adoção, porque após dois transplantes uma gravidez não é muito legal”, diz.