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Promessa é de juros mais baixos nos bancos para quem paga em dia.
Quem tem o nome limpo na praça agora seria reconhecido. E os juros cairiam para quem paga as contas em dia.
É tanta conta para pagar. “Eu, felizmente, tenho conseguido segurar um pouco a onda, mas realmente é difícil. Se não for bem controlado você se perde”, comenta o administrador de empresas Agop Tchilian.
Os credores não perdoam. Bastam alguns deslizes nas finanças para cair no cadastro de inadimplentes. Uma lista cada vez maior. Em março, o número de devedores subiu mais de 22% em relação ao mês anterior.
“Às vezes ligamos para o cliente, avisamos que o cheque voltou, não reapresentarmos, tentando receber, mas esses últimos tempos têm sido difíceis, viu?”, confirma a empresária Vera Peixe.
Culpa da crise econômica. “O desemprego complicou a vida do consumidor na hora de honrar os seus compromissos”, diz o assessor econômico Carlos Henrique de Almeida.
A inadimplência prejudica até quem acerta as contas em dia. Os bancos alegam que não dá para diferenciar o bom do mau pagador. Essa é a desculpa para dificultar os financiamentos e cobrar juros altos na hora de emprestar dinheiro para qualquer cliente.
A promessa de valorizar quem tem controle financeiro é antiga. Agora o Congresso pode criar a lista de bons pagadores. Pessoas e empresas que quitam tudo direitinho teriam uma recompensa: juros menores na hora de pegar um empréstimo.
“Eu acho que é importante e válido o fato de você ser um bom pagador e poder ter um privilégio por manter as suas contas em dia, de ser uma pessoa organizada, no momento em que você precisa de um crédito”, comenta a advogada Mariana Kreimer Melucci.
O governo quer que os bancos reduzam o spread - a diferença entre a taxa paga para captar dinheiro e a que é cobrada dos clientes na hora de liberar um empréstimo. Mas, para o ex-diretor do Banco Central Carlos Eduardo de Freitas a lista de bons pagadores não é solução imediata nem mágica.
“Permitirá aos bancos uma maior distinção entre os seus tomadores de recursos cobrando menos daqueles que apresentam menor risco e dos que apresentam maior risco, possivelmente cobrando até mais”, acredita Carlos Eduardo de Freitas.
O governo quer a lista de bons pagadores. Também acha que com ela os bancos vão baixar os juros. O problema é que as taxas podem não cair assim tão rapidamente apenas por causa da lista.