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Julliane Silveira
A farmacêutica Genentech anunciou ontem que retirará voluntariamente do mercado nos EUA o medicamento Raptiva (efalizumabe), indicado para casos graves de psoríase ou para pacientes que não respondem a outros tratamentos. A empresa diz que a droga aumenta riscos de o usuário desenvolver leucoencefalopatia multifocal progressiva, um tipo de infecção fatal no cérebro.
No fim de 2008, a FDA (agência americana que regula alimentos e fármacos) obrigou a fabricante a incluir um aviso na embalagem do remédio devido a relatos de infecções oportunistas ligadas a seu uso. A Emea (Agência Européia de Medicamentos) também divulgou um alerta. Duas mortes ocorreram no continente decorrentes do uso do remédio.
O Raptiva é comercializado no Brasil pelo laboratório Merck Serono e tem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que não foi notificada pela empresa. A Merck Serono afirmou que "há um mês, já havia tomado a decisão de suspender a comercialização do remédio em todos os países onde detém a licença, inclusive no Brasil".
Segundo o dermatologista Cid Sabbag, diretor do Centro Brasileiro de Psoríase, médicos brasileiros receberam em março uma carta do laboratório com a informação de que a venda do produto poderia ser reduzida e interrompida. "O recolhimento ocorrerá aos poucos, para que haja tempo de fazer a transição para outro remédio".
Cerca de 47 mil pessoas utilizam o remédio em todo o mundo, afirma Sabbag -um mês de tratamento custa R$ 5.000. Para ele, a ação é "um pouco de exagero". "As mortes ocorrem em idosos, talvez o sistema imune seja mais debilitado."
Pacientes que usam o remédio não devem parar o tratamento, sob risco de piora dos sintomas da doença. É recomendado procurar o médico.