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Ano de 2009 não será tão favorável
O ano de 2009, entretanto, dificilmente vai ser tão favorável quanto os anteriores. "Diante da redução da demanda por crédito, maior dificuldade de captação de recursos e aumento de inadimplência, as instituições financeiras encurtaram prazos, subiram as taxa de juros, reforçaram caixa e devem registrar contração nas linhas este ano. Esta é a tendência para 2009", diz o analista da Lopes Filho, João Augusto Salles.
A queda das taxas dos financiamento de veículos não acompanham os cortes da Selic (taxa básica de juros), mas sim as curvas dos juros futuros de longo prazo, que já apresentam tendência mais forte de queda. Entretanto, um dos fatores de preocupação das instituições financeiras é o crescimento da inadimplência, além da demanda mais retraída. "O aumento da inadimplência é causado, em parte, pela queda do volume demandado", explica Roberto Troster, sócio da Integral Trust Serviços Financeiros.
Todas as modalidades de crédito registraram forte alta da inadimplência. O índice de inadimplência acima de 90 dias nos financiamentos de veículos, por meio de CDC (Crédito Direto ao Consumidor), chegou ao patamar de 4,7% em janeiro deste ano ante 3,1% de janeiro de 2008. Mas se forem consideradas as operações de leasing, o percentual estimado fica em 3,5%.
"Evidentemente, estes percentuais de inadimplência pressionam as taxas de juros. Um dos fatores levados em conta é o risco da operação", explica Montenegro. No caso dos veículos, o problema é amenizado devido à garantia, pois o bem pode ser retomado. Outras linhas de crédito pessoal, entretanto, não têm esse tipo de garantia e, por isso, cobram juros mais elevados.
Retomada
A tendência de retomada do crédito ainda é tímida. Antes de fazer qualquer previsão, Montenegro diz que prefere esperar as estimativas da indústria automobilística. "O importante é que agora existem linhas de crédito para atender a demanda do consumidor e a situação está bem diferente do que era entre setembro e dezembro do ano passado, quando não existia nada", ressalta.
As linhas disponíveis no mercado são dadas com juros maiores, prazos menores e maior seletividade. "Os bancos estão mais rigorosos na análise e concessão do crédito. Financiamentos de 80 meses, por exemplo, não existem mais", diz Montenegro. De acordo com os dados da Anef, os planos máximos de financiamento oferecidos pelas financeiras caíram de 84 meses em janeiro de 2008 para 60 meses em janeiro de 2009. Já os planos médios passaram de 42 meses para 40 meses, comparando o mesmo período. "A mudança de postura é positiva. Um prazo de 80 meses acabava se tornando uma armadilha para o consumidor. O mercado está mais saudável agora", avalia.
O saldo acumulado das carteiras de leasing e CDC para aquisição de veículos pelas pessoas físicas, atingindo a marca de R$ 137,3 bilhões no primeiro mês deste ano ante R$ 113,8 bilhões de janeiro de 2008, crescimento de 20,7%. Separadas, a carteira de leasing saltou de R$ 31,1 bilhões, no primeiro mês do ano passado, para R$ 57,3 bilhões no mesmo período de 2009. Já a carteira de CDC caiu de R$ 82 bilhões para R$ 80 bilhões em janeiro deste ano.