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Rio - Por unanimidade, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio aprovou projeto de lei que bane de vez o formol dos salões de beleza e clínicas de estética do Rio, onde era usado nas escovas ‘inteligente’ e progressiva. O texto será agora aprovado ou vetado pelo governador Sérgio Cabral, em 30 dias.
A justificativa do projeto é de que consumidores têm problemas de saúde com o uso da substância, como queimaduras, mesmo com a restrição anterior de que os produtos devem conter no máximo 0,2 % na fórmula.
A lei obriga ainda os salões de beleza e clínicas de estética a afixarem em local de fácil visualização tabela informando a quantidade autorizada por lei de produtos como amônia, guanidina e tioglicolato, utilizados em nos escovas progressivas, alisamentos, relaxamentos e hidratação.
Antes mesmo da aprovação da lei, de autoria do deputado Dionísio Lins (PP), a Sociedade de Dermatologia do Rio já desaprovava o uso do formol nos cabelos e lembra que recentemente a Organização Mundial de Saúde classificou a substância como provável fator cancerígeno. Segundo a coordenadora do departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade, Solange Maciel, o formol pode causar riscos através do contato, da inalação para o cliente e também para o profissional que faz as aplicações nos salões de beleza.
Segundo Zenaide Pereira, assistente da subsecretaria de vigilância e fiscalização da Vigilância Sanitária Municipal, o consumidor deve procurar saber se os produtos utilizados em seu cabeleireiro têm registro na Anvisa. “Caso constate algum produto que não esteja em confomidade com as legislações estaduais, federais ou municipais, o cliente deve denunciar o estabelecimento para a Vigilância Sanitária”.
USO DE LUVAS EM LOCAL BEM AREJADO
Segundo a dermatologista Annie Levy Benzecry, alergias ao formol são comuns. Para amenizar os riscos, a cabeleireira Ana Paula Dias, 32 anos, usa luvas e prefere ambientes arejados para aplicação: “Já tive ardência nos olhos, por isso hoje faço o alisamento longe do ar-condicionado”.
Para a presidente do Sindicato dos Institutos de Beleza do Rio, Ester Gomes, a proibição não vai acabar com o uso de formol. “A Anvisa já determininou apenas o uso de 0,2% nos produtos, porque não é prejudicial à saúde. Acho que proibir tudo vai prejudicar o movimento nos salões: as mulheres acabam pedindo para as profissionais fazerem o tratamento com o produto em casa”, diz.
Mariana Muller