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Mas não é só a gelatina que está sendo condenada por associações como a Pro Teste e o Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor (Idec). Outros alimentos consumidos em grande quantidade por crianças apresentaram problemas. Fazem parte desse grupo os salgadinhos, biscoitos recheados, cereais matinais, achocolatados e até produtos considerados saudáveis pelos pais, como iogurtes e bebidas à base de soja.
Pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) descobriu que várias marcas de salgadinhos e bolinhos apresentaram teores nutricionais até 100% acima dos declarados na embalagem. E níveis de sacarose e gorduras acima do recomendado ao público infantil.
Prático e rápido
Para a nutricionista Juliane Garcia, não há como negar a praticidade dos produtos industrializados. Prontos ou semiprontos, são de consumo rápido e têm prazo de validade maior. Porém, não compensam os prejuízos que causam à saúde a longo prazo. “Durante a infância, a massa óssea está se formando, e o organismo se desenvolvendo. Para que esses processos ocorram, precisamos de nutrientes. O excesso de aditivos, açúcares e gorduras, além de suprimir o crescimento das crianças, ainda causa obesidade, hipertensão e hiperatividade”, explica.
O pediatra e homeopata Cícero Alaor Kluppel afirma que não existe comprovação científica de que os adoçantes façam mal, mas acredita-se que, em grandes quantidades, possam provocar alterações neurológicas. “Uma quantidade pequena de aspartame adoça muito, por isso torna-se difícil atingir a dose tóxica. Já a dose máxima de ciclamato de sódio é de 11 miligramas por quilo. Se uma criança tomar uma lata de refrigerante, que tem cerca de 200 miligramas do adoçante, e consumir mais algum produto diet, corre o risco de se intoxicar”, explica.
Bom senso e olhar crítico são fundamentais para garantir uma alimentação saudável aos filhos, já que nem mesmo os rótulos são totalmente confiáveis. O pediatra Cícero Kluppel alerta sobre as armadilhas de algumas embalagens. “A gordura trans de muitos alimentos está sendo substituída pelo óleo de palma. Embora menos prejudicial, este óleo causa a descalcificação dos ossos. Já os probióticos nem sempre cumprem o que prometem. Muitos não conseguem atravessar a barreira do estômago. Por isso, não trazem benefício algum”, exemplifica.