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Analista judiciário - Área Judiciária - TRT/RJ 2004
Elaboração: TRT
Prova aplicada em Dezembro/2004
Questão 1 - Língua Portuguesa


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Anexo para as questões 1 a 8
Defesa (febril) da televisão
Uma leve gripe me forçou a ficar na cama. Aproveitei para assistir a 18 horas seguidas de televisão [...]
Queria verificar a quanta violência se expõe um espectador passando seu dia na frente da TV.
A idéia surgiu porque a TV está sob suspeita. Mais do que cinema, Internet e videogames, ela é sempre culpada pelo que não dá certo com nossos jovens [...]
Primeiro prova-se que, na vida de um jovem, a televisão é mais presente do que a escola e os pais. Em média, o jovem americano vê 1.500 horas de TV por ano. E passa apenas 900 na escola. A criança entre 2 e 11 anos assiste a três horas por dia de TV. E conversa de maneira significativa com os pais por apenas de cinco a seis minutos. Conclusão: a TV é quem mais influencia nossos rebentos.
[...] Como ultimamente alguns jovens americanos tomaram as armas sem razão aparente, a TV, repetem hoje comentadores e experts, é uma escola de violência.
Eis os números aparentemente impressionantes. Aos 18 anos, um jovem americano terá assistido na TV a 16 mil assassinatos (mais ou menos 3 por dia) e a 200 mil atos de violência (números que, proporcionalmente, não devem ser muito diferentes para o Brasil).
No fim de minha maratona, as estatísticas pareciam confirmadas. Cinco pessoas foram assassinadas em minha presença e 28 levaram tapas, pontapés, socos e mesmo surras. Parece muita violência? Não sei; em muitos casos (entre eles os 5 mortos) a violência era de uma certa forma justa, alvejava algum bem evidente.
Mas, sobretudo, descobri que, durante as 18 horas, sete casais tinham se juntado para viver felizes. Outros nove resistiram a uma briga feia. Também 27 pessoas se apaixonaram, o número ímpar sugerindo que nem todas foram correspondidas. Nasceram duas crianças, uma não desejada - mas que encontrou os cuidados de uma comunidade generosa. Nove pessoas adoeceram, sete foram curadas ou confortadas, duas morreram em paz com Deus e o mundo. Aliás, uma aproveitou a ocasião para fazer as pazes com ambos.
Globalmente, os criminosos, os malandros, os chatos, os corruptos e os interesseiros foram esmagados pelos bons cidadãos, trabalhadores e sinceros. Também a liberdade soberana dos indivíduos foi respeitada, mas não por isso falhou a generosidade comunitária.
Na ausência (definitiva e provavelmente bem-vinda) de prescrições morais dogmáticas, a telinha contemplada por 18 horas me pareceu ser um código moral possível para nosso tempo. Ele não é composto de regras, mas de uma casuística de parábolas, cuja autoridade deriva do consenso implícito dos espectadores - pois a moral que triunfa na tela é a que encontra a aprovação da maioria.
Os próprios anúncios publicitários fazem parte de nossas regras sociais de conduta. Eles alimentam o desejo indispensável numa economia neoliberal. Mas, acima de tudo, permitem a convivência pacífica em um mundo que, sem isso, seria entregue a ódios incontroláveis - por ser fundamentalmente regrado pela inveja. O anúncio cria e promove idéias comuns. Em vez de odiar meu vizinho por ele ter o carro que eu quero, juntos idealizamos o homem impossível, bonito e forte, que dirige o tal carro na TV. Esse homem não é nem ele, nem eu.
A mediação do piloto televisivo inibe a inveja e a ransforma em emulação - o suficiente para que o tecido social não quebre.
Em suma, nas 18 horas, longe de estimular a barbárie, a televisão me ofereceu uma amostra dos costumes sociais e da moral social ordinária, uma espécie de revisão dos requisitos para a vida em sociedade neste fim de século.
(Contardo Calligaris. Folha de S. Paulo, 3/6/99.)
Exibir/Ocultar texto completo deste anexo.
O título do texto se justifica porque:
A | mostra a posição do público diante dos ataques feitos à TV |
B | se refere a elementos estruturais de um texto argumentativo |
C | apresenta os argumentos em defesa da televisão como meio educativo |
D | indica os argumentos da mídia contrários à TV |
E | está ligado ao público-alvo do artigo |