Analista Judiciário - Área Administrativa - TRT/SC 2008
Elaboração: TRT
Prova aplicada em Março/2008

Questão 4 - Língua Portuguesa

Marcações visuais :

Você poderá efetuar marcações visuais de certo e errado no texto das questões.

Anexo para as questões 1 a 4

Leia o fragmento do texto "O perigo mora ao lado", publicado na revista Rolling Stone, número 16, de janeiro de 2008, para responder às questões de 1 a 4.

As minas terrestres são um flagelo no mundo todo. Em 2006 foram reportados acidentes em 68 países - e sete áreas não reconhecidas como nações independentes - em todos os continentes.

É impossível saber quais são os países com maiores campos minados, já que os exércitos e grupos armados não mantêm registros confiáveis. Angola, por sua extensão territorial e décadas de luta pela independência e guerra civil, certamente está entre os primeiros, junto ao Camboja e ao Afeganistão.

Os três países receberam em 2006 um total de US$ 165,3 milhões, destinados ao suporte para atividades antiminas - somente no Afeganistão, sete ONGs nacionais e diversas entidades internacionais como Halo Trust, Danish Demining Group (DDG) e Monitoring, Evaluation and Training Agency (META) atuam na desminagem. Desde 1991, apenas dois anos depois de os mujahedins expulsarem os últimos soldados soviéticos, já foram doados mais de US$ 500 milhões para atividades antiminas no país, que possui uma das mais antigas missões da ONU com esse objetivo. Já o Camboja recebeu metade desses recursos nos últimos 16 anos, sendo que uma mina não é plantada no país desde meados dos anos 70.

Na América Latina, por outro lado, apenas três países apareceram na lista preparada pelo Landmine Monitor com os trinta maiores recebedores de recursos para ações antiminas em 2006: Nicarágua, com US$ 5,72 milhões; Colômbia, com US$ 4,33 milhões; e Chile, com US$ 2,33 milhões.

Com tão poucos recursos, um tenso conflito interno sem solução à vista e a informação de que uma mina não detonada fica ativa no solo por até 60 anos, sendo que os grupos armados que atuam na Colômbia usam esses artefatos explosivos mais intensamente há 17 anos, seria fácil prever há alguns anos que o país tomaria rapidamente a ponta do ranking mundial em vítimas de minas, com a possibilidade bastante real de ocupar esse posto por décadas.


Exibir/Ocultar texto completo deste anexo.

Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no trecho


A “Na América Latina, por outro lado, apenas três países apareceram na lista”, do quarto parágrafo, por meio da expressão destacada, enfatiza-se a diferença entre a situação vivida, no que diz respeito ao suporte para atividades antiminas, por Angola, Camboja e Afeganistão, de um lado, e Nicarágua, Colômbia e Chile, de outro.
  
B Nicarágua, com US$ 5,72 milhões; Colômbia, com US$ 4,33 milhões; e Chile, com US$ 2,33 milhões”, do quarto parágrafo, os termos destacados são núcleos do sujeito cujo verbo está implícito.
  
C “um tenso conflito interno sem solução à vista e a informação de que uma mina não detonada fica ativa no solo por até 60 anos”, do último parágrafo, a palavra destacada deve ser suprimida.
  
D sendo que os grupos armados que atuam na Colômbia usam esses artefatos explosivos mais intensamente há 17 anos”, do último parágrafo, a expressão sublinhada, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, pode ser substituída por “porque”.
  
E “o país tomaria rapidamente a ponta do ranking mundial em vítimas de minas, com a possibilidade bastante real de ocupar esse posto por décadas”, do último parágrafo, a forma verbal destacada poderia ter sido flexionada na terceira pessoa do plural - “ocuparem” -, concordando com o termo “vítimas de minas”, sem que ocorresse prejuízo semântico ou erro gramatical.