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O carro 2007 vai sair quase pelo preço de um novo. Só em juros, o comerciante Henrique Marques vai pagar mais de R$ 8 mil. Fechou o financiamento dias antes do corte nas taxas.
“Veio a raiva junto, né? Vou tentar a portabilidade e ver se consigo diminuir o valor da minha parcela”, diz Henrique.
A portabilidade é prevista em lei. A dívida do cliente é transferida do banco onde ele tinha o financiamento para outro banco com taxas menores. O segundo banco quita a dívida com o primeiro sem passar pelo cliente.
“É preciso que ele saiba que nessa transferência não podem ser cobradas taxas dele, consumidor. Porque apenas está se transferindo uma dívida de uma instituição financeira para outra”, explica Paulo Arthur Goes, diretor do Procon de São Paulo.
É o que Henrique quer. Ele procura um banco que oferece taxas menores. Nome limpo é o primeiro passo na negociação. Ele tem. Ajuda se tiver também comprovante de renda. Muitas dívidas atrapalham. O que o banco vai ver é a capacidade de pagamento do cliente.
Menos de dez minutos depois, Henrique sai do banco com um não. “Você tem que abrir uma conta e leva muito tempo. E isso vai para análise de crédito. Não resolveu meu problema na verdade.”
Henrique volta para o banco onde fez o financiamento, que também anunciou queda nas taxas. A conversa demora, mas...
“Não fazem o refinanciamento. Para eu adquirir esse crédito vai ser a partir de maio que vai entrar em vigor, e com 50% de entrada, e o restante em 24 parcelas”, conta.
Transferir financiamento de carros é quase inviável, apesar de estar previsto em lei.
“O bem automóvel tem depreciação, queda de valor de mercado. O banco não tem a garantia que ele tem, por exemplo, em um empréstimo consignado”, avisa o educador financeiro Dimitrio Asvestas.
A portabilidade ainda é rara. A alternativa é conseguir um novo empréstimo em outro banco com taxas menores e quitar o financiamento.
Foi assim que a aposentada Yoshico Toma Serehi recuperou o sono. Estava atolada no cheque especial, no cartão de crédito e no consignado. Pagava R$ 1,7 mil por mês e devia cada vez mais.
“Eu sofri bastante. Eu me enrolei de uma maneira que não tinha como eu sair.”
Com a aposentadoria, pensão por morte do marido e previdência privada, comprovou renda e conseguiu um novo empréstimo com boa taxa. Quitou a dívida com os outros bancos.
“Melhor do que a taxa que ela está conseguindo nesse momento é criar a cultura da educação financeira. Ou seja, eu poupo para realizar", conclui Dimitrio.