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Fonte: Folha Online - Folha de S. Paulo 2/12/2010
Texto enviado ao JurisWay em 02/12/2010.
As vendas parceladas, no crediário, cresceram mais do que as realizadas à vista em novembro, segundo dados da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
As consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) --que indicam comprar a prazo--, cresceram 14,2% em novembro, na comparação com o mesmo período de 2009.
As consultas ao SCPC/Cheque (vendas à vista) subiram 10,3%, na mesma base de comparação entre períodos.
"Os números confirmam nossas expectativas de boas vendas para este Natal acima dos 12%, o melhor resultado da década", afirmou Alencar Burti, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). Até então o melhor desempenho foi registrado em 2007, antes da crise mundial de crédito, com 7,8% na média dos dois sistemas.
A associação ressaltou que o crescimento de novembro refletem a continuidade do avanço do crédito no país, que beneficia a venda de bens duráveis, em geral, e a grande oferta de produtos importados a preços atrativos.
No caso das compras à vista, estão entre dos fatores que as impulsionaram o aumento da massa salarial, a concorrência de produtos importados, que tornou o mercado favorável ao consumidor, e a antecipação de compras para o Natal, notadamente de enfeites, brinquedos e lembranças.
"Vale lembrar que esse resultado positivo das vendas vem depois de dois anos (2008, 0,3% e 2009, 2,4 %) relativamente fracos", destacou a associação.
Na comparação com outubro, as vendas de novembro cresceram 2,4% (a prazo) e 7,5% (à vista), refletindo já as compras para o Natal.
INADIMPLÊNCIA
Os registros recebidos (carnês em atraso) apresentaram alta de 9,3% em novembro, comparado com igual período em 2009, em um ritmo ainda inferior ao crescimento das vendas de 14,2%, "mas já é um reflexo do ingresso de novos consumidores no mercado". Enquanto isso os registros cancelados (carnês quitados e/ou renegociados) na mesma comparação entre períodos, apresentam crescimento de 9,2%, impulsionados pelo crédito, pela geração de novos empregos formais e pela campanha de renegociação de dívidas.
Segundo a ACSP, com esses números, a inadimplência permanece estável em patamar considerado baixo.