Além da carne, alta do açúcar e do milho

Inflação medida pelo IGP-10 aponta reajustes de preços no atacado que chegarão em breve no bolso dos consumidores

Por Tamara Menezes

Rio - A alimentação foi responsável pela alta de mais um índice que mede a inflação. O IGP-10, analisado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), já está 1,16% mais alto em novembro. No mês passado, o aumento foi um pouco menor. Na prática, a variação reflete altas nos preços pagos por atacadistas. Essa elevação leva poucas semanas para chegar ao consumidor.

No varejo, a diferença foi menor, chegou a 0,62%, contra 0,55% em outubro. A batata inglesa ficou no topo da lista de aumentos, custando mais 10,16%. Já a carne moída está 6,53% mais cara e o preço da gasolina aumentou 1,35%.

Entre os produtos com queda de preço, ficaram o mamão papaia, que baixou 11,54%; banana prata, com queda de 11,50%; e manga, que está custando menos 15,39% ao consumidor.

Os produtos mais caros para quem compra em grandes quantidades foram soja em grão, milho em grão, açúcar cristal e ainda a carne bovina. Até novembro, o IGP subiu 9,77% e acumula alta de 9,69% em doze meses. O índice é avaliado de acordo com os preços de três setores: atacado, preços ao consumidor e construção civil.
 
O INCC, que calcula custos do setor e interfere nos preços cobrados de compradores de imóveis durante a obra, passou para 0,24% no último período pesquisado.

DE LUPA

FRUTAS — Apesar de vários alimentos seguirem em alta, frutas como a banana prata e a manga seguem com os preços caindo bastante. Nas próximas semanas, a expectativa é manter a queda.

PRÉVIA — O IGP-10, medido entre 11 de outubro e 10 de novembro, antecipa o Índice Geral de Preços, e indica que a variação da inflação deve continuar a subir com impacto em alimentos.