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 Defesa do Consumidor
 

Anatel autoriza bancos e lojas a atuarem como operadoras de celular

Fonte: O Globo Online 19/11/2010

Texto enviado ao JurisWay em 19/11/2010.

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Mônica Tavares

BRASÍLIA - Fazer uma operação bancária, adquirir ingressos para um espetáculo ou pagar pelas compras no supermercado. Tudo feito por celular. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem a criação do Operador Virtual de Telefonia Móvel, nova modalidade de serviço de celular que promete aumentar a disputa pelos clientes. Agora, empresas de outros ramos, como instituições financeiras e redes varejistas, poderão alugar a rede das grandes teles (Vivo, Oi, TIM e Claro) e se tornar operadoras de celular. O modelo já existe em outros países. Isso ampliará não só a oferta, mas também o leque de serviços aos consumidores. A modalidade pode ganhar as ruas em 60 a 90 dias, segundo a Anatel.

- Aumentar a competição é o ponto central - disse o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg.

O Operador Virtual também abre caminho para que empresas de telecomunicações que hoje não dispõem de licença de prestação de serviço móvel pessoal e infraestrutura de rede entrem no mercado, concorrendo diretamente com as grandes teles. Esta opção sempre incomodou as operadoras, que a consideram competição desigual, pois as entrantes não fizeram os pesados investimentos do ramo nos últimos anos. Oficialmente, no entanto, as quatro maiores operadoras do país preferiram não se manifestar a respeito da decisão da Anatel ontem.

Serviços para públicos específicos

Foram criados dois tipos de Operador Virtual: autorizados e credenciados. Os autorizados têm obrigações semelhantes às de uma empresa de telefonia móvel normal. Já os credenciados são aqueles que somente alugam as redes das operadoras e delas se tornam parceiras, associando suas marcas às das operadoras.

Eduardo Tude, presidente da Teleco, consultoria de telecomunicações, diz que, por envolver custos bem menores que os das operadoras do setor, até pequenas empresas e mesmo empreendedores individuais poderão entrar no mercado para atender públicos bem específicos: como oferecer linhas e custos reduzidos para adolescentes ou mesmo a torcedores de um determinado clube de futebol.

Os operadores credenciados atuarão vendendo linhas e aparelhos e oferecendo serviços diferenciados por meio dos celulares. Por exemplo: uma grande loja que vende ingressos para espetáculos poderá permitir que o cliente adquira produtos e informações pelo celular.

- A minha expectativa é que os operadores virtuais já estejam no mercado em 60 dias - disse o conselheiro da Anatel João Resende.

BB criaria novo canal de consumo

O especialista em telecomunicações Virgílio Freire discorda. Segundo ele, as linhas dos operadores móveis não devem chegar aos consumidores antes de seis meses. Afinal, antes de oferecer linhas e aparelhos com suas marcas, as empresas virtuais terão de criar sistemas de cobrança e estruturas de vendas aos clientes. Isso demanda tempo e investimentos que ele estima em US$ 5 milhões.

Freire acredita que o modelo virtual deverá atrair grandes varejistas e os principais bancos do país e estima que pode haver uma redução de 10% nos preços das ligações.

- Essas empresas virtuais não vão se diferenciar pelos equipamentos, ou tecnologia, mas através do serviço e do cuidado com o atendimento aos assinantes - diz.

Um dos maiores retornos para o operador virtual é a fidelização do cliente. Assim, grandes grupos varejistas e financeiros mostram interesse. Com isso em mente, o Banco do Brasil estuda a entrada no novo serviço, com um celular com a marca BB. O gerente-executivo de Tecnologia do banco, Angelino Caputo e Oliveira, lembrou que, em países que já adotam o operador virtual, bancos oferecem descontos em tarifas dependendo do uso do serviço de celular, por exemplo:

- Poderíamos facilitar a relação dos clientes com um novo canal de consumo.

Oliveira diz que, caso o BB opte por essa alternativa, provavelmente contratará uma operadora comprando minutos em larga escala, com preços bem mais acessíveis, para oferecer aos seus clientes.

O grupo Pão de Açúcar, maior varejista do país e dono das redes Ponto Frio e Casas Bahia, enfatizou que "mantém um posicionamento de inovação e serviços que possam agregar diferencial ao negócio e benefícios aos seus consumidores". Acrescentou que ainda não há uma decisão formal ou projeto sobre esse assunto.

Nos bastidores, sabe-se que o Carrefour também tem interesse na novidade. Procurada ontem, no entanto, a rede varejista francesa informou que não comentaria o assunto.





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