Prova Concurso Público - TRT/RS - Analista Judiciário - Execução de Mandados - Maio/2004 - FCC

Dificuldade Média
(30% a 60% de acertos)

Até agora, cerca de 45% acertaram esta questão.

799 pessoas responderam.

Língua Portuguesa

Anexo para as questões 11 a 20

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto que segue.

Limites das cotas

As regras anunciadas pela UnB (Universidade de Brasília) para seu programa de cotas raciais para negros e pardos dão bem a medida da inconsistência desse sistema. Os candidatos que pretendem beneficiar-se das cotas serão fotografados "para evitar fraudes".

Uma comissão formada por membros de movimentos ligados à questão da igualdade racial e por "especialistas no tema" decidirá se o candidato possui a cor adequada para usufruir da prerrogativa.

Para além do fato de que soa algo sinistra a criação de comissões encarregadas de avaliar a "pureza racial" de alguém, faz-se oportuno lembrar que, pelo menos para a ciência, o conceito de raça não é aplicável a seres humanos. Os recentes avanços no campo da genômica, por exemplo, já bastaram para mostrar que pode haver mais diferenças genéticas entre dois indivíduos brancos do que entre um branco e um negro. (...)

Esta Folha se opõe à política de cotas por entender que nenhuma forma de discriminação, nem mesmo a chamada discriminação positiva, pode ser a melhor resposta para o grave problema do racismo. A filosofia por trás das cotas é a de que se pode reparar uma injustiça através de outra, manobra que raramente dá certo. (...)

(Folha de S. Paulo. 22/03/2004, p. A-2)


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16ª Questão:

A pontuação está inteiramente adequada na frase:

a) Para evitar fraudes, serão fotografados, todos os candidatos que pretendem beneficiar-se das cotas segundo as regras anunciadas pela UnB.

92 marcações (12%)
b) Manobra que raramente dá certo, é a de que se pode reparar uma injustiça por meio de outra, eis a filosofia, por trás das cotas.

118 marcações (15%)
c) No campo da genômica, já se avançou o suficiente para provar que entre dois indivíduos brancos pode haver mais diferenças que entre um branco e um negro.

359 marcações (45%)
d) A Folha acha, que até mesmo a discriminação positiva, não deixa de ser um tipo de preconceito, não devendo portanto, funcionar como critério de seleção.

112 marcações (14%)
e) Afinal; trata-se ou não de se avaliar “pureza racial”, se o critério a ser seguido é o de tirar fotografia; e isso num país com uma grande massa de mestiços.

118 marcações (15%)


Lembre-se: Salvo disposição em contrário, as questões e o gabarito levam em consideração a legislação em vigor à época do edital desta prova, que foi aplicada em Maio/2004.