Analista judiciário - Área Judiciária - TRE/RR 2015
Elaboração: FCC
Prova aplicada em Março/2015

Questão 8 - Gramática e Interpretação de texto da Língua Portuguesa

Marcações visuais :

Você poderá efetuar marcações visuais de certo e errado no texto das questões.

Anexo para as questões 7 a 9

Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 7 a 9.
[...] ser independente significa bem mais do que ser livre para viver como se quer: significa, basicamente, viver com valores que façam a vida ser digna de ser vivida. Não basta um estado de espírito. Não basta, como diz o samba, "vestir a camisa amarela e sair por aí". Tampouco basta sentir-se autônomo, fazendo parte do bando. É preciso algo mais. Ora, um dos valores que vêm sendo retomados pelos filósofos e que cabem como uma luva nessa questão é o da resistência. Na raiz da palavra resistere se encontra um sentido: "ficar de pé". E ficar de pé implica manter vivas, intactas dentro de si, as forças da lucidez. Essa é uma exigência que se impõe tanto em
tempos de guerra quanto em tempos de paz. Sobretudo nesses últimos, quando costumamos achar que está tudo bem, que está tudo "numa boa"; quando recebemos informações de todos os lados, sem tentar, nem ao menos, analisá-las, e terminamos por engolir qualquer coisa.
Resistir como forma de ser independente é, talvez, uma maneira de encontrar um significado no mundo. Daí que, para celebrar a independência, vale mesmo é desconstruir o mundo, desnudar suas estruturas, investigar a informação. Fazer isso sem cansaço para depois termos vontade de, novamente, desejá-lo, inventá-lo e construí-lo; de reencontrar o caminho da sensibilidade diante de uma paisagem, ao abrir um livro ou a porta de um museu. Independência, sim, para defendermos a vida, para defendermos valores para ela, para que ela tenha um sentido. Independência de pé, com lucidez e prioridades.
Clareza, sim, para não continuarmos a assistir, impotentes, ao espetáculo da própria impotência.
(PRIORE, Mary Del. Histórias e conversas de mulher. São Paulo: Planeta, 2013, p. 281)


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Não basta um estado de espírito. Não basta, como diz o samba, “vestir a camisa amarela e sair por aí”. Tampouco basta sentir-se autônomo, fazendo parte do bando. (1o parágrafo)

O sentido do segmento transcrito acima está exposto, de maneira diversa, porém com correção, clareza e fidelidade, em:

Para ser independente, ...




A não é necessário viver sem rumo, a esmo, como um estado de espírito, se o fato de sentir-se livre de imposições da maioria pudesse mantê-lo inserido no convívio social, apesar de defender as próprias ideias.
  
B seria importante manter-se segundo as normas de conduta estabelecidas por si mesmo, deliberadas com determinação, compartilhando, porém, das mesmas ideias do grupo em que se encontra inserido.
  
C é preciso ter vontade própria, tomar decisões, como diz a letra da música, ou nem mesmo buscar nas ideias dos outros o mesmo estado de espírito, participando, portanto, do grupo em que se identifica essa sua maneira de ser.
  
D deve haver correspondência entre a própria maneira de viver, com atitudes baseadas em escolhas marcadamente pessoais, e a experiência de todo o conjunto, ainda que possa considerar-se único, sem imposição de ideias alheias.
  
E não é suficiente tomar decisões sem a devida deliberação, nem considerar-se capaz de determinar as próprias normas de conduta, sem imposição alheia, se estiver vivendo de acordo com o ideário da maioria.