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POLITRAUMATISMO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA PELA FALÊNCIA MÚLTIPLA DO SISTEMA


Autoria:

Sérgio Luiz Da Silva De Abreu


Advogado, Graduação - UFRJ, Mestre em Ciências Jurídicas- PUC-Rio, Especialista em Advocacia Trabalhista - OAB/UFRJ, e em Direito Processual Civil - UNESA, Membro Efetivo do IAB, Associação dos Constitucionalistas Democratas, Prêmio Jubileu de Roma.

Endereço: R. Cel.josé Justino , 229
Bairro: Centro

São Lourenço - MG
37470-000


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Resumo:

O ensaio é uma crítica ao aparato de proteção a infância. O esfacelamento das instituições, família e órgãos públicos de defesa da infância. O cotidiano do risco da violência simbólica e estrutural que são submetidas as crianças.

Texto enviado ao JurisWay em 22/03/2011.



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POLITRAUMATISMO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA PELA FALÊNCIA MÚLTIPLA DO SISTEMA

 

 

 

O ensaio começa por uma história real que assim passo a narrar:  Certa vez uma jovem ambiciosa, resolveu empreender uma escalada social e engravidou de um jovem rapaz pois acreditava ser o caminho da ascensão. Ao constatar que o seu projeto social estava à deriva, pois a sua avaliação fora equivocada, entrou em rota de colisão, pois a vida não é tão esquemática quanto imaginava sua vã filosofia. Os contratempos, os (des) namoros, as traições enfim, toda a sorte de sentimentos sem nenhuma ou quase nenhuma nobreza fez dessa trajetória um fracasso emocional. Pois é, esta é a história contada aos milhões em meio à tragédia social vivida pela maior parte das mulheres que não encontra saída e buscam soluções de telenovela. O fruto desse amor é uma criança belíssima com fisionomia de quadro renascentista, um anjo michelangeliano. A brutalidade e a violência simbólica e estrutural daquela família e seu entorno faz daquele anjo, que vive fora do céu, precisar de socorro urgente, eis que sua vida está em risco e pode no plano da realidade vir a se tornar um anjo. Sua vida está em risco pelo desafeto, pela convivência com a violência praticada num ringue doméstico de quarto e sala, com a alma combalida pela experiência insuportável regada a alcoolismo e promiscuidade familiar. Brada por socorro, convulciona pelo abandono. O pugilato familiar não enxerga a dor da infante. Seus olhos embotados de sentimentos e lágrimas refletem a dimensão do sofrimento de quem está se alfabetizando na vida. A história foi coadjuvada  por diversos órgão estatais que se diagnosticadas suas condutas e seus procedimentos  por profissional da área médica concluiria seu laudo: óbito por falência múltipla dos órgãos. E por que falência múltipla dos órgãos? Pois que eu diria que a vítima dessa falência – criança – sofre na sua alma de politraumatismo, traumatizada em todas as instâncias do seu ser, da sua dignidade, do respeito que deveria ser garantido e por todas as mazelas sofridas e por todas as seqüelas inevitavelmente deixadas por longo tempo da sua vida, que não sabemos quanto.

A violência doméstica é contemplada pelo sistema como mito de narciso que deriva da palavra grega narke, "entorpecido" de onde também vem a palavra narcótico.   Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, visto que ele era emocionalmente entorpecido e indiferente às solicitações daqueles que se apaixonavam pela sua beleza.

 

O mitológico se faz real na medida em que refletimos sobre a tragédia cotidiana do homem comum. O Narciso  pós-moderno é símbolo de vaidade e insensibilidade, emocionalmente entorpecido pelo poder e indiferente as demandas sociais. A infância vulnerável a dor do desprezo daquele em quem depositou sua confiança e segurança. Salvem as crianças do inépto sistema desaparelhado pela contemplação narcísica que já o condenou a morte.

 

 

 

 

 

 

 

 

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