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HABERMAS: TEORIA CRITICA DA CULTURA E DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA


Autoria:

Marcos Antonio Duarte Silva


Doutorando em Ciências Criminais,Mestre em Filosofia do Direito e do Estado(PUC/SP), Especialista em Direito Penal e Processo Penal(Mackenzie), Especialista em Filosofia Contemporânea; Especialista em Psicanálise, formação em Psicanálise Clínica, Licenciado em Filosofia, formação Psicanálise Integrativa, formado em Direito,Jornalista, Psicanalista Clínico,Professor de Pós Graduação.

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Resumo:

Habermas é sem dúvida um filósofo contemporâneo de suma importância. Em seus textos ele decanta a leitura própria da sociedade e da cultura de forma a estabelecer uma forma toda própria de visualizar os dias atuais.

Texto enviado ao JurisWay em 07/06/2013.

Última edição/atualização em 12/06/2013.



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*Wellington Xavier de Brito, Marcos Felipe Assis Ribeiro, Daniela dos Santos Maximiliano, Mônica Messias de Jesus, Isabela de Souza Ferreira, Isadora Ribeiro Guimarães, Lucineia Almeida Abreu, Anna Carolina Rodrigues Monte Santana, Aline Goulart de Souza, Moabe dos Santos Pereira – Estudantes de Direito da Faculdade Centro Universitário Módulo - Caraguatatuba

 

RESUMO: Este texto aborda parte do estudo das obras e pensamentos de um filósofo contemporâneo e renomado com teorias que, buscam manter uma visão crítica e presente no convívio social com relação aos acontecimentos mundiais e a questão da existência humana. Seus pensamentos abrangem diversos temas como direito, política, história e ética, todos relacionados ao ser humano e a sociedade.

 

PALAVRAS CHAVES: Filosofia, Crítica, Cultura

 

ABSTRACT: This paper deals with the study of the works and thoughts of a contemporary philosopher and renowned with theories that seek to maintain a critical and this in social relation to world events and the question of human existence. Your thoughts cover various topics such as law, politics, history and ethics, all related to the human being and society.

 

KEYWORDS: Philosophy, Critical Culture

  

SUMÁRIO: Introdução  1- Habermas e a teoria crítica da ação comunicativa

2 – Habermas e a teoria crítica da cultura, Considerações Finais


INTRODUÇÃO 

Jürgen Habermas (autor da segunda geração da Escola de Frankfurt), um dos mais influentes filósofos contemporâneos, nascido em 18 de junho de 1929, Düsseldorf, Alemanha. Fez parte do Instituto de Pesquisa Social, em Frankfurt, porém não esteve vinculado por muito tempo, pois permaneceu entre 1956 a 1959, retornando em 1964 para assumir a vaga de Max Horkheimer no Instituto de Pesquisa Social. Em 1981 escreveu a “Teoria da Ação Comunicativa”, um marco em seu trajeto.

Habermas constrói uma ideia focada na racionalidade, defendendo que a sociedade de um modo geral tenha participação e voz ativa nas reuniões públicas. Muitas de suas ideias trazem grandes influencias para os dias atuais, pois, na realidade, principalmente no país em que vivemos a participação do todo social se torna algo imprescindível para a manutenção da democracia verdadeira.

Habermas pugna, pela participação cada vez maior dos membros de sua sociedade no que tange a democracia, participação esta, que se dá através da racionalidade, ou seja, a capacidade de pensar.

 

1 - HABERMAS E A TEORIA CRITICA DA AÇÃO COMUNICATIVA

 

Habermas, representante vivo da segunda geração da teoria crítica, em especial da escola de Frankfurt, apesar de aposentado tem se mantido ativo na vida pública por meio de publicações de artigos e conferências. Tendo pensamentos são muitos distintos, tornando um filosofo muito eclético.

A teoria da ação comunicativa desenvolvida por Habermas entra em um diálogo constante com autores de uma ampla gama de linhas teóricas, como Weber, Adorno e Horkheimer. Esses autores tendo como base o Iluminismo defendiam a libertação social e a emancipação do ser humano, e consolida o Iluminismo como legitimador da sociedade capitalista, onde a dominação do homem sobre a natureza converte-se em uma dominação do homem sobre o homem, em um mundo dominado pela técnica. Para Habermas esses autores se limitam a analisar somente a razão instrumental, que surgiu no mundo capitalista e está voltada para o sucesso de produção material da sociedade.

A ideia limitada de razão a qual estes autores estavam presos é abandona por Habermas em prol de uma razão comunicativa. O paradigma da racionalidade do sistema (instrumental) é baseado na ideia de um pensador solitário que busca entender o mundo a sua volta, descobrindo as leis gerais que o governam.

Para Habermas o paradigma da racionalidade do sistema não se sustenta mais. A partir de um diálogo com Marx, Weber, Durkheim, Adorno e Parsons, pensando com eles para ir além deles como esclarece Mc Carthy, Habermas buscará construir um conceito de racionalidade baseada na relação intersubjetiva, onde sujeitos que falam e atuam, buscam o entendimento entre si, sobre algo.

Segundo Aragão (1992 p. 82), Habermas acredita que na estrutura da linguagem cotidiana, está embutida uma exigência de racionalidade, pois, com a primeira frase proferida, o homem já manifestava uma pretensão de ser compreendido, construindo uma pretensão do que é dito pelo sujeito através do ato de fala “prometer, avisar, informar, ordenar”, seja compreendido a verdade no que esta sendo dito em uma busca de entendimento.

A razão comunicativa está voltada para a discussão racional e livre entre os membros de uma sociedade. A melhor forma de se expressar a racionalidade é a capacidade do ser humano de usar seu conhecimento.

Nessa perspectiva é apresentada a construção dialogal entre as pessoas, que por sustentabilidade dos argumentos expostos, chegam ao consenso. Esta construção dialogal do consenso dar-se pela pluralidade de vozes que é o objetivo fundamental para se chegar mais próximo da verdade.

Um dos grandes problemas da atualidade, segundo Habermas, está no fato de que a sociedade moderna tem se afastado do debate publico, sem questionamento da verdade, tornando assim apenas parasitas aceitando tudo que é dito pelo povo dominante fazendo assim, com que a essência da democracia seja aos poucos perdida.

O “pensar criticamente” é uma das bases que levam a emancipação social, e está constantemente vinculada a teoria da ação comunicativa, pois o diálogo nos auxilia não apenas a descrever a realidade, mas é principalmente uma base crítica para identificar as características progressivas e regressivas da sociedade moderna.

 

A teoria critica da sociedade funciona como teoria de comportamento, tendo três contribuições à tese da consciência moral expressas por Habermas:

 

a)      "A Filosofia como Guardador de Lugar e como Intérprete": Para Habermas, mesmo quando a filosofia se dispensa dos papéis problemáticos de indicador de lugar e de juiz, ela pode e deve manter sua pretensão de razão nas funções mais modestas de guardador de lugar dos saberes e como intérprete destes.

 

b)      Ciências sociais reconstrutivas versus ciências sociais compreensivas”: Habermas distingue dois tipos de ciências sociais: As reconstrutivas redistribuem o peso nas construções normativas e as compreensivas interpretam explicações de maneira que os argumentos foram aceitos como paradigmas e não como doutrina.

 

 

c)      “Notas programáticas para a fundamentação de uma ética do discurso”: a ética filosófica do discurso pode assumir a figura de uma teoria especial da argumentação, diferente da teoria do conhecimento.

Habermas diz que não é a pessoa que forma as ideias e se comunica, são as ideias que formam a pessoa, Habermas, reviu paradigmas antigos e propôs uma nova interpretação da sociedade. O seu paradigma é o da “ação comunicativa”, posicionado numa racionalidade comunicativa. Numa sociedade não pode existir o individualismo e sim o "nós".

A comunicação racional presume que há um fundo comum de cultura, capaz de permitir a inteligibilidade, o compartilhamento e a intersubjetividade possíveis de ser encontradas no mundo da vida. Porém, só pode ser racional a comunicação que é susceptível de crítica. Lembrando que a necessidade de argumentação é fundamental.

 

2 - HABERMAS E A TEORIA CRITICA DA CULTURA

           

            Trabalhando tanto para o Direito como para a Filosofia, Habermas um filosofo e cientista social vem tendo uma olhar critico para a cultura ocidental criou um sistema racional monológico com seus excessos de burocratização, poder e judicialização, um  sistema que tem como instrumento transformar o cidadão em cliente e consumidor.

            A teoria critica reflete sobre os sistemas sociais e culturais tentando perceber os mecanismos de dominação, alienação e distorção da realidade que favoreça a manipulação de qualquer força maior. O homem não é capaz de refletir sobre os problemas e objetivos da sociedade, em muitos países, até mesmo aqui no Brasil o poder cria assim a cultura que grandes pensadores determinam o que a sociedade possa ver, por meio de comunicação. Tirando assim, o direito da verdadeira “cultura” para a sociedade, tirando também o direito de aprender analisar os objetivos e defender de tudo que dizem de errado, sem iludir ou alienar o povo.

            Para Habermas não basta dominar as teorias habermasiana e aplica-los de maneira correta e positiva, mas sim encontrar métodos e técnicas de pesquisa educacional que possam favorecer á sociedade uma compreensão de cultura libertaria e igualitária.

            Conforme Habermas no seu livro “Inclusão do outro”, originalmente a sugestiva unidade de um povo mais ou menos homogêneo foi capaz de proporcionar a acomodação cultural de vida, grupos étnicos, confissões religiosas e diferentes imagens de mundo, lembrando que Habermas não tem religião, pois ele acha que a religião é um participante do debate político, dentro de um sistema que a religião tem sua própria voz de autonomia.

            Por essa razão histórica todo cultura nacional, sob a luz da própria historia amolda cada caso uma espécie de leitura diferente para os membros principais, tais como a soberania do povo e direito humano.

            Portanto, o grande desafio para a cultura brasileira seria fazer valer o direito de todos e fortalecer uma esfera pública nas comunicações, para que assim levasse a sociedade a um aprendizado social de defesa dos seus próprios direito de obter a cultura propriamente dita.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

           A teoria critica da cultura e da sociedade contemporânea revela o ápice de uma situação pífia que vivenciamos em nosso cotidiano, após analisarmos cautelosamente notamos nas teorias o “anseio do filósofo pelas manifestações sociais”, essas visariam um “olhar crítico” e um sistema racional nos seres humanos.

             O foco principal é a não participação na sociedade, o fato de manter-se estagnado, sem envolver-se em causas e discussões publicas, de não questionar-se e aceitar de maneira passiva tudo o que nos é imposto no âmbito social.

A sociedade apresentada por Harbemas não se faz ativa, o que deveria ser o primeiro passo, deixa de ter importância: a comunicação.  O dialogo critico traz consigo a emancipação da sociedade, e a racionalidade deveria ser um dos principais pilares da construção da sociedade humana.

             Essa discussão permeará durante séculos a fio, pois o comodismo e a negligência com as causas públicas são de fato ingredientes da composição humana, o pensador buscou respostas e teorias para um problema que dificilmente será abonado.                  

 

BIBLIOGRAFIAS

 

INGRAM, David, Habermas e a dialética da razão, Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2ª edição: 1994.

HABERMAS, Jürgen –Inclusão do outro – Edições Loyola, 3ª edição: 2007.

REZENDE, Antonio – Curso de filosofia – Jorge Zahar editor/ SEAF – 4ª edição, Rio de Janeiro: 1991.

MARIA DE CARVALHO, Lucia – Habermas, Filósofo e Sociólogo do nosso tempo – Editora: Tempo Brasileiro – 1° edição, Belo Horizonte/Minas Gerais: 2008.

Sites

www.filosofante.com.br

socialismocultura.blogspot.com.br

www.mundofilosofos.com.br

www.mundodafilosofia.com.br

 

 

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