5.0. Personalidades históricas da Mesopotâmia
6.0. Cidades e regiões históricas da Mesopotâmia
7.0. Entrevistas:
Com a expectativa de saber quais foram às transformações no Direito do povo do Oriente Médio, realizei duas entrevistas com líderes religiosos e uma com um estudioso da cultura árabe, as quais seguem abaixo.
Paula: _Muito prazer Sr. J.C!
J.C.: _O prazer é todo meu!
_O que você gostaria de saber, sobre a cultura árabe?
Paula: _Bem, deixe-me explicar. Estou fazendo um trabalho na Faculdade sobre o Direito no Oriente Médio e a Sociedade, desde a época de Hamurábi até a atualidade. Sei que hoje a maioria dos países seguidores do islamismo, detém um tipo de poder específico onde o direito válido é o religioso. O Rei Hamurábi criou no século XVII a.C. um código para organizar a sociedade, onde garantia desde benefícios a punições a seus súditos. Gostaria de saber se o direito da Sociedade evoluiu ou regrediu com o passar dos séculos? Quais são os direitos reais das sociedades hoje? O território onde era a Babilônia, hoje é o Iraque e em meu entendimento o povo iraquiano hoje, nem sabe o significado da palavra Direito, após a invasão americana. O que o Sr. acha que mudou?
J.C.: _Bom, em primeiro lugar não existe Direito no Oriente Médio, o único direito que existe é o direito mulçumano. Aquele que infringe as leis do Alcorão, pode perder a vida. A mulher é totalmente submissa e não possui vontade própria. Para participar do governo, em primeiro lugar vêem os representantes islâmicos xiitas, depois os representantes sunitas e uma pequena parte totalmente insignificante fica reservada aos cristãos. Ou seja, nós os cristãos não possuímos direitos em igualdade. Porém o cristão é julgado em um tribunal segundo as leis do país, mas o mulçumano é julgado pelo islã, ou seja, não passa por um tribunal civil. Há muito tempo o povo árabe não sabe seus verdadeiros direitos, apenas seguem o que lhe é imposto pela religião dominante no local. Nossa cultura é muito diferente a da cultura ocidental, para nós é muito importante o casamento religioso e geralmente a mulher ainda é virgem. Nossa cultura ainda presa muito pela virgindade da mulher, porém a mídia não mostra a barbárie que os muçulmanos fazem ao próprio povo árabe cristão. Líderes muçulmanos autorizam seus seguidores de invadirem aldeias cristãs onde a maioria das adolescentes é virgem e cada muçulmano pode possuir ou raptar quantas meninas quiser para utilizar como esposa ou objeto sexual. Pois a mulher não pode sentir nenhum tipo de prazer.
Paula: _Nossa! Que absurdo! O Sr. sabe o por que da submissão feminina no islamismo?
J.C.: _Bem, na verdade Mohamed Maomé era um homem muito esperto e se destacava entre os demais comerciantes do Oriente, por esse motivo um sacerdote, acreditando na inteligência e agilidade de Maomé, decidiu instruí-lo. O sacerdote o alfabetizou e ensinou-lhe a doutrina cristã. Como naquela época, aquele que sabia ler e escrever tinha mais capacidade de crescer, Maomé evolui. Casou-se pela primeira vez com uma mulher bem mais velha, filha de um governante, foi tratado como escravo de sua esposa por 20 anos, porém quando a mesma morreu, Maomé, herdando muito dinheiro e entrando para a política, casou-se com as três filhas de um líder político, como no cristianismo o homem não podia casar com mais de um esposa, criou a lei que autoriza o homem muçulmano a casar-se várias vezes, com tanto que ele possa suprir todas as necessidades de suas esposas. Fundou o Islamismo e casou-se por inúmeras vezes. Acho que o principal motivo que torna a mulher tão submissa ao homem é o sentimento de vingança que ele tinha por ter sido tratado como escravo durante tanto tempo por sua esposa. Uma punição a todas as mulheres e a garantia do poder do homem.
_Entendeu?
Paula: _Sr.Jorge, excluindo o Líbano e outros países que são mais democráticos, o que o Sr. acha da situação do árabe iraquiano, hoje?
J.C.: _Na verdade a invasão americana ao Iraque não ocorreu apenas segundo a vontade do presidente norte americano (Àquele, sabe?), mas havia sido autorizada pelos líderes dos xiitas, que tinham a intenção de tirar Sadã do poder e dominar o Iraque. O líder xiita fez um acordo verbal com o presidente norte americano, autorizando-o a atacar as partes cristãs e tirar Sadã do poder, mas quando os muçulmanos perceberam que George Bush saiu do controle e acabou matando muitos dos seus, o acordo fora desfeito e a guerra realmente começou apenas para garantir o poder sobre aquele país.
Paula: _ Em primeiro lugar, muitíssimo obrigada por estar cedendo um pouco de seu tempo e de sua sabedoria para a realização da minha pesquisa! Sinto-me honrada!
Arc.: _É sempre um prazer mostrar um pouco da cultura e da tradição do Oriente a quem interessar-se.
_O que você quer saber?
Paula: _ Visto que hoje a divisão do Oriente Médio é tida a partir da cultura, dos costumes e principalmente pela religião ( esse campo o qual o Islã possui o maior domínio), o que mudou no direito do cidadão árabe cristão desde a época de Hamurabi até a triste invasão do Iraque?
Arc.: _ O cristão nunca possuiu direitos no Oriente Médio, hoje ele perde, perde todos os direitos dele quer seja homem ou mulher. Por exemplo: irei especificar o direito do casamento no Oriente.
_ Para o árabe o casamento que vale, não é o casamento civil, o único casamento que vale é o religioso. No cartório o casal apenas registra sua união e a qual religião ambas as partes pertencem. É obrigatório o registro da religião na Identidade de cada um.
_Porém em qualquer caso do casamento cristão perde tudo. O cristão morre como infrator.
_Entre os cristãos o casamento feito na igreja é reconhecido pelo governo, imediatamente, não precisa de casamento civil. Basta a igreja registrar e ambos passam a ter os mesmos direitos. A igreja manda, até mesmo na partilha dos bens. A igreja manda em todos os matrimônios. Para o cristão o casamento é para sempre. A lei que rege o casamento é a lei do evangelho.
_Hoje os cristãos são uma minoria equivalente a 10% da população do Oriente Médio. Aproximadamente 30 milhões são sunitas e xiitas. Por esse motivo ninguém fala da perseguição aos cristãos. A televisão esquece de expor esse fato tão triste e importante.
Os cristãos estão perdendo tudo.
_ Os mulçumanos podem matar cristãos a vontade.
Aproximadamente 90% das meninas são virgens, lideres religiosos mulçumanos autorizam seus militares a invadirem aldeias onde encontram-se cristãos e a levar quantas virgens quiserem para servirem de esposas.
_ O problema do Oriente é o Livro!
_Todo perdão, do amor é o de não roubar.
O direito muçumano é o Alcorão, os governadores devem seguir os ensinamentos e as normas do Alcorão. Lá não existe eleição, o mesmo governante é eleito até a morte.
_O poder do presidente, que se sente o todo poderoso, obriga os líderes religiosos a serem patriarcas. Para ser arcebispo no país deles a lei do Alcorão governa. Os governadores pagam os salários de todos os arcebispos formados por eles.
Enquanto nós somos eleitos pelo Papa. Eu sou arcebispo consagrado pelo Papa João Paulo II. Nós não recebemos um centavo do governo, por isso somos livres, estamos conseguindo salvar nossos direitos e patrimônios. Mas, os cristãos estão fugindo do Oriente. Os jovens cristãos no Oriente não conseguem emprego, por isso estão indo para a Austrália, América do Norte, Canadá, Europa e uns poucos vão para a África do Sul, pois o Brasil não é tão interessante, por não ter oportunidades de trabalho e moradia. No Egito éramos 17 milhões de cristãos, hoje somos 7 ou 8 milhões e é proibida a construção de novas igrejas cristãs.
_Na Síria, no Líbano e em Israel o cristianismo já perdeu tudo. Quando fogem para o mundo Ocidental os cristãos tem liberdade.
Paula: _ Ontem estive entrevistando um senhor que contou-me um pouco sobre a vida de Maomé e explicou-me o porque da submissão feminina, disse que ele foi casado por 20 anos com a filha de um nobre e que ele era tratado como escravo, que após libertar-se de seu casamento com o falecimento de sua esposa, ele casou-se inúmeras vezes e acabou punindo de certa forma a mulher.
Arc.: _ Isso não é verdade, existem várias versões sobre Maomé, mas ele foi legalmente casado, casou-se na igreja, com uma princesa de 20 anos, ele era escravo dela e tinha medo e impossibilidade de trai-la. Permaneceu fiel durante o casamento e após ficar viúvo casou-se com uma menina de 9 anos, depois é que começou a casar com muitas mulheres. E virou aquela bagunça. Porém Maomé era muito inteligente.
Paula: _Padre, estou fazendo um trabalho para a faculdade sobre o Direito no Oriente Médio e para isso gostaria de saber a sua opinião sobre os direitos que a igreja ainda possui no Oriente Médio.
Padre: _ Nós não temos nenhum direito no Oriente Médio, os cristãos não podem nem ao menos pronunciarem-se como cristãos pois correm o risco de morrerem.
_Um mês após a invasão do Iraque, um mulçumano e sua esposa resolveram passar para o cristianismo, forma até o cartório local e falaram que eram islâmicos e que queriam passar a ser cristãos e que por esse motivo queriam que tirassem a religião islâmicas de sua identidade e de sua esposa e colocarem o cristianismo. Simplesmente por esse motivo é que o funcionário do cartório chamou o chefe do cartório e explicou o caso. O chefe mandou executá-los por traição.
O islã domina tudo, e os xeiques islâmicos mentem muito, mascaram o que fazem. Eu estudei dobre o direito islâmico.
Capítulo 2
Direito e Sociedade na Mesopotâmia
Por: Paula Myszko
1.0. Direito Penal Primitivo
Embora o Direito Penal tenha surgido junto com o homem, não se pode falar em um sistema orgânico de princípios penais nos tempos primitivos. Os grupos sociais dessa era, viviam em um ambiente mágico e religioso, a peste, a seca e todos os fenômenos maléficos eram vistos como resultantes das forças divinas. Para conter a ira dos deuses, criaram-se várias proibições, e essas se não obedecidas, resultavam em castigo. A desobediência do infrator, levou a coletividade a punir a infração, surgindo assim o crime e a pena. O castigo se cumpria com o sacrifício da própria vida ou com a oferenda de objetos valiosos aos deuses. A pena, nada mais significava do que vingança, com o intuito de revidar a agressão sofrida. A preocupação em castigar não se dava pelo sentimento de ofensa a pessoa que sofreu a agressão, e sim pela preocupação em se fazer justiça. Quando um crime era cometido, ocorria a reação não só da vítima como de seus familiares e também de toda a sua tribo, e a ação contra o ofensor, era tão desmedida que não se destinava só ao infrator mas a todo o seu grupo. Já se o transgressor fosse membro da tribo, poderia ser expulso e ficava a mercê dos outros grupos, o que acabaria resultando na morte. Já se o delito fosse praticado por um membro de outra tribo, a vingança era de sangue, sendo obrigação religiosa e sagrada, resultando numa guerra entre o grupo ofendido contra o grupo do ofensor, e essa só teria seu desfecho com a morte completa de um dos grupos. Para se evitar a dizimação dos povos, surge o talião, que limita a reação à ofensa a um mal idêntico ao praticado. Adotado no Código de Hamurábi, no Êxodo e na Lei das XII Tábuas, foi ele um grande avanço na história do Direito Penal por reduzir a abrangência da ação punitiva. Mais tarde, surge a composição, sistema o qual o ofensor se livrava da punição com a compra de sua liberdade, também adotada pelo Código de Hamurábi, pelo Pentateuco e pelo Código de Manu. O Direito Penal impregnou-se de sentido místico desde os seus primórdios, já que se devia reprimir o crime como satisfação aos deuses pela ofensa praticada no grupo social. O castigo era aplicado pelos sacerdotes, que infligiam penas severas, cruéis e desumanas, visando especialmente à intimidação. Com a intenção de se dar maior estabilidade ao Estado, visou-se à segurança do soberano através da aplicação da pena, ainda vinculada ao sentido religioso, mantendo-se severa e cruel. Mas tarde, a pena perde seu caráter religioso, transformando a responsabilidade do grupo em individual.
2.0. Direito Penal Antigo
2.1. Direito Medieval
A Idade Média caracterizou-se por ser uma época de intolerância, de crueldade, de guerras e ódios de perseguições e torturas, o que acabou por repercutir no campo jurídico. Nesse período, vigorou o Direito Penal Comum, constituído pelo Direito Romano, Direito Canônico e Direito Germânico. O primeiro prevaleceu, ao longo dos tempos, sobres seus concorrentes, mas não podemos esquecer da grande influência da religião sobre as questões temporais, principalmente sobre a justiça criminal. A influência do Cristianismo na legislação penal foi extensa e importante. Iniciou-se com a proclamação da liberdade de culto, pelo Imperador Constantino, em 313 DC, e, depois, em 379, quando o Cristianismo foi declarada a única religião do Estado, sob o Imperador Teodósio I. Com a crescente influência da Igreja sobre o governo civil, o direito canônico foi aos poucos se estendendo a pessoas não sujeitas à disciplina religiosa, desde que se tratasse de fatos de natureza espiritual. Desde então, o Papado lutou para obter o predomínio sobre o poder temporal, pretendendo impor leis ao Estado, como representante de Deus. O controle desse poder garantiu ao Papado, no contexto da Contra-Reforma, a criação dos severos Tribunais Eclesiásticos, principal instrumento durante a Inquisição, que fez largo emprego de punições implacáveis contra os pobres e oprimidos, mas protegendo os crimes e as injustiças dos opressores: a nobreza e o clero. A pena de morte, na época, aplicada com uma freqüência inadmissível, era executada com requintes de crueldade, comumente precedida de uma série de suplícios, que tinha por objetivo não aterrorizar o condenado, mas sim para dar uma lição de exemplaridade. Isso garantiu uma página negra na história do Direito Penal. No final desse período, o Direito Penal passa a ser a expressão do Estado absolutista, autoritário, cruel, desumano e implacável com os infratores pertencentes às classes populares (servos, pequenos, pequenos agricultores, artesões e a plebe em geral), mas assegurando os privilégios e protegendo os interesses da aristocracia e do clero. Mas o Direito Canônico também teve seus méritos no desenvolvimento do Direito Penal. Foi ele quem proclamou a igualdade de todos os homens, opôs-se a vingança privada decisivamente, através do direito de asilo e da trégua de Deus e também as ordálias e duelos judiciários e procurou introduzir as penas privativas da liberdade substituindo as penas patrimoniais, para possibilitar o arrependimento e a emenda do réu.
2.2. )Direito Canônico:
Também chamado de Direito Penal da Igreja, foi influenciado decisivamente pelo cristianismo. Assimilou e adaptou o Direito Romano às novas condições sociais, contribuindo de forma relevante para a humanização do Direito Penal; Proclamou-se a igualdade entre os homens, acentuou-se o aspecto subjetivo do crime e da responsabilidade penal e tentou-se banir ordálias e os duelos judiciários. As penas passaram a ter não só o fim da expiação , mas também a regeneração do criminoso pelo arrependimento e purgação da culpa, o que, paradoxalmente, levou à Inquisição. A legislação eclesiástica era contrária à pena de morte, entregando-se o condenado ao poder civil para a execução.
Com o crescimento e avanço da Igreja Católica, principalmente a partir do século XI, os tribunais seculares passaram a ser pressionados para julgar seus litígios, a partir do Direito Canônico. Os cânones são regras jurídico-sagradas, são leis reveladas por um ser superior, e a desobediência mais do que infração é um pecado,iniciando, assim, a sacralização do Direito na Idade Média.
Cânon deriva do grego Kanoon = regra e foi empregado nos primeiros momentos da instituição católica, para nomear as decisões exaradas nos concílios papais, sendo, durante a maior parte dessa fase, o único Direito escrito. Assim, o Direito Canônico é um principal instrumento modelador e censor de formação e repressão das condutas da sociedade, perdurando até os princípios da modernidade.
2.3.)Direito Medieval:
Adotava a pena de morte, executada pelas formas mais cruéis (fogueira, afogamento, soterramento, enforcamento), como forma de intimidação. As sanções penais eram desiguais, dependendo da condição social e política do réu, sendo comum o confisco, a mutilação, os açoites, a tortura e as penas infamantes. O arbítrio judiciário criou em torno da justiça penal uma atmosfera de incerteza, insegurança e medo.
3.0. DIREITO COMO PRODUTO DE USOS E COSTUMES
Nas comunidades primitivas, os humanos viviam em pequenos grupos e eram nômades, vivendo da caça, pesca e coleta. Nesse período, os indivíduos não possuíam normas definidas, não havia sequer a noção de família ou parentesco. A filiação feminina prevalecia, e a chefia do grupo competia à mãe, sendo tais sociedades matriarcais.
Com o advento da agricultura, o homem foi se sedentarizando, passou a produzir grande parte dos seus alimentos, surge a propriedade privada, e os agrupamentos são formados baseados na consangüinidade e na autoridade (competia ao ascendente varão mais antigo). Quanto à descendência, esta passou a ser definida pela linha masculina, surgindo, conseqüentemente, as sociedades patriarcais.
Nessa fase, o Direito era puro e simplesmente um produto de usos e costumes, influenciado pelos elementos de natureza religiosa. Era predominantemente oral e o sistema de punição que prevalecia era o da vingança privada, pela qual competia aos particulares à retribuição do mal.
Com a invenção e a difusão da técnica da escrita, por volta de 3.200 a.C., no Egito e na Mesopotâmia, somada à compilação de costumes tradicionais e o surgimento das cidades, aparecem os primeiros códigos da Antiguidade. Nessas sociedades, tanto as leis quanto os códigos foram expressões da vontade divina, revelada mediante a imposição de legisladores-administradores, que dispunham de privilégios dinásticos e de uma legitimidade garantida pela casta sacerdotal. Esse caráter sagrado busca não só preencher as lacunas existentes no universo do conhecimento científico, como também dar legitimidade e autoridade às leis. Tal realidade pode ser constatada em vários códigos como: o Código de Hamurabi (Rei Hamurabi, na Mesopotâmia, em 2.000 a.C., revelado pelo deus Samas); Deuteronômio (Moisés, povo Hebreu, em 1.200 a.C., revelado pelo deus Jeová); Código de Manu (Brâmanis, Índia, 1.000 a.C., revelado por Manu).
O Código de Hamurabi foi descoberto na Pérsia em 1901 por uma missão arqueológica francesa. Encontra-se hoje no Museu do Louvre. Gravado em pedra negra (doirita), e a escrita utilizada foi a cuneiforme. É composto por 282 artigos, dispostos em cerca de 3.600 linhas de texto, tem 2,25m de altura e 1,90m de base. As leis foram recebidas pelo rei do deus Samas (ou Shamash), representado pelo deus Sol, denominado também de deus da Justiça. Estão ilegíveis alguns artigos, na parte que trata do Direito Comercial.
4.0. PRIMEIRAS CORRENTES DE CONHECIMENTO E O DIREITO LAICO
A Idade Moderna inicia-se com a descoberta do caminho marítimo para as Índias (1498) e se estende até a Revolução Francesa (1789). É o período das grandes navegações, dos descobrimentos, do mercantilismo. É a época ainda do surgimento de movimentos transformadores na Europa, como a Reforma Protestante, que questionava dogmas e condutas dos membros da Igreja Católica, destacando-se o Luteranismo (Martinho Lutero na Alemanha – 1517), Calvinismo (João Calvino na Suíça – 1536) e o Anglicanismo (Henrique VIII na Inglaterra – 1534). Essas novas correntes espirituais abalaram o monopólio espiritual da Igreja.
Foi a época também do florescimento das atividades artísticas, intelectuais e científicas, como o Humanismo, que ocorreu no final do século XIV, caracterizando-se pelo interesse nas obras literárias, filosóficas e científicas da antiguidade, bem como davam atenção particular aos problemas relativos ao ser humano (antropocentrismo), em detrimento do teocentrismo. Do Renascimento, que surgiu na Itália no século XIV, perdurando até o século XVI, difundiu-se a idéia de que as condutas deveriam ser determinadas pelos princípios éticos, as leis da cidade e os interesses pessoais e, não mais a religião, deveriam ser o regulador universal de comportamento da sociedade, fortalecendo, por demais, o absolutismo, através da separação do Direito da Teologia. E, por fim, o Iluminismo, nos séculos XVII e XVIII, pregando que o conhecimento humano se encontrava na razão e nos direitos naturais (a liberdade, o direito de posse, a tolerância e a igualdade perante a lei).
Desses importantes movimentos religiosos e culturais, aparecem as primeiras correntes de conhecimento, que vão influenciar de sobremaneira a sociedade, a economia, a política, a religião e também o Direito.
Tais mutações no universo jurídico podem ser percebidas, principalmente, a partir do pensamento de Hugo Grócio (1583-1645, filósofo e jurista holandês conhecido como o “Descartes da política”), ao conceber o Jusnaturalismo como resultado da técnica racional de convivência humana, afastando a divindade do processo jurídico. Nessa fase, destaca-se a Escola Clássica do Direito Natural, fundada num racionalismo eminentemente abstrato, através de Hugo Grócio, Thomas Hobbes, John Locke, no século XVII, e Rosseau e Montesquieu, no século XVIII. Essa corrente de pensamento promoveu a laicização do Direito Natural, tendo a razão como fonte cognitiva.
Nas sociedades modernas, o Direito Costumeiro já não conseguia resolver os conflitos existentes, pois as estruturas sociais tornaram-se mais complexas. A fim de superar essas adversidades, vários pensadores defenderam, a partir da concepção ideológica do Estado, uma ordem jurídica ideal. Nicolau Maquiavel (1469-1527), através de sua obra “O Príncipe”, indica ao governante as fórmulas para se perpetuar no trono, independentemente da observância às regras éticas, professando assim, uma teoria utilitária e absolutamente alheia aos valores morais. Outros filósofos como Hobbes (1588-1679), Locke (1632-1704) e Rosseau (1712-1778), preconizavam a necessidade da realização de um pacto entre os indivíduos e o Estado, por meio de um contrato social, que tem conotações diversas, conforme o seu idealizador. No caso de Hobbes, para conter e reprimir a tendência de o homem ser o lobo do próprio homem, o Estado deveria ser dotado de autoridade absoluta e necessária, suas leis seriam onipotentes e incontestáveis, e seu poder se sobrepõe a todos, inclusive à Igreja. Tais idéias fortaleceram os regimes absolutistas.
Já para Locke, o poder político não deve ser determinado pelas condições de nascimento, bem como o Estado não deve intervir, mas sim garantir e tutelar o livre exercício da propriedade, da palavra e da iniciativa econômica. A lei deve ser útil à comunidade, logo o poder político deve ser liberal e faz distinção entre o público e o privado. Relativamente a Rosseau, o contrato social legítimo deve se originar do consentimento unânime, segundo o qual todos abdicam igualmente. O contrato não faz o povo perder a soberania, pois esta se manifesta pelo legislativo, que é inalienável e não pode ser representada. A Democracia direta ou participativa é mantida por meio de assembléias freqüentes de todos os cidadãos. Esse jusfilósofo ultrapassa o elitismo de Locke, ao propor uma visão mais democrática de poder, baseada na soberania popular e na vontade geral.
Com a difusão dessas idéias, os monarcas sentiram a necessidade de organizar e sistematizar as leis esparsas, bem como os costumes vigentes, dando origem às primeiras Ordenações. Portugal foi uma das primeiras nações a estruturar seu ordenamento jurídico, através das Ordenações Afonsinas (D. Afonso V – 1446), Manuelinas (D. Manuel – 1512-1521) e Filipinas (D. Filipe – 1603), esta última vigorou no Brasil até 1916, quando entrou em vigor o Código Civil Brasileiro.
5.0. MODERNIDADE E O NOVO DIREITO
Paulatinamente, o Direito autêntico vai se consubstanciando na Lei, única expressão da vontade geral, e os usos e costumes tornam-se gradativamente fontes secundárias e complementares do Direito. Em reação ao idealismo transcendental de Hegel (1770-1831) e o criticismo de Kant (1724-1804), surgem as idéias positivistas que pretendem substituir o apriorismo pela experiência e a metafísica pelas ciências particulares.
Um dos sistematizadores do positivismo foi o filósofo francês Augusto Comte (1798-1857). Para este pensador, o conhecimento é explicado de acordo com os nexos de causalidade, mediante constatação da realidade. O conhecimento deve ultrapassar três etapas: a teológica, a metafísica e a positiva. Neste diapasão, o positivismo jurídico concentra-se na norma, no conteúdo do codex.
O marco inicial da codificação moderna foi o Código Civil Francês (Código de Napoleão – 1804), que evidencia a supremacia da lei sobre os costumes, através de um texto legal harmônico e articulado. Da Revolução Francesa (1789), nasce à necessidade de um Direito único para a totalidade da Nação, assentado no princípio da igualdade. Desta forma, surgem os Direitos Nacionais, que representam a existência de um único Direito para todos que habitam num mesmo território. São promulgadas ou outorgadas as Constituições Americana (1776), Brasileira (1824), Mexicana (1917), Alemã (1919) etc., que almejam através das leis garantir e proteger os direitos dos cidadãos.
No século XX, o austríaco Hans Kelsen (1881-1973) suscita, através da Teoria Pura do Direito, a exaltação da norma jurídica, ou seja, que a Ciência do Direito tem por objeto precípuo o estudo das leis. Para esse autor, a norma jurídica é válida e obrigatória independentemente de seu conteúdo axiológico, pois o senso de justiça não é objeto da pesquisa jurídica, por conseguinte, o Direito colima o valor de segurança jurídica.
Envolto nessas teorias jurídicas, o Direito Brasileiro, filiado à tradição romanística-germânica, segue a trilha da supremacia do processo legislativo, ao qual o conhecimento jurídico converge suas atenções para a lei, interessando-se, sobretudo, nos seus aspectos técnicos e formais, em detrimento dos imperativos do justo. Em decorrência disto, vivenciamos constantemente uma realidade jurídica que não corresponde com os anseios e ideais da Sociedade Civil, e o resultado disto é um enorme desconhecimento e desrespeito às leis brasileiras, pois, um povo que não conhece suas leis, possui leis que não representam seu povo.
6.0.Características Históricas o Direito
Direito entre os primitivos: A evolução era de “simples” a “primitivo” e complexo a civilizado. Assim as sociedades primitivas eram consideradas simples em relação às civilizadas.
Não existia um corpo teórico de normas, os costumes revestem-se de grande importância, mas não são respeitados compulsoriamente, isto e, não foi constatado a “tirania do costume”.
Tinham relações de status e contrato.
A evolução das sociedades antigas para as modernas e acompanhada pela passagem da predominância do status para a do contrato. Na primeira estabelece as condições sociais das pessoas ( status). Na segunda prevalece o direito que estabelece normas para as relações entre pessoas( contato).
As sociedades de status baseavam-se no parentesco, estratificando-se de acordo com famílias e linhagens. A estrutura social de base familiar.- e posteriormente, na idade media, de base estamental – e que define concretamente a distribuição dos direitos e deveres.
À medida que se dissolve a dependência da família, cresce o individualismo.
6.1. Delitos e sanções:
Públicos e privados: Função primordial das sanções é restaurar o equilíbrio do controle e das relações sociais.
Públicos: Atingem o grupo todo e determinam uma ação indenizatória por parte da comunidade. Incesto, assassinato, feitiçaria ou sacrilégio.
6.2. Privados:Exigem justiça e reparação entre partes privadas, isto e, o ajuste de contas. Roubo injuria e adultério.
A reação imediata é a vingança. A pessoa lesada tem que dar vazão a seu sentimento, para voltar a paz para a comunidade. Para os homens primitivos se era bem ou mal a preocupação era o julgamento do grupo sobre as conseqüências e suas ações;
7.0.Direito de Propriedade
Igual o da Idade Moderna o direito de propriedade não e limitado, tem caráter místico.
Um maori detém a propriedade do local onde seu cordão umbilical e as secundinas foram enterradas, por que o terreno foi regado com seu sangue, tal fato constitui um tabu para outras pessoas.
Relata também praticas vigentes entres os esquimós.Quem já possui uma propriedade não podem herdar outras, porque não se pode habitar sob duas tendas ao mesmo tempo.
8.0. Direito de Origem Divina
Direito no Egito: O faraó assegurava ao Pais a boa administração e boa justiça. Suas palavras eram revelações divinas.
Sentenças e ordens do faraó não podiam ser nem eram consideradas arbitrarias.
Ele era a força criadora ( HU) e suas ordens eram a compreensão ( Sai) e a justiça à verdade ( Maaf).
A Ética egipicia foi fonte onde varias nações foram buscar suas normas de moralidade pessoa e social, pois não era só no assassinato, furto e adultério, mas também na justiça, benevolência e de igualdade entre todos os homens.
9.0. Código Hamurabi.
Na mesopotâmia o poder monárquico era considerado de origem divina. Os soberanos alem da linhagem nobre que provinham, tinha sido escolhidos pela divindade.
Quanto ao direito eram contratos e códigos.
Os contratos eram escritos com definição das partes envolvidas, do objeto, e das testemunhas do acordo.
O rei Sumariano: copilou normas, o código Dungi, tendo como principais características: a lei de talião, a falta de distinção entre homicídio intencional e acidental, a desigualdade perante a lei, o tribunal como arbitro e não como agente do estado.
Rei Babilônico, Hamurabi elaborou um código mais rigoroso, começa de natureza literária, religiosa, política e moral.
Tem 282 regras, iniciadas, admitindo-se que são precisas, evitando a ambigüidade.
Conjunto de decisões reais, casos freqüentes complicados e embaraços entre os quais alguns são irreais e imaginários.
Tais decisões são apresentadas para daí por diante unificar as sentenças dos tribunais ( jurisprudência)
O Direito consuetudinário, aplicado no centro do império, foi escrito para ser estendido a todos os territórios dependentes.
Código de HAMURABI
O Código de Hamurabi, escrito pelo rei babilônico, hamurabi que governou de 1792 a 1750 ª . Cristo. Elaborou um código mais rigoroso do que o de Dungi.
Característica do código :
- as normas foram postas de acordo com o poder soberano do rei. Suas vontades, unicamente, foram codificadas definindo os casos concretos e sanções.
- No código é presente: O Direito de propriedade – somente no caso de morte oficializada o 2º proprietário assume o direito de apropria-se caso não exista primogênitos. O Cód. H. artigo 30. Proteção do Território – o Estado restringe que seja pago o valor por este, em terras a libertação de guerreiros.
- As penalidades são : lei de talião art. 126, no caso de homens livres. Art. 197 “braço quebrado de um o outro terá o seu quebrado”. Art.200 – “Dente por dente”.
No entanto, estas penalidades são de acordo com a condição social. Escravos são tratados como objetos. Quem ferir seu objeto será pago o valor deste integralmente.
Existia também um código que regulava atividade de barbeiro – art. 126. Penalidade sobre o crime pela autoria de um profissional desta área, a sanção é a decepção da mão.
Presente neste código dispositivo, sobre o que é hoje, a ressalva dos direitos autorais do autor sobre sua obra. Proferiu Hamurábi que não podiam ser modificadas suas palavras, se caso ocorressem maldições seriam lançadas contra o infrator. E termina o código com demais maldições sob quem utilizar o código de forma incoerente.
O CÓDIGO DE HAMURABI
(cerca de 1780 ANTES DA NOSSA ERA)
Quando Anu o Sublime, Rei dos Anunaki, e Bel, o senhor dos céus e da terra, que decretaram o destino da terra, assinalaram a Marduk , o todo-poderoso filho de Ea, deus de tudo o que é direito, o domínio sobre a humanidade, fazendo dele grande entre os Igigi, eles chamaram a Babilônia por seu nome ilustre, fizeram-na grande na terra, e fundaram nela um reino perene, cujas fundações são tão sólidas quanto as do céu e da terra; então, Anu e Bel chamaram por meu nome, Hamurabi, o príncipe exaltado, que temia a deus, para trazer a justiça na terra, destruir os maus e criminosos, para que os fortes não ferissem os fracos; para que eu dominasse os povos das cabeças escuras como Shamash, e trouxesse esclarecimento à terra, para assegurar o bem-estar da humanidade. Hamurabi, o príncipe de Bel sou eu, chamado por Bel sou eu, fazedor e promovedor de riquezas, que favorece Nipur e Dur-ilu, sublime patrono do E-kur; que restabeleceu Eridu e purificou a adoração do E-apsu; que conquistou os quatro quadrantes do mundo, que fez grande o nome da Babilônia, que alegrou o coração de Marduk, seu deus a quem diariamente presta suas devoções em Sagila; descendente real de Sin, que enriqueceu Ur, o humilde e reverente que leva riquezas ao Gish-shir-gal; o rei branco, escuta de Shamash, o poderoso, que fez novamente as fundações de Sipar; que revestiu de verde as pedras tumulares de Malkat; que fez grande o E-babar, que é tal qual os céus, o guerreiro que guardou Larsa e renovou o E-babar, tendo a ajuda de Shamash. O senhor que garantiu nova vida a Uruk, que trouxe água abundante para seus habitantes, que levantou o topo de Eana, e assim aperfeiçoou a beleza de Anu e Inana; escudo da terra, que reuniu os habitantes espalhados de Isin; que colocou muitas riquezas ao E-gal-mach; o rei protetor da cidade, imão do deus Zamama; que com firmeza fundou as fazendas de Kish, coroou de glória o E-me-te-ursag, dobrou os grandes tesouros sagrados de Nana, administrou o templo de Harsag-kalama; a cova do inimogo, cuja ajuda sempre traz a vitória; que aumentou o poder Cuthah; adorado do deus Nabu, que dá alegria aos habitantes de Borsippa, a Sublime; o que não se cansa por E-zida; o rei divino da cidade; o claro, o Sábio, que ampliou os campos de Dilbat, que colheu as colheitas por Urash; o poderoso, o senhor a quem o cetro e a coroa foram destinados, e que se cobre com os trajes da realeza; o eleito de Ma-ma; que fixou os limites do templo de Kish, que bem dotou as festas sagradas de Nintur; o provedor solícito que forneceu alimentos e bebidas para Lagash e Girsu, que ofereceu grandes oferendas de sacrifício para Ningirsu; que capturou o inimigo, o Eleito do oráculo que cumpriu a predição de Hallab, que alegra o coração de Anunit; o prínciple puro, cjua prece é aceita por Adad; que satisfez o coração de Adad, o guerreiro, em Karkar, que restaurou os vasos de adoração no Eudgalgal; o rei que deu vida à cidade de Adad; o guia de Emach; o rei principesco da cidade, o guerreiro irresistível, que deu vida aos habitantes de Mashkanshabri, e trouxe abundância ao templo de Shidlam; o Claro, Potente que penetrou na caverna secreta dos bandidos, salvou os habitantes de Malka da desgraça, e fixou os lares deste povo na abundância; que estabeleceu presentes de sacrifício puros para Ea e sua amada Dam-gal-nun-na, que fez seu reino grande para sempre; o rei principesco da cidade, que sujeitou os distritos do canal sobre o Ud-kib-nun-na Canal à vontade de Dagon, seu Criador; que poupou os habitantes de Mera e Tutul; o príncipe sublime que faz a face de Nini brilhar; que apresentou refeições sagradas à divindade de Ninazu, que cuidou de povo e das necessidades deste, que deu a eles um pouco da paz babilônica; o pastor dos oprimidos e dos escravos; cujos feitos encontram favor frente aos Anunaki no templo de Dumash no subúrbio da Acádia; que reconhece o direito, que governa pela lei, que devolveu à cidade de Assur seu deus protetor; que deixou o nome de Ishtar de Nínive permanecer em E-mish-mish; o Sublime, que reverentemente se curva frente aos grandes deuses; sucessor de Sumula-il; o poderoso filho de Sin-muballit; o escudo real da Eternidade; o poderosos monarca, o sol da Babilônia, cujos raios lançam luz sobre a terra da Suméria e Acádia; o rei, obedecido pelos quatro quadrantes do mundo; Adorado de Nini sou eu. Quando Marduk concedeu-me o poder de governar sobre os homens, para dar proteção de direito à terra, eu o fiz de forma justa e correta... e trouxe o bem-estar aos oprimidos.
10.0.Leis de Manu
Há controvérsias nas informações sobre a existência de manu. Segundo a Mitologia Hindu, ele e progenitor da raça humana, senhor e guardião da vida. Ligado ao manual do dever, código mais antigo dos textos vedas. Define deveres e responsabilidades específicos do individuo em termos de varna ou casta ou situação de vida ( chefe de família)Deuteronômio e a lei mosaica.
Os primeiros cinco livros da Bíblia receberam a denominação de Pentatenco: Gênesis, êxodo, levitico, números e deuteronômio.
O Deuteronômio repete dos dez mandamentos e, entre outros preceitos, estabelece:
1- Regras gerais de direito e de aplicação da justiça
2- Destruição dos ídolos, condenação dos falsos profetas.
3- As festas da páscoa, dos tabernaculos, do ano do jubileu.
4- Direitos e deveres de juizes, reis, chefes, sacerdotes, levitas e filhos.
5- Normas de civilidade ( animais puros e impuros), normas morais ( honrar pai e mãe), religiosas ( pagamento dizimo) e civis ( pessoas justos, bens, divorcio) etc...
São convertidas informações sobre a existência de Manu. Segundo a mitologia, ele é o progenitor da raça humana, o senhor e o guardião da vida. Seu nome está ligado a mais importante codificação da lei hindu, o Manava-Dharma-Sastra (manual do dever)
Copilado por Brâmanes este é O código, o mais antigo dos textos vedas, define deveres e responsabilidades dos indivíduos de varna ou casta (Brâmanes, por exemplo) e os aramas ou situação de vida (chefe de família, por exemplo).
Os tema principais se referem à religião e a moral. E distinguimos 12 parte:
Cração, rituais, matrimonio: deveres do chefe de família, regras de abstinência e de purificação, deveres do anacoreta e do asceta, conduta que devem ser observado os reis e as classe militares, ofícios dos juizes leis civis e criminais, classe mista época de miséria, penitencias e provocações, transmigração das almas: beatitude final.
Provações : endoista - idéia de reencarnação.
As Leis de justiça são as melhores amigas do homem, as únicas que o acompanham depois da morte, qualquer outra se decompõe com o corpo.
A principal qualidade de homem é ser justo, a justiça é responsável pela minha alma. Somatização: A postura, o modo de caminhar os gestos as palavras, o semblante permitem que perceba como são os pensamentos.
Os Juizes:Tem que ser justo, se provar qualquer tipo de fraude, o juiz ira p o banco dos réus por falso testemunho.
Testemunhas proibidas: Infelizes pesarosos, bêbados, loucos, famintos, sedentos, fadigados em excesso, apaixonado do amor ou cólera, ladrões.
Furto ou roubo:Tirar alguma coisa de outrem mediante a violência é considerando roubo, em ausência será furto.
Sucessão e Partilha:Apões a morte do pai e da mãe o filho mais velho pode tomar posse da totalidade do Patrimônio, mantendo os irmãos sob sua tutela. Se o irmão mais velho renunciar seus direitos os outros irmãos devem se reunir para partilhar igualmente entre si os bens.
11.0. Alcorão
Significa “recitação” ou declaração, é uma imposição religiosa e jurídica . Proferindo “Deus é poderoso e vingativo”. Contém 114 suratas (capítulos) divididas em versículos.
Alá é o nome do poder supremo que age no interesse comum, é a figura que abençoa todo oriente. Todas as normas foram criadas em nome dele.
A obediência à lei é um dever social e um preceito de fé. Será pecado quem violar.
O direito é emanado por Alá.
Tais decisões são apresentadas para daí por diante unificar as sentenças dos tribunais (jurisprudências).
Na redação do Alcorão toda norma é procedida de “Maomé disse...” ou “Segundo a tradição, Maomé disse...”.
11.1. Divorcio: Se o divorcio está firmemente resolvido, ala sabe e ouve.....A mulher deve se esperar o período de 3 menstruações para poder se casar de novo, elas tem direito a um sustento decente.
11.2. Texto de lei :Não é permitido troca de mulher, proteção à mulher depois do divórcio e menção à pensão (como nos dias de hoje). Proteção contra o adultério e caso feito isto, punição.
11.3. Adultério: Se a mulher cometer adultério tendo quatro testemunhas ela pode ser trancada em casa até que a morte as leve ou apresente um meio de salvação. E ainda será infrigrido tanto ao homem quanto à mulher que cometer adultério cem chibatada.
11.4. Sucessão: Tanto o homem quanto à mulher tem parte dos bens deixados pelos pais, seja pouco ou muito valor determinada parte lhes é devida. Os filhos herdarão o dobro das filhas.
11.5. Roubo: Corta-lhes as mãos
11.6. Herança:mulher e homem tem direito.
11.7. Vícios de jogo e embriaguez – mencionados no livro como ordem maléfica condenada por Alá.
11.8. Assassinato: E lei de talião. (olho por olho dente por dente)
12.0. Deuteronômio e a lei Mosaica
Composta por 34 capítulos. O início e o discurso de Moisés e a conclusão do livro com a morte deste.
12.1. Característica:à referência a Deus, repetição de Decálogo (Os dez mandamentos bíblicos da lei de Deus. Dois. Conjunto de dez leis ou princípios filosóficos, morais, políticos, etc.), conceitos de justiça e Guerra.
Leis de :animais, construção de casa, agricultura, menção de honestidade entre o homem e a mulher. Casamento, divórcio. Proibição da morte solidária . Proteção à propriedade, normas de promulgação da lei. (informações de que este não cairá na prova, mas no caso da dúvida...).
Usa-se a lei de taleão: “Olho por olho dente por dente.”
Inserida na área do
Crescente Fértil - de
Lua crescente, exatamente por ela ter o formato de uma
Lua crescente e de ter um
solo fértil -, uma região do Oriente Médio excelente para a
agricultura, exatamente num local onde a maior parte das terras vizinhas era muito árida para qualquer cultivo, a Mesopotâmia tem duas regiões geográficas distintas: ao
Norte a
Alta Mesopotâmia ou
Assíria, uma região bastante
montanhosa, desértica, desolada, com escassas
pastagens, e ao
Sul a
Baixa Mesopotâmia ou
Caldéia, muito fértil em função do regime dos rios, que nascem nas montanhas da
Armênia e desaguam separadamente no
Golfo Pérsico.
A Mesopotâmia é considerada o berço da civilização, já que foi na Baixa Mesopotâmia onde surgiram as primeiras civilizações por volta do VI milênio a.C. As primeiras cidades foram o resultado culminante de uma sedentarização da população e de uma revolução agrícola, que se originou durante a Revolução Neolítica. O homem deixava de ser um coletor que dependia da caça e dos recursos naturais oferecidos, uma nova forma de domínio do ambiente é uma das causas possíveis da eclosão urbana na Mesopotâmia.
A partir do III milênio cidades como Lagash, Uma, Kish, Ur, Uruk, Gatium e a região do Elam se desenvolvem e a atividade comercial entre eles se torna mais intensa. Os templos passam a gerir a economia e muitos
zigurates são construídos.
Porém, Richard Leakey, em seu livro “A evolução da Humanidade”, relata como Jack Harlan demonstrou que coletores poderiam ter um armazenamento de alimentos significativo: sua experiência se deu utilizando uma foice de sílex colhendo trigo e cevada selvagens. Portanto, as primeiras comunidades que abandonam o nomadismo poderiam ser de caçadores-coletores não restringindo o sedentarismo unicamente à agricultura ou a domesticação de animais, o que também se fez importante nesse processo de urbanização.
O surgimento dos primeiros núcleos urbanos na região foi acompanhado do desenvolvimento de um complexo sistema hidráulico que favorecia a utilização dos pântanos, evitava
inundações e garantia o armazenamento de água para as estações mais secas. Fazia-se necessária a construção dessas estruturas para manter algum tipo de controle sobre o regime dos rios
Tigre e
Eufrates. Esses rios gêmeos, em função do relevo que os envolve, correm de noroeste para sudeste, num sentido oposto ao rio Nilo, sendo as enchentes na Mesopotâmia muito mais violentas e sem uniformidade e a regularidade apresentada pelo Nilo. "
A recompensa - terra para lavrar, água para irrigar, tâmaras para colher e pastos para a criação - fixou o homem à terra" (PINSKY, 1994) Somente o trabalho coletivo permitiu que se pudesse dominar os rios, o homem que se afastava das cidades se afastava das áreas irrigadas, pondo-se à margem desse processo.
Os mesopotâmicos não se caracterizavam pela construção de uma unidade política. Entre eles, sempre predominaram os pequenos Estados, que tinham nas cidades seu centro político, formando as chamadas
cidades-Estados. Cada uma delas controlava seu próprio território rural e pastoril e a própria rede de irrigação. Tinham governo e burocracia próprios e eram independentes. Mas, em algumas ocasiões, em função das guerras ou alianças entre as cidades, surgiram os Estados maiores, sempre
monárquicos, sendo o poder real caracterizado de origem divina. Porém, essas alianças eram temporárias. Apesar de independentes politicamente, esses pequenos Estados mesopotâmicos eram interdependentes na economia, o que gerava um dinâmico processo de trocas. Segundo Pierre Lévêque "o Estado mesopotâmico é, primeiro que tudo, uma cidade, à qual o príncipe está ligado por estreitos laços; é igualmente uma dinastia, legitimação do seu poder".
Os vestígios arqueológicos são limitados e por isso não se pode definir como a organização política e social se dava exatamente dentro de algumas dessas primeiras cidades. Uma das fontes de referência para o estudo da Mesopotâmia, que não um dos documentos encontrados nas escavações na região, é a bíblia. Nela se fazem referências as cidades de
Ur,
Nínive e
Babilônia . Muitas das histórias presentes no
Antigo Testamento são possivelmente derivadas de tradições dessa região, por exemplo o
dilúvio. Os autores da Antigüidade como
Heródoto, Beroso, Estrabão e Eusébio também fazem referências à Mesopotâmia. Por isso ao estudar a Mesopotâmia deve-se atentar para a construção de uma proto-história baseada em evidências fragmentadas e esparsas, já que as escavações só se iniciam a partir do século XIX, e ainda hoje muitas lacunas estão expostas.
13.0. A religião
Os deuses, extremamente numerosos, eram representados à imagem e semelhança dos seres humanos. O sol, a lua, os rios, outros elementos da natureza e entidades sobrenaturais, também eram cultuados. Embora cada cidade possuísse seu próprio deus, havia entre os sumérios algumas divindades aceitas por todos. Na Mesopotâmia, os deuses representavam o bem e o mal, tanto que adotavam castigos contra quem não cumpria com as obrigações.
O centro da civilização sumeriana era o templo, a casa dos deuses que governava a cidade, além de centro da acumulação de riqueza. Ao redor do templo desenvolvia-se a atividade comercial. O sacerdote representava o deus e combinava poderes políticos e religiosos.
Apenas ao sacerdote era permitida a entrada no templo e dele era a total responsabilidade de cuidar da adoração aos deuses e fazer com que atendessem as necessidades da comunidade. Os sacerdotes do templo estavam livres dos trabalhos nos campos, dirigiriam os trabalhos de construção de canais de irrigação, reservatórios e diques. O deus através dos sacerdotes emprestava aos camponeses animais, sementes, arados e arrendava os campos. Ao pagar o “empréstimo”, o devedor acrescentava a ele uma “oferenda” de agradecimento. Com a necessidade de controlar os bens doados aos deuses e prestar contas da administração das riquezas do templo iniciou-se o sistema de contagem e a escrita cuneiforme. Como exemplo do poder dos deuses em Lagash, o campo era repartido nas posses de aproximadamente 20 divindades, uma destas, Baú, possui cerca de 3250 hectares, das quais três quartos atribuídos, um em lotes, as famílias singulares, um quarto cultivado por assalariados, por arrendatários (que pagam um sétimo ou um oitavo do produto) ou pelo trabalho gratuito dos outros camponeses. Em seu templo trabalham 21 padeiros auxiliados por 27 escravas, 25 cervejeiros com 6 escravos, 4 mulheres encarregadas do preparo da lã, fiandeiras, tecelãs, um ferreiro, alem dos funcionários, dos escribas e dos sacerdotes.
A concepção de uma vida além-túmulo era confusa. Acreditavam que os mortos iam para junto de Nergal, o deus que guardava um reino de onde não se poderia voltar.
14.0. Povos da Mesopotâmia
Venerador mesopotâmico de 2.750-2.600 a.C.
Os
sumérios foram provavelmente os primeiros a habitar o
sul da Mesopotâmia. A região foi ocupada em 5000 a.C. pelo povo
sumério, que ali construiu as primeiras cidades de que a humanidade tem conhecimento, como
Ur,
Uruk e
Lagash. As cidades foram erigidas sobre
colinas e fortificadas para que pudessem ser defendidas da invasão de outros povos que buscavam um melhor lugar para viver.
Desde o quarto milênio a.C., realizavam obras de
irrigação e utilizavam técnicas de
metalurgia do
bronze e utilizavam uma escrita cuneiforme. Sua organização social influenciou muitos povos que os sucederam na região.
Após um período de domínio dos reis
elamitas (viviam no sudoeste do atual Irã), os sumerianos voltaram a gozar de independência.
Grupos de nômades, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumerianas. Conhecidos como acadianos, dominaram as cidades-estados da Suméria por volta de
2550 a.C.
No início do
segundo milênio a.C., a região da Mesopotâmia constitui-se em um grande e unificado império que tinha como centro administrativo a cidade da
Babilônia, situada nas margens do rio Eufrates. O soberano que mais se destacou foi
Hamurabi, elaborando leis que ficaram conhecidas como
Código de Hamurabi, que tinha como base um código sumeriano " Ur-nammu". O "
Código de Hamurabi" apresenta uma série de penas para delitos domésticos, comerciais, ligados à propriedade, à herança, à escravidão e a falsas acusações, sempre baseadas na Lei de Talião: "Olho por olho e dente por dente". Após sua morte, a Mesopotâmia foi abalada por sucessivas invasões, até a chegada dos assírios.
De origem semita, os
assírios viviam do pastoreio e habitavam as margens do rio Tigre. A partir do final do segundo milênio a.C., passaram a se organizar como sociedade altamente militar e expansionista. Realizaram diversas conquistas e expandiram seu domínio para além da própria Mesopotâmia, chegando ao
Egito. O centro administrativo do império assírio era
Nínive.
O exército assírio era um dos mais notáveis da
Antigüidade, fato que proporcionou aos assírios o poder de conquistar diversos territórios. A cada território o exército aumentava ainda mais por causa do alistamento obrigatório que esses implementaram. Alguns historiadores acreditam que os assírios pudessem colocar ate 100 mil soldados em campo.
Mesmo com o exército, o império nao conseguiu se sustentar em grande parte pelo fato de que a maioria da população do império nao gostava do regime ao qual estavam submissas.
''''''CURIOSIDADE:'''''' ''certa vez, os Assírios iriam destruir completamente um povoado para extrair suas riquezas e exterminar aquele povo. Sabendo disso, o chefe daquele povoado teve a brilhante idéia de promover um acordo entre eles. Enviou um mensageiro para propôr o tal acordo que dizia: ''Se o seu exército não derramar uma gota de sangue, nós o-entregaremos nossas riquezas''. Os Assírios concordaram e não derramaram uma gota de sangue como haviam prometido, porém se apossaram de toda a riqueza e enterraram todos completamentes vivos.''
Povo de origem semita que se estabeleceu na Mesopotâmia no início do primeiro milênio a.C., os caldeus foram os principais responsáveis pela derrota dos assírios e pela organização do novo império babilônico.
Nabucodonosor foi o soberano mais conhecido dos caldeus. Governou por quase sessenta anos e após sua morte os persas dominaram o novo império babilônico
15.0. A economia e a sociedade
Em linhas gerais pode-se dizer que a forma de produção predominante na Mesopotâmia baseou-se na propriedade coletiva das terras administrada pelos
templos e
palácios. Os indivíduos só usufruíam da terra enquanto membros dessas comunidades. Acredita-se que quase todos os meios de produção estavam sobre o controle do
déspota, personificação do Estado, e dos templos. O templo era o centro que recebia toda a produção, distribuindo-a de acordo com as necessidades, alem de proprietário de boa parte das terras: é o que se denomina
cidade-templo.
Estudos recentes mostram que, além do setor da economia dos templos e do palácio, havia um setor privado que participava, também, da economia da cidade-estado.
Administradas por uma corporação de sacerdotes, as terras, que teoricamente eram dos deuses, eram entregues aos
camponeses. Cada família recebia um lote de terra e devia entregar ao templo uma parte da
colheita como pagamento pelo uso útil da terra. Já as propriedades particulares eram cultivadas por
assalariados ou
arrendatários.
Entre os sumerianos havia a
escravidão, porém o número de escravos era relativamente pequeno.
Em contraste com as cheias regulares e benéficas do Nilo, o fluxo das águas dos rios Tigre e Eufrates, ao subir à
Leste pelos
Montes Tauro, é irregular e imprevisível, produzindo condições de seca em um ano e inundações violentas e destrutivas em outro. Para manter algum tipo de controle, fazia-se necessário a construção de
açudes e
canais, alem de complexa organização. A construção dessas estruturas também era dirigida pelo Estado. O controle dos rios exigia numerosíssima
mão-de-obra, que o governo recrutava, organizava e controlava. As principais atividades econômicas da Mesopotâmia eram:
- A Agricultura. Era base da Economia. A economia da Baixa Mesopotâmia, em meados do terceiro milênio a.C., baseava-se na agricultura de irrigação. Cultivavam trigo, cevada, linho, gergelim (sésamo, de onde extraiam o azeite para alimentação e iluminação), árvores frutíferas, raízes e legumes. Os instrumentos de trabalho eram rudimentares, em geral de pedra, madeira e barro. O bronze foi introduzido na segunda metade do terceiro milênio a.C., porem, a verdadeira revolução ocorreu com a sua utilização, isto já no final do segundo milênio antes da Era Cristã. Usavam o arado semeador, a grade e carros de roda;
- A Criação de Animais. A criação de carneiros, burros, bois, gansos e patos era bastante desenvolvida;
- O Comércio. Os comerciantes eram funcionários a serviço dos templos e do palácio. Apesar disso, podiam fazer negócios por conta própria. A situação geográfica e a pobreza de matérias primas favoreceram os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores iam vender seus produtos e buscar o marfim da Índia, a madeira do Líbano, o cobre de Chipre e o estanho de Cáucaso. Exportavam tecidos de linho, lã e tapetes, além de pedras preciosas e perfumes. As transações comerciais eram feitas na base de troca, criando um padrão de troca inicialmente representado pela cevada e depois pelos metais que circulavam sobre as mais diversas formas, sem jamais atingir, no entanto, a forma de moeda. A existência de um comercio muito intenso deu origem a uma organização economia sólida, que realizava operações como empréstimos a juros, corretagem e sociedades em negócios. Usavam recibos, escrituras e cartas de crédito. O comercio foi uma figura importante na sociedade mesopotâmica, e o fortalecimento do grupo mercantil provocou mudanças significativas, que acabaram por influenciar na desagregação da forma de produção templário-palaciana dominante na Mesopotâmia.
16.0. As principais ciências estudadas foram:
- A Astronomia. Entre os babilônicos, foi a principal ciência. Notáveis eram os conhecimentos dos sacerdotes no campo da astronomia, muito ligada e mesmo subordinada a astrologia. As torres dos templos serviam de observatórios astronômicos. Conheciam as diferenças entre os planetas e as estrelas e sabiam prever eclipses lunares e solares. Dividiram o ano em meses, os meses em semanas, as semanas em sete dias, os dias em doze horas, as horas em sessenta minutos e os minutos em sessenta segundos. Os elementos da astronomia elaborada pelos mesopotâmicos serviram de base à astronomia dos gregos, dos árabes e deram origem à astronomia dos europeus;
- A Matemática. Entre os caldeus, alcançou grande progresso. As necessidades do dia-a dia levaram a um certo desenvolvimento da matemática.Os mesopotâmicos usavam um sistema matemático sexagesimal (baseado no número 60). Eles conheciam os resultados das |multiplicações e divisões, raízes quadradas e raíz cúbica e equações do segundo grau. Os matemáticos indicavam os passos a serem seguidos nessas operações, através da multiplicação dos exemplos. Jamais divulgaram as formulas dessas operações, o que tornaria as repetições dos exemplos desnecessárias. Também dividiram o círculo em 360 graus, elaboraram tábuas correspondentes às tábuas dos logarítimos atuais e inventaram medidas de comprimento, superfície e capacidade de peso;
- A Medicina. Os progressos da medicina foram grandes (catalogação das plantas medicinais, por exemplo. Assim como o direito e a matemática, a medicina estava ligada a adivinhação. Contudo, a medicina não era confundida com a simples magia. Os médicos da Mesopotâmia, cuja profissão era bastante considerada, não acreditavam que todos os males tinham origem sobrenatural, já que utilizavam medicamentos à base de plantas e faziam tratamentos cirúrgicos. Geralmente, o medico trabalhava junto com um exorcista, para expulsar os demônios, e recorria aos adivinhos, para diagnosticar os males.
17.0. As letras
Escrita cuneiforme gravada numa escultura do
século XXII a.C. (
Museu do Louvre,
Paris). A linguagem escrita é resultado da necessidade humana de garantir a comunicação e o desenvolvimento da técnica.
18.0. A Escrita
A
escrita cuneiforme, grande realização sumeriana, usada pelos sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades de contabilização dos templos. Era uma escrita
ideográfica, na qual o objeto representado expressava uma idéia. Os sumérios - e, mais tarde os babilônicos e os assírios, que falavam acadiano - fizeram uso extensivo da escrita cuneiforme. Mais tarde, os sacerdotes e escribas começaram a utilizar uma escrita convencional, que não tinha nenhuma relação com o objeto representado. As convenções eram conhecidas por eles, os encarregados da linguagem culta, e procuravam representar os
sons da fala humana, isto é, cada sinal representava um som. Surgia assim a escrita
fonética, que pelo menos no segundo milênio a.C., já era utilizado nos registros de contabilidade, rituais mágicos e textos religiosos. Quem decifrou a escrita cuneiforme foi
Henry C. Rawlinson. A chave dessa façanha ele obteve nas inscrições da
Rocha de Behistun, na qual estava gravada uma gigantesca mensagem de 20
metros de
comprimento por 7 de
Altura. A mensagem fora talhada na pedra pelo rei Dario, e Rawlinson identificou três tipos diferentes de escrita (antigo persa, elamita e acádio - também chamado de assírio ou babilônico). O alemão
Georg Friederich Grotefend e o francês
Jules Oppent também se destacaram nos estudos da escrita sumeriana.
19.0. A Literatura
Uma inscrição do Código de Hamurabi.
20.0. O Direito
O
Código de Hamurábi, até pouco tempo o primeiro
código de leis que se tinha notícia, não é original. É uma compilação de leis sumerianas mescladas com tradições semitas. Ele apresenta uma diversidade de procedimentos jurídicos e determinação de penas para uma vasta gama de
crimes. Contém 282
leis, abrangendo praticamente todos os aspectos da vida babilônica, passando pelo comércio,
propriedade,
herança, direitos da
mulher,
família,
adultério, falsas acusações e escravidão. Suas principais características são:
Pena ou
Lei de Talião, isto é, “olho por olho, dente por dente” (o castigo do criminoso deveria ser exatamente proporcional ao crime por ele cometido), desigualdade perante a lei (as punições variavam de acordo com a posição social da vitima e do infrator), divisão da sociedade em classes (os homens livres, os escravos e um grupo intermediário pouco conhecido – os
mushkhinum) e igualdade de filiação na distribuição da herança. O Código de Hamurábi reflete a preocupação em disciplinar a vida econômica (controle dos preços, organização dos artesãos, etc.) e garantir o regime de propriedade privada da terra. Os textos jurídicos mesopotâmicos invocavam os deuses da justiça, os mesmos da adivinhação, que decretavam as leis e presidiam os julgamentos.
- A Arquitetura. A mais desenvolvida das artes, porem não era tão notável quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a pedra na região;. O zigurate, torre de vários andares, foi a construção característica das cidades-estados sumerianas. Nas construções, empregavam argila, ladrilhos e tijolos.
- Escultura e a pintura. Tanto a escultura quanto a pintura eram fundamentalmente decorativas. A escultura era pobre, representada pelo baixo relevo. Destacava-se a estatuária assíria, gigantesca e original. Os relevos do palácio de Assurbanipal são obras de artistas excepcionais. A pintura mural existia em função da arquitetura.
22.0. A música e a dança
A
música na Mesopotâmia, principalmente entre os babilônicos, estava ligada à
religião.
Quando os fiéis estavam reunidos, cantavam hinos em louvor dos deuses, com acompanhamento de música. Esses hinos começavam muitas vezes, pelas expressões: " Glória, louvor tal deus; quero cantar os louvores de tal deus", seguindo a enumeração de suas qualidades, de socorro que dele pode esperar o fiel.
Nas cerimônias de
penitência, os hinos eram de lamentação: "aí de nós", exclamavam eles, relembrando os sofrimentos de tal ou qual deus ou apiedando-se das desditas que desabam sobre a cidade. Instrumentos sem dúvida de sons surdos, acompanhavam essa recitação e no corpo desses salmos, vê-se o texto interromper-se e as onomatopéias "ua", "ui", "ua", sucederem-se em toda uma linha. A massa dos fiéis devia interromper a recitação e não retomá-la senão quando todos, em coro tivessem gemido bastante.
A procissão, finalmente, muitas vezes acompanhava as cerimônias religiosas e mesmo as cerimônias civis. Sobre um baixo-relevo assírio do
British Museum que representa a tomada da cidade de
Madaktu em Elam, a população sai da cidade e se apresenta diante do vencedor, precedida de música, enquanto as mulheres do cortejo batem palmas à oriental para compassar a marcha.
O canto também tinha ligações com a
magia.
Há cantos a favor ou contra um nascimento feliz, cantos de amor, de ódio, de guerra, cantos de caça, de evocação dos mortos, cantos para favorecer, entre os viajantes, o estado de
transe.
A
dança, que é o gesto, o ato reforçado, se apóia em magia sobre leis da semelhança. Ela é mímica, aplica-se a todas as coisas:- há danças para fazer chover, para
guerra, de
caça, de
amor etc.
Danças rituais têm sido representadas em monumentos da
Ásia Ocidental,
Suméria. Em
Thecheme-Ali, perto de
Teerã; em
Tepe-Sialk, perto de
Kashan; em
Tepe-Mussian, região de
Susa, cacos arcaicos reproduzem filas de mulheres nuas, dando-se as mãos, cabelos ao vento, executando uma dança. Em cilindros-sinetes vêem-se danças no curso dos festins sagrados (tumbas reais de
Ur).
Hamurábi,
Hammurabi (também são usadas as transcrições Hammu-rapi ou Khammurabi), nascido supostamente por volta de 1810 a.C. e falecido em 1750 a.C., foi o sexto rei da primeira dinastia babilônica.
Foi o primeiro grande organizador que consolidou o seu império sobre normas regulares de administração.
Tornou-se famoso por ter mandado compilar o mais antigo código de leis escritas, conhecido como
Código de Hamurabi no qual consolidou uma legislação pré-existente, transcrevendo-a numa
estela de
diorito em três
alfabetos distintos.
A estela do Código de Hamurabi foi encontrada em
Susa em
1901. Nela, além da coleção de cerca de 282 artigos (mais apropriadamente casos de
jurisprudência), pode-se ver a imagem de Hamurabi em frente ao trono do deus
Shamash.
O monumento hoje pode ser admirado no
Museu do Louvre, em
Paris, na sala 3 do
Departamento de Antigüidades Orientais.
23.0. Babilônia
Soldados Americanos em frente da reconstrução das ruinas da Babilônia (2003)
Babilônia ou
Babilónia se refere à capital da antiga Suméria e Acádia, na Mesopotâmia. No moderno Iraque, localiza-se a aproximadamente 80 km ao sul de Bagdád. O nome (Babil ou Babilu em babilônico) significa "Porta de Deus", mas os judeus afirmam que vem do Hebraico Antigo Babel ( בבל ), que significa "confusão". Essa palavra semítica é uma tradução do sumério Kadmirra.
Foi provavelmente fundada por volta de
3800 a.C.. Teve um papel significativo na história da Mesopotâmia. O povo babilônico foi muito avançado para a sua época, demonstrando grandes conhecimentos em arquitetura, agricultura, astronomia e direito. Iniciou sua era de império sob o
amorita Hamurabi, por volta de
1730 a.C., e manteve-se assim por pouco mais de mil anos. Hamurabi foi o primeiro rei conhecido a codificar leis, utilizando no caso, a linguagem cuneiforme, escrevendo suas leis em tábuas de barro cozido, o que perservou muitos destes textos até os dias atuais. Daí, descobriu-se que a cultura babilônica influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas, da hora em 60 minutos e daí por diante.
Assurbanipal foi o rei que mandou criar a biblioteca de tábuas de barro, escritas em linguagem cuneiforme, que, tendo muitas delas sido preservadas até os dias atuais, permitiu aos arqueólogos descobrirem muitos aspectos da vida política, militar e intelectual desta grande civilização. Com esta descoberta, os textos bíblicos puderam ser separados entre o que era fato e o que era mitológico ou simplesmente propaganda ideológica falsa.
Esta descoberta deve-se ao arqueólogo Austen Henry Layard. A "Biblioteca Real" de Assurbanipal consiste de milhares de tabuinhas de barro e fragmentos contendo textos de vários tipos (inscrições reais, crônicas, mitologia, religião, contratos, cartas reais, decretos, documentos administrativos, entre outros) datando do sétimo século A.C. Este tesouro arqueológico foi encontrado em Kuyunjik (onde ficava Nínive, capital da Assíria).
Estes textos agora encontram-se, em grande parte, no Museu Britânico, em Londres.
Após a conquista da Pérsia por
Alexandre Magno, este imperador fez de Babilônia sua capital, sendo depois capital dos Selêucidas, mas a cidade foi completamente destruída pelos partos anos mais tarde. Sobre suas ruínas foi construída a cidade de Ctensifon, capital da Pérsia Sassânida.
Na
cultura hebraica, a Babilônia se tornou um inimigo arquétipo do "povo de Deus". Várias referências à Babilônia ocorrem na
Bíblia. A cidade de Babilónia é tida, biblicamente, como símbolo de soberba e idolatria. No
Novo Testamento, especialmente no livro
Apocalipse, referências à Babilônia são comumente interpretadas por algumas religiões cristãs como referências a
Roma, como metáfora do poder do
Império Romano. Outras denominações cristãs, fazem outras leituras.
24.0. Médio Oriente
Mapa do Médio Oriente
Localização no mundo
O
Médio OrientePE ou Oriente MédioPB (em árabe, Mashrek) é um termo que se refere a uma área geográfica à volta das partes leste e sul do Mar Mediterrâneo, conhecida como barril de pólvora pelo complexo e explosivo clima político da região, um território que se estende desde o leste do Mediterrâneo até ao Golfo Pérsico. O Médio Oriente é uma sub-região da África-Eurásia (partes da Turquia estão na Europa, e o país é considerado por alguns como parte da última), sobretudo da Ásia, e partes da África Setentrional.
24.1. Fronteiras
O termo Oriente Médio define uma área de forma pouco específica, sem definição de fronteiras precisas. Geralmente considera-se incluir:
Iraque
República do Iraque
Al-Jumhuriyah Al-Iraqiyah
جمهوريّة العراق
25.0. Iraque:
Conquistada por persas, gregos e romanos a Mesopotâmia se torna o centro de um vasto império árabe no século VII. Um século depois, a "Dinastia dos Abbas" decidiu mudar a capital de
Damasco para o leste, e o califa Mansur construiu a nova capital
Bagdá, nas margens do
Rio Tigre. Durante três séculos, a cidade das "Mil e uma Noites" foi o centro de uma nova cultura.
O Iraque nasceu de uma "costura mal-feita" no fim da I Guerra. O primeiro ministro inglês da época pensou em apenas reduzir os gastos militares do Reino Unido em suas colônias. Disto, ele criou o país Iraque para otimizar custos, ao contrário que seria se tivesse feito outros países na região. Os iraquianos são árabes em sua maioria, no norte há uma importante minoria curda (20%). A religião é majoritariamente islâmica, a maioria dos muçulmanos xiitas (62% da população) habita o sul do país. No centro, predominam os árabes sunitas, que compartilham sua opção religiosa com os curdos do norte (os sunitas totalizam 65% da população). O árabe é oficial e predominante, já no Curdistão, o árabe é ensinado como segunda língua depois do curdo. os partidos políticos no Iraque são: Partido Baath Árabe e Socialista, no governo desde 1968; Partido Democrático do Curdistão; União Patriótica do Curdistão. A Federação Geral dos Sindicatos é a única central operária do país.
25.1. Política
Atualmente vive em clima de conflito armado entre forças do governo e grupos contra o regime imposto pelo Estados Unidos.
Após viver por três décadas sob regime do ditador Saddam Hussein (morto na forca), o Iraque sofreu uma intervenção militar por parte dos
Estados Unidos apoiado por alguns países da
OTAN...
Para eternizar seu nome, Saddam gastou 2,5 bilhões de dólares por ano desde 1991 erguendo meia centena de palácios em vários pontos do país. Logo surgiu a suspeita de que funcionavam como esconderijos para as armas-químicas e biológicas que os americanos dizem existir no Iraque. os palácios têm arcos em estilo neo-islâmico, paredes de mármore, jardins monumentais, cascatas e piscinas - a água é um símbolo de poder em países desérticos como o Iraque. O ditador também gastou uma fortuna para atrelar sua imagem no Islã. Nenhum líder árabe, desde o século XIII, construiu tantas mesquitas quanto ele.
Fidel Castro disse: "O objetivo principal é preciso dizer sinceramente, foi a conquista de uma matéria-prima essencial que se chama petróleo". Ainda afirmou que, "os argumentos que os Estados Unidos usaram para invadir o Iraque não são válidos: acusaram o governo de ter armas de destruição em massa e, no entanto, os norte-americanos têm o monopólio dessas armas". "O mundo se opôs, mais de 90% dos espanhóis, a maioria dos europeus, em todas as partes do mundo se opôs. Essa é a lei da selva e a lei do mais forte".
Quanto a Saddam, disse que o ex-presidente iraquiano realmente cometeu erros e que o alertou, em diversas ocasiões, para que saísse do Kuwait, após a invasão do país, em 1990. "Nós nos esforçamos muito para convencê-lo a se retirar", afirmou. Fidel frisou, no entanto, que os erros do ex-ditador não justificam a ação liderada pelos Estados Unidos.
25.2. Economia
Dois dos principais produtos exportados são o
petróleo e as
tâmaras. Mas após os
atentados de 11 de setembro de 2001, o país deixou de exportar 80% de sua produção de tâmara devido ao bloqueio econômico internacional. A economia do Iraque ficou arruinada por uma década de sanções econômicas internacionais. Estima-se que a recuperação da indústria de petróleo do Iraque, que está em frangalhos, levará três anos, a um custo mínimo de 5 bilhões de dólares. A maioria da população depende totalmente das cestas básicas distribuídas pelo governo. A
ONU calcula que a guerra irá criar mais de 1 milhão de
refugiados, que precisarão ser abrigados e alimentados pelo exército de ocupação.
25.3. Subdivisões
A política de subdivisões do Iraque consiste em províncias, que totalizam vinte e uma.
25.4. Geografia
A maior parte do país é desértica, porém as regiões do Rios
Tigre e
Eufrates são férteis, propiciando a agricultura. A capital
Bagdá situa-se no centro do país às margens do Tigre.
25.5. Demografia
A segunda maior cidade do Iraque é
Baçorá.
O Islã teve uma grande importância na língua e na literatura. Com o avanço do Islã, a língua árabe, se expandiu devido ao fato do Alcorão ser neste idioma. O
Islamismo se expandiu tanto que a peregrinação a Meca aumentou significativamente, a ponto do governo saudita estabelecer cotas de peregrinos dos países muçulmanos. Apenas um em cada 1000 fiéis da população destes países podem ir a
Meca, as restrições atingiram os próprios
sauditas, uma nova lei só permite a peregrinação a cada 5 anos.
A arte islâmica surgiu no
califado omíada, baseando-se numa aliança insparavél do espiritual e temporal, a ausência de tradição fez com que o Islã se inspirasse nos povos dominados. O Islã adaptava a cultura dos povos dominados a sua realidade e seus valores. A arte do Islã é solidificada no califado
abássida e é classificada como clássica.
Na área intelectual do Islã as principais bases são as ciências tradicionais divididas em dois grupos: religiosa e auxiliares. Os árabes mesmo antes do surgimento do Islamismo já se comunicavam com outros povos, e os
sírios cristãos já haviam traduzido para a língua síria obras científicas e filosóficas gregas principalmente aristotélicas e neoplatônicas.
Os povos do
Oriente, entraram em contato com a cultura
helênica, devido às imigrações dos sábios, que foi fruto das discórdias religiosas que estavam ocorrendo em
Bizâncio. E como o Oriente estava ávido de cultura, recolheu rapidamente estes sábios, de algum modo à recepção do legado grego possibilitou a cultura árabe atingir sua maturidade.
"O progresso da ciência vai intensificar as crenças. Quanto mais rápidas forem as transformações da sociedade, mais as pessoas pedem apoio, que pode estar na religiosidade". SOBEL, Henry. Rabino da Congregação Israelita Paulista.
Na ciência, o Islamismo teve grande influencia porque a partir daí, passou a se preocupar não só com o ambiente físico do homem, mas envolveu uma análise penetrante do homem como um ser espiritual e da sociedade em que ele vivia. De tal forma que se expandiu sua fama, todos no
Ocidente, que ansiavam por maior esclarecimento se voltaram para o Islã, onde florescia o espírito da indagação.
A ciência árabe não deve ser desvinculada do que determina, a fé islâmica, a pesquisa científica é exaltada no
Alcorão, encorajando o crente a aprender juntos aqueles que não compartilham a fé muçulmana. O califa
Al Mamum (
811 -
813), instalou em Bagdá (
832) um centro de estudo e de tradução, como A Casa da Sabedoria ou da Ciência, e que foi considerada como um marco na cultura do Islã, e isto ocorreu devido ao interesse dos governantes em colecionar documentos e obras de valor, isso foi prática utilizada desde o início do Islã.
25.6. Política do Iraque
O
Iraque após três décadas de regime autoritário do governante Saddam Hussein, sofreu uma intervenção militar dos Estados Unidos, apoiada pela Inglaterra, Itália e Espanha (que posteriormente retiraria suas tropas) sob a justificativa de destruir "armas de destruição em massa". O país encontra-se em uma situação de guerra crônica entre a resistência em suas diversas matizes e as tropas de ocupação americanas. O governo eleito em Março de 2005 é parte de um novo sistema parlamentarista elaborado pelos americanos mas a impossibilidade de se conciliar os interesses do país com o controle que exercem as tropas de ocupação sobre as riquezas locais tem inviabilizado a sua consolidação, apesar da participação de xiitas, curdos e sunitas as principais etnias iraquianas.
O
Iraque vive hoje um clima de violência marcado pela ação de insurgentes contra as forças de ocupação e mesmo das forças americanas contra os suspeitos, como o caso de prisão de Abu Graihb, em que iraquianos eram humilhados por soldados norte-americanos. Não se sabe hoje o que será do Iraque no futuro: se um país "democrático" alinhado com os EUA, ou se mergulhará na guerra civil após a saída das forças de ocupação, com a possibilidade de ocorrer um processo de "iranianização" do Iraque, com possibilidade de ocorrência de uma Revolução Islâmica tal qual no país vizinho.
25.7. Economia do Iraque
Historicamente, a
economia iraquiana sempre dependeu de suas exportações de petróleo, que possui em abundância.
Uma nota antiga de 50 dinares
Em
2005, quando da
democratização do país, o novo governo faz planos para reduzir a dependência de seu "ouro negro", atraindo investidores estrangeiros principalmente, num primeiro momento, para a reconstrução do
Iraque, como conseqüência da derrubada de
Saddam Hussein por países liderados pelos
EUA, como a
Inglaterra,
Itália e
Japão.
25.8. CONCEITO FILOSÓFICO
O sentido filosófico é às vezes equívoco e ambíguo, tendo um conceito muitas vezes impreciso. A atividade do homem é muito ampla, rica em manifestações e singularidades.
Nesse sentido, o trabalho pode ser entendido como castigo e também como privilégio, instrumento de transformação útil das riquezas ou ainda como fator de redenção humana.
Assim, em sentido filosófico, o "trabalho é toda atividade realizada em proveito do homem. É todo empenho de energia humana voltado para acudir a realização de um fim de interesse do homem".
25.9. CONCEITO JURÍDICO
Para o Direito, o trabalho precisa ter um conteúdo lícito, deve ser valorável e socialmente proveitoso. Não precisa ser necessariamente produtivo.
O Direito do Trabalho apenas se ocupa do trabalho subordinado, dependente, aquele em que alguém coloca suas energias em favor de outra pessoa, trabalhando sob as ordens dela. Temos assim que trabalho "é toda atividade humana lícita que, sob dependência de outrem, é realizada com intuito de ganho".
O conceito jurídico de trabalho supõe que este se apresente como objeto de uma prestação devida ou realizada por um sujeito em favor de outro. Isso ocorre quando uma atividade humana é desenvolvida por uma pessoa física, essa atividade é destinada à criação de um bem materialmente avaliável, quando surgir de relação por meio da qual um sujeito presta, ou se obriga a prestar, pela própria força de trabalho em favor de outro sujeito, em troca de uma retribuição.
O Direito do Trabalho pode ser definido sob três critérios: objetivista, que leva em conta o seu objetivo, isto é, a relação de trabalho; subjetivista, que considera os sujeitos dessa relação; misto, que combina os primeiros critérios. Por serem os dois primeiros incompletos e insuficientes, apesar de não serem errôneos, compreende-se como Direito do Trabalho o conjunto de princípios e de normas que regulam as relações jurídicas oriundas da prestação de serviço subordinado e outros aspectos deste último, como conseqüência da situação econômico-social das pessoas que o exercem.
25.9.1.O trabalho na Antigüidade remota: fases arqueológicas, egípcios
Há grande dificuldade de se impor uma causa primeira e única para explicar as origens do direito arcaico, devido ao amplo quadro de hipóteses possíveis e proposições explicativas distintas.
A sociedade pré-histórica fundamenta-se no princípio do parentesco, assim, é natural que se considere que a base geradora do jurídico encontra-se primeiramente nos laços de consangüinidade, nas práticas de convívio familiar de um mesmo grupo social, unido por crenças e tradições. Nasceu espontânea e inteiramente nos antigos princípios que constituíram a família, derivando das crenças religiosas universalmente aceitas na idade primitiva desses povos e exercendo domínio sobre as inteligências e sobre as vontades.
Posteriormente, num tempo em que inexistiam legislações escritas, as práticas primárias de controle são transmitidas oralmente, marcadas por revelações sagradas e divinas. O receio da vingança dos deuses, pelo desrespeito aos seus ditames, fazia com que o direito fosse respeitado religiosamente.
25.9.2 FASES ARQUEOLÓGICAS
O homem sempre trabalhou para obter seus alimentos. Desenvolvia o seu trabalho de forma primitiva, com instrumentos de trabalho rudimentares, objetivando apenas a satisfação de suas necessidades imediatas para sobreviver, sem o intento de acúmulo. Ele caça, pesca e luta contra o meio físico, contra os animais e contra os seus semelhantes. Era, portanto, uma economia apropriativa.
Quando começou a sentir a necessidade de se defender dos animais e de outros homens, iniciou-se na fabricação de armas e instrumentos de defesa. Mais tarde aperfeiçoa as armas de caça e pesca, cria novos instrumentos de trabalho, ferramentas de produção.
Posteriormente, o homem descobre formas de polir seus instrumentos de trabalho e luta. Dessa forma, houve uma organização social e certa divisão de trabalho.
No momento em que o homem desenvolve os utensílios, fica acima dos outros animais, a partir de um instrumento novo. Já era possível obter abastecimento para dias. No período paleolítico, passa a lascar pedras para fabricar lanças e machados, criando, assim, sua primeira atividade industrial. Dessa forma, restava tempo para o lazer. Passa o homem a domesticar animais.
O trabalho consistia em uma simples cooperação. Não havia divisão de trabalho. Até então, o homem e sua família trabalhavam para o seu próprio sustento. A população se dispersava em pequenos agrupamentos. Trabalhavam conjuntamente, visto que o homem não dominava tecnicamente a natureza, e a cooperação era essencial, uma questão de sobrevivência. Assim, foi organizada uma divisão de trabalho por sexo: os homens dedicavam-se ao trabalho de maior risco, enquanto as mulheres colhiam os frutos (espontâneos) da natureza.
O homem não mais se contentava em colher os frutos espontâneos da natureza, e passou a controlar as leis naturais. Domestica, então, outros animais, agregando aos seus hábitos o pastoreio e a prática da agricultura. O homem, que era nômade, torna-se sedentário, principalmente por causa da agricultura, que fixou a vida humana.
Há maior densidade do grupo social, com organização de comunidades, inclusive com hierarquização. Surge então o chefe, na figura do patriarca. Este se torna chefe e uma espécie de líder militar nos períodos de guerra.
Finalmente, surge para o homem a Era dos Metais e a economia transformativa, havendo a complexidade na elaboração dos produtos econômicos. Inventou-se a roda. A fusão de metais já não era mais segredo. A humanidade agora caminha rumo à civilização. As relações se tornam mais complexas, surgindo a necessidade de regras e leis de regulamentação. Conclui-se, assim, a fase arqueológica, fazendo surgir as primeiras civilizações.
26.0. O TRABALHO ENTRE OS EGÍPCIOS
Há indícios da existência da vida humana no Egito já na Era Neolítica, em 5.500 a.C. Os primeiros textos em hieróglifos surgem no período entre 3.100 a 3.000 a.C.
No Egito, a urbanização se dá de forma gradual, concomitante à unificação dos povos do Sul e Norte (Baixo e Alto Egito), o que resultou na formação das cidades entre 3.100 e 2.890 a.C.
O povo egípcio da antigüidade era predominantemente dedicado à agricultura, visto que dispunha de condições geográficas vantajosas. O Egito é banhado pelo rio Nilo (as civilizações egípcias se formaram em torno do rio Nilo), que proporcionava a fertilidade do solo, tornando-o propício à agricultura, bem como à navegação fluvial, essencial para o transporte de mercadorias e sofisticação do comércio. Foram realizadas grandes obras de irrigação e construídos açudes e diques. Os períodos de cheia e recuo das águas do Nilo são previsíveis e estáveis.
Todos esses fatores contribuem para um crescimento mais acelerado da população, bem como um maior desenvolvimento político e econômico.
Ao Estado cumpria a direção e a regulamentação do trabalho rural do país, que era feito por escravos, servos da gleba e trabalhadores livres, todos obrigados, quando necessário, à prestação de serviços em obras públicas. A manufatura constituía também um ramo econômico de grande importância.
O Egito era rico em vários materiais (ouro, cobre, sílex, ametista, marfim e granito para a construção). A madeira era importada do Líbano. O comércio era feito à base de trocas, sem a utilização de moedas, o chamado escambo.
Foram realizadas também atividades de importância, como a fabricação de tecidos e a construção de navios, também controlados pelo Estado.
É aceita a idéia de ter havido também grupos profissionais de artesãos, onde os ofícios eram passados de pai para filho.
Os sumérios usavam nas suas construções um tipo de concreto armado, misturando a argila úmida dos seus tijolos para lhes fornecerem força tensil e durabilidade. Construíam os seus arranha-céus, usando vãos em arco. A Suméria promoveu a Idade dos Metais com a invenção de fornalhas com grandes temperaturas controláveis. Seus artífices trabalhavam as suas jóias, o ouro, o cobre e compostos de prata há 6000 anos.
Foram grandes metalúrgicos. Ligando o cobre com metais inferiores, produziam o bronze. Floresceu a Idade do Bronze. Com o comércio, surgiram os bancos e o primeiro dinheiro - shekel - de prata. Rica em combustíveis (A Suméria é hoje o Iraque), usavam o betume os asfaltos. R. J. Forbes escreveu um livro sobre o assunto: "Bitumen and Petroleum in Antiquity". No ano de 3500 a.C. os sumérios praticavam a esmaltagem e produziam tintas. O uso dos petrolíferos foi amplo, também, nas construções, nas estradas e na calafetagem. Os arqueólogos encontraram todas estas evidências em Ur, a cidade de Abraão. A palavra NAFTA, para petróleo, deriva do sumério NAPARU - Pedras que cintilam -. Com a sua química avançada, os sumérios produziram pedras semi- preciosas artificiais e um substituto para o lápis-lázuli, a pedra preferida da deusa Inanna.
Artes e literatura
Os cantores estavam em greve por salários maiores.
A sua literatura contém poemas épicos, como o do semi-deus herói Gilgamesh, a Epópéia da Criação e várias páginas de grande fôlego, beleza e emoção . A Suméria cultivou as artes com esmero, produziu instrumentos musicais e as bases da música, tal como a conhecemos hoje em dia no Ocidente. Adrian Wagner, tetraneto de Wolfgang Wagner, o grande compositor, criou a sua obra "Holy Blood Holy Grail" com a base da música suméria.
Em 1956 o prof. Samuel Kramer, um dos maiores dentre os sumeriologistas ou assiriologistas, escreveu o legado literário e histórico da Suméria em seu livro - Das Barras da Suméria - (From the Tablets of Summer) encontradas sob os montes da Suméria. São 25 capítulos, cada um deles aborda uma conquista sumeriana: escolas, o primeiro congresso com duas assembléias, o primeiro historiador Entemena, rei de Lagash, a primeira farmacopéia, o primeiro almanaque do agricultor, a primeira cosmogonia e cosmologia, o primeiro Jó, provérbios e ditos, os primeiros debates literários, o primeiro Noé, o primeiro catálogo de biblioteca a Primeira "Idade Heróica do Homem"
Antes de Hamurabi - 1900 a.C. - Com a descoberta da Suméria, descobriu-se que o Primeiro Sistema de Leis, conceitos e ordem social e justiça administrativa pertenciam à Suméria e não à Assíria e Babilônia, descobertas antes das escavações arqueológicas na região onde floresceu a Suméria. Há, também, o código de Lipit-Ishtar, promulgado por um governante de Isin, composto por 38 leis - legíveis na Barra parcialmente conservada e na sua cópia gravada em uma estela de pedra. Os códigos (como o Código de Hamurabi também ostenta), nos deixaram a mesma explicação enigmática: - o código agia segundo as instruções dos "grandes deuses" que ordenaram que se "trouxesse o bem estar aos sumérios e aos acádios". Há mais um recuo no tempo - 2350 a.C. - Urnammu, governante de Ur, assina leis decretadas por NANNAR, um "deus", leis que puniam ladrões de gado, cabras e ovelhas!
Joseph Campbell - The Mask of God - (As Máscaras de Deus).
Capítulo 3
Artes e Ciências na Mesopotâmia
Por: Fernanda Cristina Pereira
1 – Hamurábi, rei da Babilônia.
A figura mais destacada de princípios do segundo milênio a.C foi Hamurábi, o rei da Babilônia que reinou entre 1792 e 1750 a.C. Paciente, mas ambicioso; cauteloso, mas resoluto, criou um império que, apesar de sua curta vida, transformou a perspectiva histórica da Macedônia. A Babilônia converteu-se em centro político, cultural e religioso. Segundo os nomes dos anos de Hamurabi, capturou Uruk e Isin em 1787 a.C. e lutou contra Rapiqum e Malgium em 1784 a.C. Um contrato datado de 1783 faz pensar que naquele tempo Hamurábi era vassalo de Shamsi-Adad.
De acordo com a sua cronologia, durante os vinte anos seguintes Hamurábi dedicou-se a construir templos e canais, mas no vigésimo nono ano do seu reinado afirma ter vencido uma coligação de Elam, Surbatu, Gutium, Eshnunna e Malgium. No ano seguinte, em 1763 a.C., conquistou Larsa com a ajuda de Mari e Eshnunna,o reinado de Rim-Sim I. Dois anos depois derrotou Mari e destruiu-a em 1757.
Em 1755 capturou Eshnunna desviando as águas da cidade, apoderando-se assim da sua ultima rival na Mesopotâmia. No prólogo do seu código, Hamurabi enumera os deuses e as cidades que o apoiaram, de Mari e Tuttul, no oeste, a Assur e Nínive, nas margens do Tigre, e Ur, Eridu e Girsu, no sul.
2 – Estela de Hamurabi
Consiste em um monumento talhado em dura pedra negra e cilíndrica de diorito. O tronco de pedra possui 2,25m de altura, 1,60m de circunferência na parte superior e 1,90m na base. Toda a superfície dessa “estela[IX]” cilíndrica de diorito está coberta por denso texto cuneiforme, de escrita acádica. Em um alto-relevo retrata-se a figura de “Khammu-rabi” recebendo a insígnia do reinado e da justiça de Shamash, deus dos oráculos. O código apresenta, dispostas em 46 colunas de 3.600 linhas, a jurisprudência de seu tempo, um agrupamento de disposições casuísticas, de ordem civil, penal e administrativa. Mesmo havendo sido formulado a cerca de 4000 anos a. C., o Código de Hamurabi apresenta algumas tentativas primeiras de garantias dos direitos humanos.
3 – Mar Morto
As esculturas de sal fazem do mar morto um dos locais mais impressionantes do planeta, movimentos da crosta terrestre formaram a depressão logo preenchida pelo Mar Mediterrâneo que avançava pelo continente localizado na mais profunda depressão da Terra a 396 m abaixo do nível do mar, ele detêm ainda o recorde de possuir as águas mais salgadas do mundo, embora nenhum peixe sobreviva no ambiente onde a salinidade chega a 35% dez vezes mais do que o oceano.
O mar morto abriga um bactéria que só vive em locais com alta concentração de sal, o mar morto tem cerca de 2 milhões de anos e trata-se de um grande lago que não tem por onde escoar a água que recebe do Rio Jordão, alem da geografia singular, o mar morto tem importância histórica, no lado jordaniano ficam os Castelos de Al-Karak, construídos pelos cruzados e a Fortaleza de Macheronte, onde o profeta João Batista teria sido decaptado. E ao lado Israelense 334 m de altura, ergue-se a Fortaleza de Massada, último refugio judaico no séc. I diante da dominação romana.
A alta concentração de sal torna as águas do mar morto tão densa, que é impossível afundar em condições normais.
4 – Manuscritos do Mar Morto
Numa manhã de inverno de 1946-1947, três pastores beduínos (nômades do deserto) da tribo Ta’amireh, que estavam com seu rebanho ali, quando à procura de algumas cabras, percebe duas aberturas na rocha. Dois dias após entrou na caverna, encontrando uma série de jarros. Assim começaram a ser encontrados os manuscritos.
Os trabalhos de escavações iniciaram em 15 de fevereiro de 1949 e terminou em 21 de março de 1958. Onze grutas, seis escavadas no flanco do terraço e cinco na base da falésia.
O primeiro manuscrito do Mar Morto foi encontrado no Cairo, Egito. Foi recuperado em 1897 numa guenizáh, local em uma sinagoga onde se guardam cópias de textos sagrados em desuso. O Documento de Damasco (ou Fragmentos Zadoqueus). A obra é dividida em uma Exortação e uma lista de Estatutos. Foi escrito por volta de 10 a.C..
Os manuscritos bíblicos encontrados em Qumran abrangem toda Bíblia hebraica, exceto o livro de Ester e, são aproximadamente mil anos mais antigos do que o mais velho códice.
Um dos primeiros manuscritos retirados das grutas próximas ao sítio de Qumran foi a Regra da Comunidade. Este documento de onze colunas apresenta poucas lacunas e está em bom estado de conservação.
A comunidade do Mar Morto (ou Qumran) foi estabelecida ali no século II a.C., que sobreviveu por cerca de dois séculos ou mais.
A maioria dos manuscritos está em pergaminho, o restante em papiro.
Além dos manuscritos hebraicos, foram encontrados gregos e aramaicos. Os gregos são fragmentos de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Há fragmentos dos Targuns de Levítico e Jó.
Os manuscritos concordam com o texto massorético e, indicam a existência de “protomassoréticos” entre os séculos I-III a.C..
5 – Os Escritos
5.1 – O Preceito da Comunidade (1QS)
Descoberto na caverna 1, as onze colunas deste manuscrito, relativamente bem conservadas, foi publicado pela 1ª vez em 1951. Importantes fragmentos de outros manuscritos do Preceito, contendo algumas versões diferentes, também forma encontrados nas cavernas IV e V.
O manuscrito principal leva a marca da modificação editorial. Principalmente a seção que abrange as colunas VIII-IX foi submetida a alteração e é consideravelmente resumida em um dos manuscritos fragmentários.
O Preceito da Comunidade é provavelmente um dos documentos mais antigos da comunidade; sua composição original pode datar de 100 a.C..
Contém trechos de cerimônias litúrgicas, estatutos referentes a iniciação no grupo, à vida comum, organização e disciplina, um código penal e uma dissertação poética sobre os deveres fundamentais do Mestre e seus discípulos.
5.2 – Preceito de Damasco (CD)
Fragmentos extensos fora recuperados de três cavernas de Qumrã. Duas cópias incompletas deste documento foram encontradas em 1896-7, em meio a uma grande quantidade de manuscritos jogados num depósito (guenizá) de uma velha sinagoga do Cairo, Egito.
Datando do século X e XII respectivamente, os manuscritos encontrados no Cairo.
O titulo Preceito de Damasco deriva das referências na Exortação à “Nova Aliança” feita na terra de Damasco. É sugerido que este documento tenha sido escrito por volta de 10 a.C..
5.3 – O Preceito da Guerra (1QM, 4QM)
Este manuscrito da caverna 1 apareceu pela primeira vez em 1954, com as dezenove colunas muito mutiladas.
Muitos fragmentos de mais seis manuscritos foram descobertos na caverna 4 e publicados em 1982. Alguns deles refletem basicamente o texto da caverna 1.
Trata-se de um escrito teológico, e a guerra mencionada simboliza a luta eterna entre os espíritos da Luz e das Trevas.
A data de sua composição deve ser situada provavelmente nas últimas décadas do primeiro século a.C., ou no início do primeiro século d.C..
5.4 – Pergaminho do Templo (11QT)
Descoberto em 1956 na caverna 11, este documento só emergiu semi-clandestinamente durante a “Guerra dos Seis Dias”, em junho de 1969.
Este é o manuscrito mais longo de Qumran, com mais de oito metros e meio de comprimento. Existem fragmentos deste documento nas cavernas 4 e 11. Na sua forma original consistiu de sessenta e sete colunas.
A maior parte do Pergaminho trata do Templo, edifício e mobília., cultos, especialmente os sacrifícios nos sábados e festas.
A maior parte da legislação depende direta ou indiretamente de Levítico, Êxodo, e especialmente de Deuteronômio.
Pode ser datado no II a.C., dizem que fragmentos não publicados da caverna 4 podem ser datados da metade do século III a.C..
5.5 – 4Q181
O primeiro fragmento de um documento da caverna 4 que seu editor deixou sem título. Descreve de modo semelhante ao Preceito da Comunidade, os respectivos destinos dos amaldiçoados e dos escolhidos.
5.6 – Hinos de Ação de Graças (1QH)
Este manuscrito sofreu bastante com a deterioração. Foi contado vinte e cinco composições semelhantes aos Salmos bíblicos. Os dois temas fundamentais são salvação e conhecimento.
Com relação a data, o máximo que se pode dizer que esta coleção atingiu sua forma definitiva durante o último século pré-cristão.
5.7 – Manuscritos dos Salmos (11QPsa)
Encontrado na caverna 11, incompleto, contém seis poemas não canônicos, intercalados entre os Salmos canônicos.
Os próprios salmos pertencem provavelmente ao século II a.C. no máximo, mas podem ser também do século III a.C..
5.8 – As Palavras das Luzes Celestes (4Q504)
Preservadas em três manuscritos fragmentados da caverna 4. São orações para os dias da semana, repletas de reminiscências bíblicas.
É datado dos meados do século II a.C..
5.9 – O Pergaminho de Cobre 3Q15
Descoberto em 1952. Devido a sua oxidação, foi necessário cortá-lo em 23 tiras, após minuciosa preparação. Foi constatado que se tratava de 3 folhas de cobre, cada uma medindo 30 por 80 centímetros, duas das quais tinham ainda seus lados unidos por rebites, constituindo o maior dos dois rolos. Parece que os dois rolos deviam estar primitivamente fixados um ao outro por essas duas extremidades. O pergaminho é feito de um cobre de extraordinária pureza, com cerca de 1% apenas de estanho.
O texto gravado, em caracteres hebraicos quadrados, sobre essa tira de cobre, que tem, no total, um comprimento de 2,40 metros. Estava ali uma lista de sessenta e quatro locais de tesourosocultos. Não tem introdução, nem ornamentos, apenas enumera umapós outro, normalmente começando com uma frase preposicional, seguida de uma das localizações, depois a quantidade dos objetos de valor é informada. A maior parte do material oculto constitui-se de ouro e prata. As quantidades são grandes, sendo medidas em termos de talentos.
Entre as muitas peculiaridades do chamado “Pergaminho de Cobre”, é a existência de grupos de duas ou três letras gregas que se seguem a sete dos lugares. Tais grupos, KeN, XAG, HN, Qe, DI, TP e SK, não são palavras ou abreviações conhecidas
5.10 – Kittim
Ligado ao final da história de Qumran, temos os Kittim, que trataremos resumidamente. O termo Kittim em sua origem descreve os habitantes de Kition, uma colônia fenícia em Chipre. Josefo já diz que são os que viviam em todas ilhas e a maioria dos países marítimos. Já em 1º Macabeus o autor identifica-os com os Macedônios. Sua identificação está baseada na suposição que a Pérsia é identificada com o reino Assírio. Tendo aAssíria conquistado a Pérsia.
Outra idenficação que é feita, está no livro de Daniel, onde os Kittim poderiam ser identificado com os Romanos (Daniel 11:29-30). O autor do livro dos Jubileus parece identificá-los com o povo que viveu na área da Grécia.
Os Kittim são mencionados em sete rolos dos manuscritos do Mar Morto (Qumran), seis são escritos sectários. No Rolo ou Preceito da Guerra, são descritos como o maiorinimigo da comunidade, sendo mencionados oito vez em 1QM. No Comentário de Habaquq , o posicionamento é neutro.
Geza Vermes ressalta que o Comentário de Habaquq , o comentarista diz : “isto significa que eles fazem sacrifícios a seus estandartes e adoram suas armas de guerra” (1Qp Hab. Vi,3-5). Segundo Vermes este costume de adorar os signa era característico da religião dos exércitos romanos, como confirma Josefo em seu relato da tomada do Templo de Jerusalém por Tito em 70 d.C.
No Pesher de Isaías, os Kittim são mencionados somente na interpretação de Isaías 10: 33-34. No Pesher de Isaías (10:28-34) narra o caminho que o inimigo marchado nordeste para Jerusalém conquistando varias vilas. Quando o inimigo já muito próximo de Jerusalém, Deus esmagará ele e Jerusalém será redimida. No Pesher de Isaías 10, na coluna 2 linha 27 lemos: ‘quando ele vier do Vale do Acco lutar em Fil[istia]’. O inimigo avançará em Jerusalém vindo do nordeste. A redenção de Jerusalém teria sido explicada como ato divino. Neste Pesher podemos identificar os Kittim com reino Helenístico.
Em 1º Macabeus, 4Q247, Rolo da Guerra e o Pesher de Isaías, podemos identificá-los como reinos Helenísticos.
5.11 – A Comunidade
A composição da Comunidade segundo a Regra da Comunidade (1QS VIII): “ Segundo o programa da Comunidade (haverá) doze homens e três sarcedotes perfeitos em toda revelação em dependência de toda Lei, (destinada) a praticar a verdade, justiça, direito, amor benevolente e modéstia de conduta, cada um para com seu próximo, a conservar a fidelidade no país, com firme disposição e espírito constrito, e a expiar a iniqüidade, praticando o direito e (suportando) angústia da purificação pelo fogo (fornalha), e a caminhar com todos em atitude de verdade e segundoa divisão do tempo”.
Este é o resto fiel que obedece à Lei de Moisés e a todas as revelações particulares a Levi e a seus descendentes. Em semelhante projeto existe contestação das instituições religiosas de Jerusalém (templo, expiações, recusa do novo calendário litúrgico).
A nova Comunidade constituirá o verdadeiro templo, no qual poderá desenvolver uma liturgia segundo a vontade divina. Viver nessa Comunidade implicará, comportar-se sempre em perfeito estado de pureza como no Templo ou até como no Santo dos Santos do Templo.
Os três objetivos do grupo são: estabelecer a aliança segundo os decretos eternos, expiar em favor do país e dar aos maus sua retribuição.
A Comunidade de Qumran foi solidamente estabelecida ali no século II a.C. que sobreviveu por cerca de dois séculos ou mais.
A Comunidade, os sacerdotes eram descritos como “filhos de Sadok”, um sumo sacerdote do tempo de David.
O ingresso na Comunidade se dava conforme consta na Regra da Comunidade (1QS VI): “Todo homem nascido em Israel, que livremente pleiteieo ingresso no Conselho da Comunidade, será examinado pelo Guardião à frente da Congregação quanto a seu entendimento e a seus atos. Se ele estiver apto para a disciplina, será admitido na Aliança para que possa ser convertido à verdade e deixar toda a falsidade. E ele (o Guardião) o instruirá em todas as regras da Comunidade. E mais tarde quando (o postulante) se postar diante da Congregação, todos deliberarão sobre seu pleito, e conforme a decisão do Conselho da Congregaçãoele ingressará ou será dispensado.”
A cerimônia de admissão é marcada pelo compromisso do postulante, que o obriga a converter-se a Lei de Moisés, com as interpretações dada pela Comunidade, conforme diz a Regra da Comunidade (1QS V).
6 – Abul Simbel
Quase 2 mil anos após a construção da pirâmide de Queops, a terra dos faraós continuava sendo cenário de obras colossais. Encravado em uma imensa rocha, na direção do nascer do sol, o Templo de Ramses II em Abul Simbel fascina pala grandeza e originalidade, ao contemplar as quatro estatuas de Ramses II na fachada de seu templo em Abu Simbel , não resta duvida de que ele foi o mais poderoso faraó do Egito encravado na montanha o santuário era dedicado aos deuses Amom-Rá, Harmakis e Ptah e ao próprio Ramsés.
O ponto alto era o milagre do sol durante o equinócio da primavera e o outono respectivamente dias 21 de março e 21 de setembro quando dia e noite tem exatamente a mesma duração. Nesses dias, um raio de Sol atravessava os 65 metros que separavam o santuário do exterior iluminando Amom-Rá e Harmakis.
Cerca de 100 m diante de Ramsés, ergueu-se um templo menor dedicado a deusa Hathor em homenagem a rainha Nefertare, no interior do templo grandes estatuas guardam o corredor de Ramsés II que desemboca no santuário de deuses de faraós.
Durante os quase 70 anos de seu governo, Ramsés II conquistou a Palestina, a Líbia, a Síria e a Fenícia, atual Líbano, Abu Simbel, situa-se ao sul do Egito.
Ao desafio de construir o templo na rocha em 1270 a. C., iguala-se o de salva-lo do represamento do Rio Nilo 3000 anos mais tarde, devido à represa de Assua. A operação de salvamento começou no dia 21 de maio de 1965 sob a coordenação da UNESCO. A rocha foi removida, os monumentos cortados e remontados a 90 metros diante de uma elevação do terreno, a remontagem dos templos consumiu 33 toneladas de resina injetada em 17 mil buracos abertos na pedra para consolidar sua estrutura, o conjunto foi remontado em 2 montanhas artificiais de concreto armado. Em 1968, a obra estava terminada. Faltava apenas o milagre do Sol, que voltou a acontecer normalmente a partir de 1969.
7 – Jardins Suspensos da Babilônia
Houve um tempo e um lugar que a paixão de um rei por sua esposa transformou a monótona planície em um paraíso ajardinado. O mais antigo monumento ao amor, chama-se Jardins Suspensos da Babilônia e é um verdadeiro poema feito de árvores e tijolos.
Embora contado pelos poetas, o amor parece não seduzir os arquitetos que sempre se esmeram em erguer templos e castelos. Os Jardins Suspensos da Babilônia são uma das poucas obras na historia da humanidade que não foi concebida para louvar os poderosos do céu e da terra, mas para fazer feliz a pessoa amada. O responsável por sua construção foi o rei Nabucodonosor II, que no séc. V a . C. o idealizou como um presente para a rainha Amytis. Este rei governou a Babilônia entre 604 a . C. e 561 a . C. Construiu grandes obras publicas e conquistou a Fenícia, a Síria e a Palestina. A soberana nascida e criada entre as montanhas do Irã, entristecia-se diante da paisagem mesopotamica plana e despida de vegetação. A solução encontrada pelo rei, foi um jardim em vários níveis, para que sua bem amada matasse as saudades da terra natal, não há vetígios dos jardins suspensos, acredita-se que ele tinha 5 andares. Os terraços de 7 metros, onde foram semeados parreiras, carvalhos e cedros, eram irrigadas, graças a uma rede de canais e fontes no interior da obra, outras árvores frutíferas como, oliveiras, tamareiras, pereiras, parreiras, figueiras eram algumas das árvores típicas da região que embelezavam o jardim. As árvores eram plantadas bem próximas umas das outras, criando uma sombra que protegia os soberanos do sol escaldante, centenas de trabalhadores plantavam, podavam e irrigavam o majestoso jardim, mantendo assim uma deslumbrante visão, após o império babilônico em 539 a . C. invadido pelos persas, tudo que restou foram as lendas de sua construção e do amor que a inspirou.
8 – Farol de Alexandria
Com seu brilho intenso que podia ser visto a 50 metros o Farol de Alexandria a mais bela e a mais alta construção habitável do planeta uma obra digna daqueles que o ergueram, o não menos brilhante povo do império de Alexandre o Grande. Capital da sofisticação, a Alexandria do séc. a . C., esbanjava obras esplendidas, à altura de seu fundador, o Imperador Alexandre o Grande, foi de fato um “vencedor de heróis”, conforme o significado de seu nome. Em onze anos construiu um império de 9 milhões de quilômetros quadrados. O Farol de Alexandria causou tamanha impressão que o nome da ilha onde ele estava instalado, Farol, passou a designar as construções que iluminam as embarcações no mar. Erguido durante o governo do sucessor de Alexandre, Ptolomeu II, em 280 a.C. foi o maior farol de todos os tempos.
O farol era uma verdadeira cidade, habitada pelos trabalhadores que o mantinham aceso, e pelos soldados que o protegiam. Os suprimentos de água e comida chegavam por uma passarela que ligava a ilha ao continente. A água potável ficava armazenada em um reservatório subterrâneo. Na inferior da construção, um estrebaria abrigava os animais que carregavam a madeira necessária para alimentar a chama do farol. Rampas conduziam até a câmara da fogueira que não tinha paredes externas, permitindo a circulação de ar para manter as tochas acessas.
Coroando a obra, uma estatua de Zeus, o todo poderoso deus grego. No séc XIV, um violento terremoto derrubou o farol depois de mais de 1500 anos de vida útil, nos anos 90, uma equipe de arqueólogos franceses, encontrou rochas no fundo do mar, que podem ter pertencido a construção, é a ciência moderna, trazendo a tona um passado glorioso.
9 – Porta de Ishtar
Um dos caminhos para entrar no poderoso império da babilônia, na Mesopotâmia, era atravessar este monumento. De dimensões gigantescas e ricamente decorado, é o maior símbolo da herança deixada por essa civilização. Os babilônios protegiam seu império com muralhas altíssimas, nas quais havia diversos portais de acesso. Dos sete que se conservaram, a Porta de Ishtar, localizada no atual Iraque, destacasse como a mais imponente e importante. Ali estava uma das principais entradas do império erguido na região chamada de Crescente Fértil, que se estendia do Egito até o Golfo Pérsico. O monumento com 15 metros de altura, é feito de ladrilhos azuis e decorado com gigantescas figuras de bronze, especialmente touros sagrados, símbolos utilizados com freqüência pelo povo babilônico, pois representavam o poder supremo do imperador e dragões, tanto nas proximidades das portas como nas paredes internas.
A Babilônia possui muitos templos, o principal era um grande templo dedicado a Marduk, decorado com ouro e pedras preciosas os restaurados a partir de 1920 ocuparam-se da recuperação do monumento, enfrentaram grandes dificuldades para reproduzir a técnica original empregada pelos babilônicos. O nome de Ishtar esta relacionado a divindade mais cultuada pelos povos mesopotamicos, como os sumerios eos arcádios, a Deusa Ishtar. Jovem, bela e impulsiva ela era considera a soberana do amor e da guerra, ou ainda deusa de chuva e do trovão, a poderosa deusa tem características semelhantes às deusas Astartéia, da Fenícia, Afrodite da Grécia e Vênus de Roma.
Como ressalta o trecho de um hino em sua homenagem, a própria rainha do universo: “Rainha da determinações divinas, luz radiante, mulher doadora de vida, amada do céu e da terra, a suprema.”
10 – Petra
Protegida por desfiladeiros em meio ao deserto da Jordânia, Petra é uma jóia rara. Escavada no calcário cor de rosa, a cidade preserva o encanto de um tempo longínquo em que caravanas cruzavam o deserto, unindo povos e culturas distantes. Depois de percorrer um longo caminho entre as pedras de um desfiladeiro, o visitante de Petra é presenteado com uma visão estonteante, o tesouro do Faraó. O explorador suíço Johann Burckhardt quando se deparou com o testouro em 1812, depois dos quase 2000 anos em que esteve perdida para o ocidente. Disfarçado de árabe e com o auxilio de um guia local, o suíço revelou a cidade rosada dos Nabateus, um povo nômade originado da Arábia. Para atingir o que queria, criou um pretexto, disse ao povo para oferecer uma cabra ao tumulo de Aaron, irmão de Moises, que tirou os hebreus do Egito, considerado um patriarca pelos muçulmanos, graças ao difícil acesso, as esplendidas construções de Petra, túmulos escavados na rocha, mantém-se intactas.
Entre os séc. I a . C e I d.C. a cidade rosada floresceu sustentada pelos impostos pagos por caravanas de mercadores de incenso que cruzavam a região em troca de proteção contra o ataque de tribos nômades, outra fonte de renda era a extração de betume do mar morto, essa substancia era vendida para os egípcios, que a utilizavam para embalsamar os mortos e pintar os fundos das embarcações, a prosperidade atraiu a cobiça do Império Romano, que anexo o reino Nabateu no ano 106. O final do séc. II quando os romanos criaram rotas comerciais que não passavam pela região a cidade sumiu dos mapas e só foi redescoberta com o explorador suíço Burckhardt.
11 – Persépolis
Quem vê as ruínas do palácio da cidade de Persépolis pode imaginar-se vivendo há 2500 anos, cercado de muito luxo e pompa. Segundo relatos da época, 15 mil animais de carga transportaram os tesouros do palácio, depois que a cidade foi conquistada por inimigos.
Calcula-se que apenas a base do palácio de Persépolis consumiu 300 mil metros cúbicos de pedra. Suas ruínas são testemunhas de um tempo em que a suntuosidade não tinha limites. A partir desses vestígios, conservados na região central do Irã, pode-se visualizar quão bela foi a moradia dos reis persas. O estilo arquitetônico empregado nos palácios reuniu elementos de vários povos da Antiguidade, como babilônicos, assírios e egípcios, com o firme propósito de passar ao mundo a idéia de grandeza e universalidade. Essa construção teve como ponto de esplendor a Apadana, recinto onde se localizava o trono e aconteciam as principais cerimônias persas. Para chegar a essa magnífica sala, era preciso subir um escadaria ricamente decorada em suas laterais por baixos relevos, retratando guardas de honra, um símbolo de lealdade ao soberano. A Apadana era apoiada por grossas colunas, construídas em pedra sólida, de pé até hoje.
Outro cômodo imponente, era a sala das 100 colunas, trono do rei Xérxes. A cidade de Persépolis teve inicio com Ciro, o Grande. Ele reinou na Pérsia a partir de 550 a . C. e empreendeu uma série de conquistas, incluindo a Babilônia, transformando a Pérsia, num poderoso e organizado império. Persépolis foi concebida para ser a capital religiosa do império, um local de adoração ao rei. Em 522 a . C. o general Dario I chegou ao trono e mandou nessa cidade o palácio, terminado por seu filho Xérxes. Em 334 a .C., no entanto, a Pérsia foi invadida e conquistada por Alexandre o Grande. Ele incendiou e praticamente destruiu o palácio, hoje um exercício de imaginação para quem, vê suas ruínas.
12 – Forte e Jardins de Lahore
Por quase dois séculos, sucessivos imperadores mongóis construíram e embelezaram a cidade de Lahore. Seus romances e suas tragédias estão traduzidos nas suntuosas decorações do forte e dos jardins mais belos do Paquistão.
Banhada pelo Rio Ravi e localizada em uma fértil planície, Lahore cresceu e se tornou uma das cidades mais importantes do sul da Ásia sob a dinastia dos imperadores mongóis (mulçumanos indianos). Por quase 200 anos, eles contribuíram para embelezar palácios e monumentos de Lahore. Cercadas por um grande muro fortificado, as edificações são uma verdadeira fusão das tradições mulçumanas, hindus e persas. Prova disso é a diversidade de materiais empregados: mármore, arenito vermelho, xisto colorido, que juntos compõem um visual deslumbrante.
Não se sabe ao certo o inicio das construções, mas em 1526 Akbar, considerado o maior imperador mongol, dedicou-se à ampliação do Forte de Lahore. Akbar ficou no poder por mais de 40 anos a chegou a emparedar viva na muralha do forte uma bailarina por quem seu filho, Jahangir, se apaixonou. A tristeza e a obsessão do príncipe fez com que, ao se tornar rei, construísse um imenso palácio dentro do forte em homenagem à amada. No inicio do século XVII, o rei Shah Jahan edificou os espetaculares Jardins de Shalimar a 8 Km do forte. Em 1857, o exercito britânico dominou o vale. Os mulçumanos só tomaram a cidade de volta em 1916. atualmente, Lahore é a segunda maior cidade do Paquistão e o grande centro artístico e cultural do pais.
13 – Pirâmides de Gizé
Durante mais de 4 mil anos, a Grande Pirâmide de Gizé, de 146 metros, foi a construção mais alta do mundo. Erguida há mais de 4500 anos, ela é a única maravilha da antiguidade que resiste até hoje. Não é sem razão que os egípcios afirmam, orgulhosos: “Todos temem o tempo, mas o tempo teme as pirâmides.”
Foram dez anos só para construir a estrada usada para transportar as pedras que deram forma à Grande Pirâmide – monumental tumulo do faraó Quéops. Erguida por 100 mil homens ao longo de 20 verões, a obra impressiona pela precisão: cada lado esta alinhado com um dos pontos cardeais e, entre os 230 metros de uma ponta a outra, o desnível não chega a 2 centimetros. O granito rosa que revestia a pirâmide mantém-se apenas na Câmara Real, onde o sarcófago do faraó descansa a 42 metros de altura. Anos mais tarde, os faraós Quéfren e Miquerinos ordenaram a construção de pirâmides que levam os seus nomes. No governo de Quéfren foi erguida misteriosa esfinge, com o corpo de leão e cabeça humana, que guarda a sua pirâmide.
Os antigos egípcios acreditavam na vida após a morte. Por isso, construíram túmulos onde os soberanos eram enterrados com os seus pertences para que pudessem desfrutar de uma boa existência além-tumulo. Para chegar à Câmara Real de Quéops, era preciso percorrer um corredor de 46,6 metros, denominado Grande Galeria, a Câmara Real da pirâmide estava alinhada com a constelação de Orion para que a alma do faraó viajasse entre as estrelas. A forma piramidal sugeria uma escadaria para o Sol, símbolo do renascimento em sua jornada diária de leste a oeste. O Sol era adorado com o nome de Rá e os faraós, considerados seus filhos. Diante dessas obras milenares, é impossível conter a emoção de “respirar a própria historia”, como disse o arqueólogo egípcio Kamal el Mallakh, ao entrar na Grande Pirâmide.
14 – Mausoléu de Halicarnasso
Os governantes da Antiguidade ergueram obras monumentais, para não serem esquecidos após sua morte. Mausolo, província da Cária, parte do Império Persa, foi um desses homens que perpetuou seu nome em um edifício de proporções gigantescas.
Mausolo, esta relacionada ao termo “mausoléu”, que significa tmba. Cinco dos mais renomados artistas gregos trabalharam na obra iniciada antes da morte dos governantes em 353 a .C., em Halicarnasso. Enquanto quatro esculpiram as obras dispostas em cinco fileiras ao redor da construção, o quinto se dedicou “a figura de bronze que coroava o mausoléu: o próprio Mausolo, puxando uma carruagem com quatro cavalos. Dois frisos mostrando cenas de batalhas e 36 colunas completavam a exuberante decoração.O atual Irã foi o berço do Império Persa em 550 a .C. Abrangeu Mesopotâmia, Fenícia, síria, Palestina e Egito Sobreviveu até 330 a. C.
Mausolo morreu antes de ver sua obra terminada, Artemísia, sua esposa, levou a tarefa até o fim imprimindo mais esplendor à bela cidade de Halicarnasso, fundada por seu marido. O Mausololeu resistiu ao fim do Império Persa, mas não ao ataque dos Hospitalarios, cavaleiros que lutaram nas Cruzadas e matinham um hospital em Jerusalém para abrigar peregrinos. No século XVI, eles demoliram o monumento e utilizaram o mármore em um castelo. Em 1857, foram encontradas algumas ruínas de halicarnasso e uma historia quase lendária.
15 – Escrita Cuniforme
A escrita surgiu e se desenvolveu da necessidade do Homem de armazenar informações - reforçando a memória - e de se comunicar a uma distância além do alcance da voz. As mensagens foram reproduzidas em suportes materiais como fragmentos de ossos, tabletes de argila, blocos de pedra, folhas de papiro, entre outros.
Na Mesopotâmia desenvolveu-se uma escrita peculiar denominada cuneiforme, que consistia em combinações de marcas incisas em forma de cunha.
Várias línguas como o Acádio, o Babilônico, o Assírio e o Sumério eram escritas com o sistema cuneiforme, havendo entre elas uma variação na representação dos caracteres.
O principal uso da escrita cuneiforme foi na contabilidade e administração, como registro de bens, marcas de propriedade, cálculos e transações comerciais. Essas informações eram gravadas em tabletes de argila com estiletes.
O aprendizado da escrita cuneiforme era feito em escolas especiais que formavam uma categoria social e profissional específica, a dos escribas.
A Escrita Cuneiforme, inventada pelos sumérios, povo estabelecido na Babilónia desde o séc. IV a.c., é um a escrita ao mesmo tempo ideográfica e fonética. Na origem, cada signo designava um objecto, tendo passado depois a representar o som correspondente a esse objecto, tornando-se assim um simples elemento fonético. Seguidamente o mesmo signo foi adoptado para traduzir ideias muito próximas da ideia primitiva.
A escrita cuneiforme, utilizada na Babilónia até à era cristã, evoluiu consideravelmente ao longo do tempo no sentido da simplificação e regularidade. Um grande número de textos hititas e hurritas foi igualmente transcrito através de caracteres cuneiformes.
15.1 – Síntese Histórica do Surgimento e Evolução da Escrita
15.1.1 – Alfabeto Pictográfico
Aproximadamente ao ano 4.000 a.C. na Mesopotâmia, surge o primeiro alfabeto a que temos conhecimento; através de desenhos simplificados “pictogramas” expressavam suas realidades.
15.1.2 – Escrita Cuneiforme
Entre 3250 e 1950 a.C. através dos sumérios surge a escrita cuneiforme; gravavam figuras sobre tábuas de argila utilizando-se de estilete. Grandes movimentos políticos e religiosos. Templos Politeístas. Os sumérios foram dominados pelos acadianos por volta de 2300 a.C. Em 2050 recuperam sua autonomia. Contudo, novamente perdem a soberania para o povo semita do norte “amoritas”. Parte é conquistada por povos originários da Pérsia “elamitas”.
15.1.3 – Escrita Hieroglífica
Com as cidades-estados, ao longo do rio Nilo, habitadas por tribos nômades, têm início a civilização egípcia. Isto, próximo aos anos 3.200 a.C. – Povo politeísta. Acreditam no retorno da energia vital após a morte. Dessa forma, desenvolvem o processo de mumificação de corpos. Contudo, privilegiam os faraós “líderes vitalícios” e seus familiares. Gozavam do direito á mumificação também, alguns líderes prestigiados pelo faraó. Com ideogramas figurativos dão início a escrita hieroglífica. Os persas os dominam em 525 a.C, pondo fim a independência egípicia. Em 30 a.C. passa a integrar o Império Romano, antes porém, por volta de 322 a.C. integrara o império Macedônio.
15.2 – Origem do Alfabeto Latino
O alfabeto latino se origina de uma versão de um sistema de escrita modificado pelos gregos, anteriormente criado pelos fenícios; - povo semita de origem da costa norte do mar Vermelho –atual Líbano. Utilizam a mesma forma egípicia de organização em cidades-estados, porém, com a evolução de “independentes” entre si, sob administração geral de um único Rei. Este, indicado pelas famílias poderosas. Algumas destas cidades-estados foram: Ugarit, Biblos, Sídon e Tiro. Os fenícios adotavam vários Deuses, politeístas; utilizavam-se de cultos com sacrifícios humanos. Dão início às primeiras navegações, colonizando a costa mediterrânea. A hegemonia fenícia é detida quando de sua conquista pelos romanos. Tudo isto, entre 3000 e 146 a.C.
15.3 – Escrita Pictográfica em Placas de Argila
Entre 2600 e 1450 os cretenses, descendentes de povos arianos, utilizam-se de dois tipos de escrita pictográfica em placas de argila. Dedicam-se ainda à cerâmica, esportes e à dança. Vários são os seus deuses, inclusive humanos.
15.4 – Literatura, Filosofia, Dramaturgia e Poesia
Foram desenvolvidos pólos gregos em filosofia, dramaturgia e poesia, ao lado da sistematização da história, artes plásticas, arquitetura e narrativas mitológicas como a Teogonia, principal fonte de origem sobre deuses. Ainda, com o surgimento das cidades-estados (polis) – cidades politicamente ativas no século VIII a.C. é organizada a primeira Olimpíada na cidade de Olímpia. Das cidades políticas gregas, destacaram-se: Atenas “democrática e comercial” e Esparta “oligárquica e agrícola”. Utilizavam-se de mão de obra escrava em todos os setores da economia, sustentada sobretudo pelo comércio marítimo. Os principais cultivos eram: oliveiras, videiras e trigo. Nessa mesma época, 2000 a.C. - chegam a Canaã “Palestina” – Terra Prometida por Deus, os judeus, liderados por Abraão, dando-se início a civilização hebraica, criando a primeira religião monoteísta “judaísmo”. São os precursores da Literatura, através da Bíblia e do Talmude.
15.5 – Geometria, Gravuras e Edificações
Arianos em 1750 a.C. invadem o norte da Índia e dominam os dravidianos, originando a civilização hindu. Usam formas geométricas em gravuras, cerâmica e edificações. Reproduzem animais e motivos religiosos nas cerâmicas. Politeístas. Os sacerdotes ditam a ordem e pregam a castidade como forma de pureza. O Hinduísmo, fundamentado nos Vedas “textos sagrados”, ao lado do Budismo, que passou a influenciar na religião a partir do século VI a.C. dividem as buscas religiosas. Utilizam-se do comércio fluvial, metalurgia e têm agricultura avançada.
15.6 – Transcrição de Obras Literárias e o Mais Antigo Conjunto de Leis Penais
O Rei amorita Hamurabi da Macedônia, adota a restauração de templos e transcrição de obras históricas literárias mesopotâmicas para o acadiano.O reino mesopotâmico se estende da Suméria até o golfo Pérsico. Babel é instituída capital do estado centralizado despótico e hereditário. Babel se transforma no maior centro comercial e econômico da Mesopotâmia. Surge o Código de Hamurabi, mais antigo conjunto de leis penais da história. O fim do império chega com a destruição de Babel pelos hititas. Isto, entre 1728 e 1513 a.C.
15.7 – Escrita Hieroglífica e Cuneiforme
Hititas, originários do Cáucaso, criam o reino de “Capadócia” – atual Turquia. Diversos são os seus deuses; - politeístas, cultuam divindades da natureza. Os hititas criam e estabelecem uma escrita hieroglífica e outra cuneiforme. São dominados pelos gregos “equeus” - após expandirem pela Síria, Babilônia e Egito.
15.8 – Escrita com Ideogramas e Invenção do Papel
É conhecido o primeiro Reino Dinástico Chinês. O Rei é tido como pai de todos os súditos. Isto, por volta de 1600 a.C. Os súditos, buscando maior autonomia administrativa e sobrevivência, através de guerras civis, dividem o reino em mil e quinhentos principados. Aos chineses devemos os avanços em agricultura, metalurgia de cobre e bronze, o comércio e a fabricação de seda, tecidos e cerâmica. Também, são os inventores da pólvora, papel e bússola. Desenvolvem ainda, os sistemas monetários e de pesos e medidas. Sua literatura é rica e utilizam-se de uma escrita com ideogramas. Cafúcio “Kung Fu-tseo” e Lao-tsé têm suas filosofias transformadas em religiões no século VI a.C. O budismo foi difundido no século I a.C.
15.9 – Escrita Pictográfica
A civilização olmeca “1300 a.C.” tem ascensão no golfo do México. Seu domínio alcança o litoral do Pacífico, El Salvador e Costa Rica. Centros cerimoniais como o de San Lorenzo e o de La Venta, marcam sua arquitetura. Esculpem em pedra a imagem de seus líderes. Adotam a escrita Pictográfica. Os maias e os astecas, civilizações dos séculos seguintes, herdam as bases culturais dos olmecas.
15.10 – Origem do Caráter Metafísico da Escrita
Os hebreus ao deixarem o Egito, guiados por Moisés “Êxodo” – alcançam o Monte Sinai onde Moisés recebe metafisicamente, os Dez Mandamentos. Encontramos na crença judaidca, a citação que Deus gravara com fogo sua Leis em pedras, entregando à Moisés a missão de difusão e acatamento entre a humanidade. Aproximadamente em 1250 a.C.
15.11 – Narração Poética
Encontramos no poeta grego Homero, a narração da guerra travada entre gregos e troianos, no episódio conhecido como “Guerra de Tróia”. Esta guerra teve origem nos altos impostos cobrados pelos troianos para a passagem de especiarias no porto de Tróia, estrategicamente localizado no estreito de Dardanelos, entre os mares Egeu e de Mármara. Os gregos, insatisfeitos, em ação pelo exército, destrói Tróia, tomando o controle sobre o comércio marítimo na região. 1250-1240 a.C.
15.12 – Contrato de Unificação
Devido as guerras com outros povos da região, as doze tribos hebraicas assinam o contrato de unificação e elegem um único rei “Saul”. Isto, entre 1010-926 a.C. – Já entre 1006 e 966 a.C. observamos a consolidação da monarquia através do rei Davi, momento em que o reino se expande por toda a Palestina e Jerusalém é elevada à capital. Após o apogeu alcançado no reino de Salomão, entre 966 e 926 a.C. quando de sua morte, as tribos novamente se dividem, desta vês, nos reinos de Israel e de Judá – Evento conhecido como Cisma Hebreu. Enfraquecidos, em 586 a.C. os hebreus são dominados pelo exército do Império Babilônio.
15.13 – Outros tipos de escrita que não têm um alfabeto
Assim como a região do Mediterrâneo oriental foi uma área crítica para o desenvolvimento da escrita, tanto no Oriente Médio como no Ocidente, houve um outro tipo de escrita que mostrou ser bastante influente na Ásia oriental - o chinês. Neste caso o desenvolvimento foi bem diferente. Enquanto no Ocidente a tendência foi pela redução do número de sinais, dando origem ao alfabeto, na China ocorreu o contrário. A escrita permaneceu não alfabética e tornou-se mais complexa, não menos. Além disso, a escrita chinesa alterou-se muito pouco na sua essência, desde que foi inicialmente desenvolvida - não passou por uma radical transformação como aconteceu com frequência no Ocidente.
Os sinais chineses representam conceitos e fazem isso de inúmeras formas. Por exemplo, alguns dos sinais são figuras estilizadas de objetos, alguns são combinações desses sinais para indicar maior complexidade de idéias abstratas, alguns são combinações junto com sinais adicionais para indicar um som.
Como fica claro a partir disto, o número de diferentes sinais necessários é bastante vasto - no período Shang (1766-1122 A.C), havia cerca de 2.500; hoje em dia há aproximadamente 50 mil. Isto torna a escrita muito difícil de ser apreendida. No entanto, apresenta uma vantagem significativa, que foi útil na China, principalmente: a escrita pode ser lida independentemente da língua falada. Na China, um país imenso e com uma população falando diferentes dialetos, mas governada por um poder central, este recurso mostrou-se de grande valia. Ademais, significou que a escrita poderia ser adotada em outros países e à medida que a influência chinesa se espalhou, também se espalhou a sua forma de escrever.
15.14 – Tipos de Escrita e o Surgimento do Alfabeto
Um país que sentiu muito cedo a influência da China foi a Coréia. O imperador chinês Wu Di conquistou a Coréia no ano 109 e muitos chineses o seguiram até lá. Eles levaram a escrita que sobreviveu, muito embora os governantes chineses tivessem deixado a Coréia um século mais tarde. A escrita chinesa permaneceu em uso durante séculos, embora tivesse que ser modificada para se adequar ao coreano, uma língua bastante diferente da chinesa.
A influência chinesa foi ainda maior no Japão. Houve uma invasão japonesa da Coréia no ano 370, e os especialistas coreanos em língua chinesa falada e escrita logo chegaram ao Japão. A disseminação do budismo também trouxe muita interação entre a China e o Japão, sendo que este último país adotou a escrita chinesa e adaptou- a à língua local.
Os coreanos e japoneses alteraram a escrita chinesa de formas diferentes. Os coreanos acrescentaram caracteres extras a fim de criar uma escrita silábica; os japoneses usaram alguns sinais chineses silabicamente e acrescentaram símbolos fonéticos. Tais adaptações mostram como a dominação cultural de um povo pode incentivar a difusão de sua língua escrita, mesmo em uma área onde não é idealmente adequada para a língua.
O incentivo ao comércio, a difusão da influência política, o registro da literatura e a transmissão de idéias religiosas são apenas alguns dos resultados mais importantes do uso da escrita. Quer seja a escrita alfabética, ou baseada em alguns outros princípios, o efeito sobre a disponibilidade e a transferência de informações têm sido de amplo alcance e muito durável.
16 – Arte na Mesopotâmia
A Mesopotâmia era uma área geográfica na Ásia, entre os rios Tigre e Eufrates, constituindo hoje parte do território do Iraque.
Muitos povos habitaram esta região, entre eles, os sumérios, os acádios, os hurritas, os assírios, os babilônios e os persas. Cada povo deixou sua marca característica, criando uma civilização bastante diversificada.
Com os sumérios, veio o inicio das histórias em quadrinhos: pintavam quadros enfileirados, em seqüência, cenas da vida e proezas de seus reis.
Vaso de Samarra. Barro queimado e pintado. Staaliche Museen zu Berlin. As origens da cultura de Samarra ainda são discutidas. Possivelmente iraniana, a cerâmica de Samarra (cerca da 1ª metade do 5º milênio a.C.) é semelhante à de Tepe Siyalk II. O nome origina-se de um local à margem do Tigre; é encontrada na região que se estende para Oeste até a Síria Setentrional, e se caracteriza por estreitas faixas com ornamentos geométricos.
O desenvolvimento da escrita, desde os primitivos pictógrafos até uma adiantada escrita cuneiforme, pode ser apreciado nestes três exemplos de períodos muito distintos. A figura de cima mostra a mais antiga escrita pictográfica que se conhece, com um sinal para indicar uma mão, um pé e um trenó debulhador. A figura de baixo mostra a forma sumeriana da escrita cuneiforme, inicialmente uma versão abstrata e primitiva escrita por meio de sinais. Na figura da direita, a escrita adquire uma forma nova, bem diferente. De ângulos acentuados, difere da elegante forma arcaica usada em Babilônia. Esta Estela representa um fragmento do épico de Gilgamesh, na posterior versão assíria, e contém uma descrição do Dilúvio.
17 - A arte da guerra na Mesopotâmia
A primeira prova evidente da existência da arte da guerra no antigo Oriente Médio provem de finais do quarto milênio a.C., através das reproduções de selos encontrados em Uruk e Susa, mostrando prisioneiros e cenas de combate. Os restos das fortificações de períodos anteriores encontrados nas escavações indicam que a arte da guerra era importante, já nos tempos pré-históricos.
As armas mais antigas eram as mesmas que se utilizavam na caça: lanças, garrotes, arcos, setas e fundas. No terceiro milênio, começaram a ser utilizadas armas novas, como adagas e os machados de cobre, os elmos e os escudos. Os exércitos súmerios incluíram carros de batalha puxados por asnos selvagens.
Muitos dos progressos na arte de guerra ocorreram no segundo milênio, quando foi necessário fabricar armamento para mais de 10.000 mil homens. Ao mesmo tempo, desenvolveu-se o cerco dentro da arte da guerra e, com ele, melhoraram as fortificações. Os soldados usavam armaduras de bronze, e os carros puxados por cavalos eram a arma preferida da elite militar.
No milênio seguinte, o ferro substituiu o bronze no fabrico de muitas armas e a cavalaria tornou-se um complemento das tropas transportadas em carros. A guerra psicológica concluía as sanções religiosas e os presságios, enquanto as ameaças de deportação e tortura desempenharam um papel importante nos êxitos dos assírios.
18 - Babilônia na arte ocidental
Nos 150 anos que decorreram desde que Botta e Layard acharam os palácios dos reis assírios, a civilização mesopotâmica foi redescoberta e a sua historia foi de novo contada utilizando os dados provenientes dos antigos monumentos e dos textos mesopotâmicos. No entanto, apesar da riqueza da informação proporcionada pelas escavações arqueológicas, tanto a arte quanto a literatura do mundo ocidental se limitou às imagens estereotipadas do antigo Oriente Médio presentes nos escritos dos judeus e dos gregos. Estas imagens foram extraídas na sua totalidade de episódios conhecidos através da Bíblia e de autores clássicos: a Torre de Babel, o Festim de Baltasar, a morte de Sardanápalo, o incêndio da Babilônia. Contudo, nenhum destes episódios foi corroborado por fontes mesopotâmicas contemporâneas e todos mostram uma atitude hostil à civilização mesopotâmica.
Devido ao exílio dos judeus, o nome de Babilônia foi amaldiçoado na Bíblia. “Babilônia, a gloria dos reinos... será como quando Deus destruiu Sodoma e Gomorra”, escreveu o profeta de Isaías (Isaías 13:19), enquanto o Apocalipse, o livro das revelações do Novo Testamento, denuncia a Babilônia como “ mãe das prostitutas e das indecências da Terra” (Apocalipse 17:5).
A Babilônia da Arte e da Literatura ocidental ajustou-se às expectativas e aos preconceitos do seu público. Embora os pintores ocidentais possam sugerir temas mesopotâmicos, aludem freqüentemente a preocupações contemporânea do artista ou referem-se de forma alegórica a acontecimentos do passado.
O tratamento mais benévolo dado pela arte atual à Mesopotâmia e ao antigo Oriente Médio provem do mundo árabe, onde os governantes modernos apóiam o trabalho dos artistas que tratam temas tradicionais.
19 - A Ciência
A invenção da escrita no quarto milênio a.C. permitiu aos habitantes do antigo Oriente Médio expor os seus conhecimentos sobre o mundo que os rodeava para a posterioridade. Entre os textos mais antigos havia listas de palavras pertencentes a determinadas categorias, nomes de pássaros, de cidades ou de profissões. Eram usadas basicamente para ensinar os aprendizes de escribas a escrever, mas a formulação sistemática do conhecimento nelas contido prova uma atividade cientifica remota.
Os sistemas de cálculos utilizados nos textos mais antigos contem elementos do sistema sexagesimal, que conta de sessenta em sessenta. Como para 60 há muitos divisores, o sistema simplificava muitos os cálculos principais e de fato ainda é usado hoje em dia para medir o tempo e os ângulos. Sobrevivem dois tipos de textos matemáticos do segundo milênio a.C. textos com tabelas e textos com problemas. Os primeiros incluem tabelas de multiplicação e de recíprocos, potências ao quadrado e ao cubo, raízes quadradas e até alguns logaritmos de base 2 a 16 os textos com problemas tratam diversos temas, incluindo as soluções de equação lineares e de segundo grau e o cálculos das áreas e volumes de diversas figuras geométricas. Os matemáticos da Babilônia atingiram um grande nível. Embora em geral calculassem o valor do número pi como 3, conheciam o seu valor mais exato 3 1/8 ( 3,125, próximo do seu verdadeiro valor mais exato de 3, 142). Precisaram o valor da raiz de 2 com uma margem de erra de 0.000007. Em uma tabuinha excepcional apareceu, por exemplo, uma lista dos triplos pitagóricos dos números, em que o quadrado do número maior iguala a soma dos quadrados dos outros dois. Iam de 45, 60 e 75 a 12.709, 13.500 e 18.541. Uma das características mais surpreendente da matemática babilônica era que apesar de se expressar em termos práticos, era essencialmente teórica.
No segundo milênio eram registrados os presságios baseados nos fenômenos celestes e em certas ocasiões eles eram observados. No primeiro milênio a astrologia adquiriu grande importância. Por volta de 700 a.C. tinham sido identificados os sinais do zodíaco e alguns deles mantém os mesmos nomes. Faziam-se anotações sistemáticas e por volta de 500 a.C. os babilônios podiam predizer os movimentos da Lua e os eclipses com grande precisão. O horóscopo mais antigo preservado, onde se prediz o futuro de alguém segundo a posição dos astros no momento do seu nascimento, procede da Babilônia e é datado de 29 de abril de 410 a.C. Durante o meio século seguinte compilatam-se almanaques que prediziam a posição do Sol, da Lua, dos planetas e das estrelas, um dos quais, do ano 75, foi encontrado em uma das ultimas tabuinhas cuneiforme conservadas.
Outro ramo da ciência da Mesopotâmia de que há muitas provas é a medicina. Dois tipos de especialistas tratavam das doenças: o ashipu um mago experimentado, e o asu, que era um médico que prescrevia remédios práticos. Foram diagnosticadas centenas de doenças.
Capítulo 4
Explicando o Código Hamurábi através dos Filmes e do nosso Ordenamento Jurídico.
Por: Ana Paula Bruno
ADOÇÃO CF/88 ADOÇÃO: Código de Hamurab
Artigo 227
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
I – Adoção, ofensas aos pais, substituição de criança
185. Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como filho, criando-o, este filho crescido não poderá ser reclamado por outrem.
186. Se um homem adotar uma criança e esta criança ferir seu pai ou mãe adotivos, então esta criança adotada deverá ser devolvida à casa de seu pai.
190. Se um homem não sustentar a criança que adotou como filho e criá-lo com outras crianças, então o filho adotivo pode retornar à casa de seu pai.
191. Se um homem, que tenha adotado e criado um filho, fundado um lar e tido filhos, desejar desistir de seu filho adotivo, este filho não deve simplesmente desistir de seus direitos. Seu pai adotivo deve dar-lhe parte da legítima, e só então o filho adotivo poderá partir se quiser. Ele não deve dar, porém, campo, jardim ou casa a este filho.
194. Se alguém der seu filho para uma ama (babá) e a criança morrer nas mãos desta ama, mas a ama, com o desconhecimento do pai e da mãe, cuidar de outra criança, então eles
Art. 40_ECA: O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
Art. 1.626. A adoção atribui a situação de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vínculo com os pais e parentes consangüíneos, salvo quanto aos impedimentos para o casamento.
Art. 1.627. A decisão confere ao adotado o sobrenome do adotante, podendo determinar a modificação de seu prenome, se menor, a pedido do adotante ou do adotado.
Art. 1.628. Os efeitos da adoção começam a partir do trânsito em julgado da sentença, exceto se o adotante vier a falecer no curso do procedimento, caso em que terá força retroativa à data do óbito. As relações de parentesco se estabelecem não só entre o adotante e o adotado, como também entre aquele e os descendentes deste e entre o adotado e todos os parentes do adotante.
COMENTÁRIOS – O que mais se destaca neste Capítulo é a obrigatoriedade de todas as adoções serem resolvidas via jurisdicional, não mais podendo o interessado se valer da escritura pública, quando em situações especiais assim é determinado pela legislação atual.
(...) devem acusá-la de estar cuidando de uma outra criança sem o conhecimento do pai e da mãe. O castigo desta mulher será Ter os seus seios cortados.
ADULTÉRIO: CF/88
Art. 240 Código Penal: (revogado pela lei n º 11.106, de 28-03-2005).
CONCLUSÃO:
Com relação ao adultério, a revogação já teria se operado de maneira fática, face ao constrangimento e a dificuldade de lavrar-se um auto de flagrante delito, e, conseguir ainda, a condenação para que se erigisse em real impedimento matrimonial para o cônjuge adúltero e seu co-autor (vulgarmente chamado de cúmplice).Mas continua como motivador para a separação judicial, caiu apenas como impedimento matrimonial. Um franco retrocesso! E aliás vige ainda o art. 240 do Código Penal.
Já questão relativa ao adultério que deveria ser definitivamente sepultada pelo princípio de ruptura conjugal que veio modernamente na doutrina jurídica substituir o antigo princípio da culpa conjugal, foi novamente lembrada embora sem se erigir como justa causa para separação, apesar de que já era mesmo desnecessário motivar judicialmente o pedido de separação judicial (desde da lei divorcista).
ADULTÉRIO: Código de Hamurabi
X Matrimonio e família, delitos contra a ordem da família, contribuições e doações núpciais e sucessão.
129º - Se a esposa de alguém é encontrada em contato sexual com um outro, se deverá amarrá-los e lança-los nágua, salvo se o marido perdoar à sua mulher e o rei a seu escravo.
Outra perfumaria , foi o fato da lei deixar de utilizar a expressão "homem" que sempre teve acepção de humanidade, servindo tanto para referir-se ao homem, quanto à mulher. Mormente o senado preferiu "pessoa".
Filmes
|
Código de Hamurábi
|
Constituição Federativa do Brasil
|
“Cidade de Deus”
|
Crimes de furto e de roubo, reivindicações de imóveis.
Art. 22.º. Se estiver cometendo um roubo e for pego em flagrante, então ele deverá de ser condenado à morte.
Art. 23.º. Se o ladrão não for pego então aquele que foi roubado deve jurar a quantia de sua perda; então a comunidade e... Em cuja terra em cujo domínio deve compensá-lo pelos bens roubados.
|
Código Penal
Art.155 - Subtrair, para si ou para outrem coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
Art.157 - Subtrair coisa móvel alheia para si ou outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la por qualquer meio reduzido a impossibilidade de resistência:
Pena- reclusão, de 4 (quatro) a 10(dez) anos, e multa.
|
“Mercador de Veneza”
|
Relação entre comerciantes e comissionários.
Art. 100.º. Juro pelo dinheiro que tenho recebido, ele deve dar nota, e no dia acordado, pagar ao mercador.
Numero 8 – Contratos de depósitos.
Art.123.º. Se ele der seus bens para outrem guardar, mas sem a presença de testemunhas ou contrato, se a pessoa que a estiver guardando seus bens negar o fato, então o primeiro não poderá reclamar legitimamente o que e seu.
|
Código Civil
Art. 406 - Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à fazenda nacional.
Código Penal
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem posse ou a detenção:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
|
“Poderoso Chefão”
|
Matrimônio e família, delitos contra a ordem da família contribuições e doações núpcias sucessão.
Nesta classificação não existem comparações compatíveis com a nossa constituição e no caso do filme observado, já que trata de matrimônio em si e não nas suas conseqüências.
Delitos e Penas
(lesões corporais, talião, indenização e composição).
Art. 196.º. Se um homem arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado [olho por olho].
Art. 200.º. Se um homem quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem deverá ser quebrado [dente por dente].
|
Código Civil
Art.1525 - O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou a seu pedido; por procurador, e deve ser instruído com os documentos previstos em lei.
Chegamos a organização da sociedade de forma que, com base nas leis já existentes como a de Hamurabi formamos a nossa organização jurídica através da Constituição Federal, e dos códigos correspondentes a cada caso, banindo assim a “Justiça” pelas próprias mãos.
Com a promulgação da Lei n.º 8.930/ 94, o texto original foi modificado para incluir o homicídio simples, quando cometidoem "atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente" e o qualificado (em quaisquer de suas hipóteses), como uma nova espécie decrime hediondo.
|
“Carandiru”
|
Delitos e Penas
(lesões corporais, talião, indenização e composição).
Art. 196.º. Se um homem arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado [olho por olho].
Art. 200.º. Se um homem quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem devera ser quebrado [dente por dente].
Matrimônio e família, delitos contra a ordem da família, contribuições e doações núpcias sucessão.
Art. 130.º. Se um homem violar a esposa (prometida ou esposa-criança) de outro homem, o violador deverá ser condenado à morte, mas a esposa será isenta de qualquer culpa.
|
Código Penal.
Art. 213 - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
|
“Amistad”
|
Seqüestro, locações de animais, lavradores de campo, pastores, escravos.
Art. 281.º. Se os escravos forem de outro país, o comprador deverá declarar a quantia de dinheiro paga ao mercador, e manter os escravos ou escravas consigo.
Mestre deve cortar a orelha do escravo.
Art. 282.º. Se um escravo disser ao seu patrão “Não és meu mestre”, e for condenado, seu mestre deve cortar a orelha do escravo.
|
Constituição Federal
Art. 5º (inciso III) - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
Lei de Abolição brasileira - 13 de maio de 1889. Carta da princesa Isabel, LEI AUREA.
|
“Moulin Rouge”
|
Regulamento das tabernas (taberneiros prepostos, polícia, penas e tarifas).
Art. 108.º. Se uma dona da taverna não aceitar grãos de acordo com o peso bruto em pagamento, mas toma dinheiro e o custo da bebida é menor do que o do grão deverá ser convencida disso e lançada n’água.
Art. 111.º. Se uma estalajadeira fornecer sessenta ka de usakani (bebida) para ...ela deverá receber cinqüenta ka de cereais na colheita.
|
Código Penal
Art. 229 - Manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direita do proprietário ou gerente:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
|
“O Paizão”
|
Adoção, ofensas aos pais, substituição de criança.
Art. 185.º. Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como filho, criando- o este filho crescido não poderá ser reclamado por outrem.
|
Código Civil
Art.1627 - A decisão confere ao adotado o sobrenome do adotante, podendo determinar a modificação de seu prenome se menor a pedido do adotante ou do adotado
|
“Julgamento de Nuremberg” e “Doze Homens e Uma Sentença”
|
No Código de Hamurabi em determinadas situações a pena de morte era comum.
A pena de morte (ou pena capital) é uma sentença aplicada pelo poder judiciário que consiste em retirar legalmente a vida a uma pessoa que foi julgada culpada de ter cometido um crime considerado pelo Estado como suficientemente grave e justo de ser punido com a morte.
|
Constituição Federal
Art. 5º (inciso XLVII) - Não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX.
|
Bibliografia
AGORA, Coleção; História do mundo, Ed. Visor, Brasil, 2000
OLIVEIRA, Elvira de [Coord. Ed.]; Maravilhas do Mundo, Ed. Klick, São Paulo, 2001
ROAF, Michael; Grandes Civilizações do Passado, Mesopotâmia, Ed. Folio, Espanha, 2006
Bíblia Sagrada: Ex 21,23-25; Lv 24,17-21; Dt 19,21; Gn 4.24; Mt 5,38-48; cf. Lc 6,27-38
Lei de talião - DINÁ DA ROCHA LOURES FERRAZ
• Especialista em Direito
• Mestranda em História pela UFPI
• Professora da NOVAFAPI
The Eleventh Edition of the Encyclopaedia Britannica, 1910 pelo Rev. Claude Hermann Walter Johns, M.A. Litt.D.
Sites Consultados
Código Penal Brasileiro
Código de Hamurábi
Olho por Olho, Dente por Dente
Lei de Talião
Caract.da História do Direito
Código de Hamurábi
Oriente Médio
Iraque
Política do Iraque
Babilônia
Pena de Morte
Mapa:Países c/Pena de Morte
httpp://www.tvcultura.com.br
Httpp://www.globo.com.
Filmes editados:
“O mercador de Veneza”.
“Carandiru”.
“O poderoso chefão”.
“O julgamento de Nuremberg”.
“O Paizão”
“Moulan Rouge”
[1] Todos os versículos transcritos no texto acima e durante todo o trabalho, foram copiados do Site:
[2] Antigo Testamento, Lev, 24: 19-20
[3] “Atualmente os documentos mais antigos que ainda exitem são oriundos do século II A.C, tais como o chamado Papíro Nash, encontrado em 1902, no Egíto, que contêm o decálogo e o texto da confissão de fé hebraica Shma Israel (Dt. 6:4), e os manuscritos do Mar Morto encontrados em Quumrã que incluem diversos fragmentos de textos de praticamente todos os livros da Bíblia Hebraica com a exceção de Ester. A partir de 100 d.C. a tradição fariseu-rabínica passou a dominar no judaísmo e desenvolveu-se um método de auxílio na transimissão do texto, inclusive a correta vocalização. Os estudiosos que trabalharam para manter a tradição do texto, especialmente com o declínio do hebraico como língua falada são chamados de massoretas. Terminaram por elaborar um texto que passou a ganhar autoridade oficial entre os séculos VII e X, chamado de texto masorético. Oriundos dessa tradição existem dois manuscritos importantes que baseam as edições críticas do texto atual: O codex Leningradensis e o Codex de Aleppo. A subdivisão do texto em capítulos e versículos não vem do texto original . A primeira divísão existente foi a divisão do texto da Torá (Pentateuco) em 54 parashot que são leituras semanais para o ano liturgico judaico. A divisão por capítulos foi introduzida pelos cristãos com o objetivo prático de auxiliar a referência a textos. Uma das atuais divisões em capítulos foi realizada por Stephan Langton por volta de 1200 d.C. e foi adotada primeiramente num manuscrito hebraico no Séc. XIV. A divisão em versículos foi resultado de um processo que só chegou ao final no séc. XVI. Por isso a tradição reformada, que rompeu com a tradição católica romana antes desse período, possui diferenças na contagem de capítulos e versículos.” - http://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Testamento
[4] “Babilônia ou Babilónia se refere à capital da antiga Suméria e Acádia, na Mesopotâmia. No moderno Iraque, localiza-se a aproximadamente 80 km ao sul de Bagdád. O nome (Babil ou Babilu em babilônico) significa "Porta de Deus", mas os judeus afirmam que vem do Hebraico Antigo Babel ( בבל ), que significa "confusão". Essa palavra semítica é uma tradução do sumério Kadmirra. Foi provavelmente fundada por volta de 3800 a.C.. Teve um papel significativo na história da Mesopotâmia. O povo babilônico foi muito avançado para a sua época, demonstrando grandes conhecimentos em arquitetura, agricultura, astronomia e direito. Iniciou sua era de império sob o amorita Hamurabi, por volta de 1730 a.C., e manteve-se assim por pouco mais de mil anos. Hamurabi foi o primeiro rei conhecido a codificar leis, utilizando no caso, a linguagem cuneiforme, escrevendo suas leis em tábuas de barro cozido, o que perservou muitos destes textos até os dias atuais. Daí, descobriu-se que a cultura babilônica influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas, da hora em 60 minutos e daí por diante.” – http://pt.wikipedia.org/wiki/Babil%C3%B4nia.
[5]Hamurábi, Hammurabi (também são usadas as transcrições Hammu-rapi ou Khammurabi), nascido supostamente por volta de 1810 a.C. e falecido em 1750 a.C., foi o sexto rei da primeira dinastia babilônica. Conseguiu, durante o seu reinado, conquistar a Suméria e Acádia, tornando-se o primeiro rei do Império babilônico. Hamurabi reinou de 1792 a.C. até sua morte, em 1750 a.C., tendo ampliado a hegemonia da Babilônia por quase toda a Mesopotâmia, iniciando pela dominação do sul, tomando Ur em e Isin do rei de Larsa no início de seu reinado. Em 1762 a.C. conquistou Larsa, em 1758 a.C. tomou Mari, em 1755 a.C. Echuma e provavelmente em 1754 a.C. conquistou Assur. Foi o primeiro grande organizador que consolidou o seu império sobre normas regulares de administração. - http://pt.wikipedia.org/wiki/Hamurabi.
[6]O Código de Hamurabi é um dos mais antigos conjuntos de leis já encontrados, e um dos exemplos mais bem preservados deste tipo de documento da antiga Mesopotâmia. Segundo os cálculos, estima-se que tenha sido elaborado por volta de 1700 a.C.. As leis são (numeradas de 1 a 282, mas os números 13, 66–99, 110 e 111 inexistem), estão gravadas em um monólito de diorito preto de 2,5 m de altura. Na parte superior do monólito, Hamurabi é mostrado em frente ao trono do rei Sol Shamash. Logo abaixo estão escritos, em caracteres cuneiformes acadianos, os artigos regularizando a vida quotidiana. -
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Hamurabi
[7] Duplicata simulada Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único - Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas.
[8] Esse artigo pune aquele que comete o crime de injúria ou difamação à esposa de outrem, com uma pena de lesão corporal perante o juiz. No Código Penal o crime de Injúria está previsto no art.140 e tem como pena: reclusão de um a seis meses ou multa; caso haja agressão a pena é de três meses a um ano, multa, além da pena pela violência; a pena aumenta 1/3 caso a injúria seja cometida ao Presidente da República, à funcionário público ou diante de várias testemunhas. A Difamação: encontra-se no artigo 139 e a pena é de três meses a um ano de reclusão e multa.
[IX]Estela de Hamurábi. Período Babilônico Antigo. Século XVIII a.C. Basalto. Louvre, Paris. Hamurábi, rei da Babilônia e codificador, é aqui mostrado diante do deus do sol, Shamash, que tem nas mãos o anel e o báculo. No corpo da estela, em escrita cuneiforme minuciosamente gravada, está o famoso Código de Hamurábi, o primeiro dos chamados códigos a ser conhecido.